Assim que chegou na cidade de Marrone, uma cidade na região próxima de sua casa na floresta, Kelly passou no mercado e fez compras. Mas nada relacionado a casa, só besteiras para comer. Passou na padaria do mercado onde comprou diversos salgados, bolos e tortas para se deliciar. Comprou pipoca de micro-ondas, chocolates variados e refrigerantes. Pagou tudo no caixa e saiu faceira, com vontade de ir logo para seu lar doce lar.
Pegou um táxi que a deixou em sua casa, onde ela ficou feliz por ter chegado finalmente. Pagou o que precisava e desceu com sua mala e compras. O táxi sumiu e ela pode finalmente aproveitar a sensação gratificante de estar de volta em casa. Abriu a porta e animada, adentrou seu lar. Estava tudo como ela havia deixado.
Deixou sua mala na entrada e as demais compras em cima da mesa. Abriu todas as janelas e portas para a casa pegar um ar fresco. Ligou a televisão e se jogou no sofá, degustando seu almoço que era torta salgada de frango com queijo, bolo de chocolate com cereja e bombom e uma latinha de refrigerante.
A saudade bateu e mesmo receosa, pegou o celular e ligou para Hugo. Mas o telefone dele dava desligado e caia na caixa postal. Chateada e com saudades, colocou o celular para carregar, voltando para o sofá. Assim ela ficou até terminar o filme.
Quase duas horas tinham se passado, ela esticou as pernas e decidiu cuidar do jardim. Ela pegou algumas ferramentas na garagem onde destrancou com as chaves. Ela regou as flores, ligou um pouco a fonte para poder apreciar seu jardim. Uma sensação de leveza a tocou, mas, no entanto, ela queria poder dormir. Desligou a fonte, guardou o que havia pego na garagem e a trancou outra vez. Fechou a porta de casa e janelas, decidindo tomar um bom banho.
Desfez sua pequena mala e guardou o que estava limpo. Fitou o celular, mas não tinha nenhuma resposta de Hugo. Ela tentou ligar de novo e nada. Achou melhor esperar, talvez ele estivesse sem sinal ou sabe-se lá. Ela não pode evitar, começou a ficar preocupada.
"Calma, relaxa... Ele está bem. Deve ter acabado a bateria ou ele está sem sinal. É isso. Quando ele puder, vai me retornar." - Pensou ela tentando se acalmar e afastar os pensamentos confusos.
Adentrou o banheiro do quarto onde encheu a banheira e ficou um longo tempo, até sentir sua pele enrugar. Alguns minutos depois, ela saiu do banho e se secou. Passou um creme hidratante no corpo todo, abusando desse na barriga que estava crescendo aos poucos. Hoje era terça-feira, na quinta-feira ela teria consulta médica de rotina.
"Espero que Hugo esteja aqui, para ir comigo." - Pensou ela se vestindo.
Colocou o pijama, meias e a pantufa. Secou o cabelo com o secador e percebeu que ela precisava de um pijama novo. Amanhã iria a uma loja de roupas, comprar um para ela, um para Hugo e um unissex para o bebê. Saiu do quarto com um edredom, conferiu a porta e as janelas. Tudo bem fechado, ela pegou um refrigerante na geladeira e foi para sua biblioteca. Lá ela se sentou no sofá-cama bem confortável, enrolou-se na coberta e ficou lendo seu livro, apreciando aquele momento só dela.
Quando sua vista começou a ficar cansada, ela percebeu que era hora de parar por ali sua leitura. Já tinha terminado o refrigerante também. Colocou o marcador no livro e saiu da biblioteca apagando a luz, fechando a porta e levando a coberta e a latinha. Jogou no lixo a lata de refrigerante, desligou a luz da cozinha e da sala e foi para o quarto. Conferiu o celular: Nada de ligação, nem mensagem.
Seu coração pulsava mais rápido na hipótese de Hugo tê-la deixado.
"Ele não faria isso. Ele me ama. Estamos juntos e eu estou grávida... Ele vai voltar, só deve ter acontecido algo com o celular." - Pensou ela tentando se convencer disso.
Arrumou a cama com o edredom e demais cobertas. Enfiou-se nelas e antes de conseguir dormir, chorou muito se sentindo só. Ela amava Hugo e era muito estranho para ela ficar sem sua companhia, sem vê-lo, ouvi-lo e sem seu abraço na hora de dormir. Sentia saudade de fazer amor e outras coisas mais...
Adormeceu com muito custo, depois de quase uma hora chorando e pensando na sua vida ao longo de todos esses meses e desde que ela se lembrava por pessoa. Lembrou-se dos pais e do irmão que perdeu em um acidente trágico de carro. Lembrou-se do tio nojento e de que ele abusava dela. Da tia que não acreditava nela e de suas primas que eram crianças indefesas.
"Como será que elas estão agora? Daria tudo para me encontrar com elas e poder me desculpar por não ter conseguido, de alguma forma, ajudá-las. Só espero que estejam bem. Onde quer que estejam." - Pensou ela antes de finalmente dormir.
A noite estava fria comparada as outras. Kelly era uma Lobisomem, porém a lua estava próxima de sua transformação que seria dali algumas horas. A floresta em si estava tranquila, com os mesmos animais e aves noturnos de sempre. O céu era de uma imensidão incontestável de estrelas que pareciam míseros pontinhos brilhantes.
Quando a lua estava no auge, Kelly se transformou. Ela saiu da cama ao sentir o efeito da lua em seu corpo e as dores. Partir ossos era bem doloroso. Ela se transformou a frente da cama e essa era sua terceira semana de transformação. Aos poucos ela se habituava. Antes de se transformar, despiu-se e deixou a roupa no chão mesmo.
Assim que se transformou, subiu na cama onde se envolveu nos edredons e adormeceu como se não fosse nada demais ela ter virado uma Loba. Aconchegada, voltou a adormecer. Horas passaram e ela voltou a sua face normal de humana, sem perceber e sem sentir dor. Horas mais tarde ela acordaria totalmente nua, mas aquilo não seria problema uma vez que estava só em sua casa. Ao menos, por enquanto.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Oii oi amores! Tudo bem com você? Espero que sim...
O que achou do capítulo? Eu concordo com Kelly, nada melhor que nossa casa.
Deixa um comentário para mim saber o que você está achando da história, dá aquele voto amigo para ajudar com a obra e até o próximo capítulos criaturinhas místicas!
Bjocassss da Bruxa e Boa Noite!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A prisioneira do Metamorfo - Livro 1
HorrorO Metamorfo é uma criatura monstruosa que assassina o marido de uma humana. Fingindo se passar pelo marido por um tempo, a criatura se envolve fisicamente com a sua presa, a ponto de possuir sentimentos. Contudo, sua monstruosidade não está esquec...