Capítulo 7

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       Não tinha certeza, mas imaginava que já fosse dia

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       Não tinha certeza, mas imaginava que já fosse dia. O Metamorfo mexeu-se na cama, despertando da noite agitada que teve há algumas horas atrás. Ao olhar para o lado, ficou contente dela ainda estar ali. Dormindo tão tranquila ao seu lado.

    "Como ela é frágil. Tão dócil quando dorme e tão bonita quando fica bravinha." - Pensou ele, deixando escapar um breve sorriso

     Não conseguia explicar a própria sensação que sentia ao tê-la ao seu lado. Sentindo seu perfume na cama, poder admirá-la dormindo, sem encará-lo com medo.

      "Talvez eu devesse aliviar um pouco. Acho que vou passar o dia em casa, tentando conversar com ela. Quem sabe ela ao menos converse comigo sem ser tão robô. Ela ainda tem medo. Isso é bom, mas não quero que ela viva com medo até mesmo de falar." - Pensou ele bufando, teria que arcar com as consequências de seus atos. Tudo ao seu tempo. As coisas teriam que se resolver em algum momento.


     Levantou contrariado da cama, trocou a calça de moletom por um terno simples. Calça social da mesma combinação e um relógio dessa vez. Foi até o banheiro e arrumou o cabelo, penteando bem. Lembrou-se de repente de sua verdadeira identidade.

    "Estou tão diferente. Tornei-me outra pessoa. Ou melhor, um animal." - Pensou fitando seu reflexo de Charles Dickens.

    Saiu do banheiro, caminhou pelo quarto e saiu para cozinha. Começou a mexer na geladeira e nas compras que tinha feito. Optou por fazer panquecas, ovos fritos, bacon e torradas. Sabia que provavelmente ela teria fome ao acordar se ficou sem comer o resto da noite. Fez bastante coisa, o suficiente para cinco pessoas. Não queria sentir fome. Ele sabia se controlar. Nunca atacaria ela por isso. Mas preferia evitar uma possibilidade de primeira vez em oito anos como Metamorfo.


     Enquanto ele preparava o café da manhã, o tempo continuava passando. Poucos minutos depois, Kelly despertou de seu sonho com uma fazenda e o Metamorfo a tratando como sua esposa. Ao perceber que estava na cama, ou melhor, no quarto e na cama que ele dormia, sentiu nervosismo. Uma dor de repente se fez presente.

    Uma sensação estranha e vontade de ir ao banheiro a fez sair da cama as pressas. Percebeu que seu lado da cama tinha manchas vermelhas. Correu para o banheiro com medo do que encontraria.

    Ao abaixar a calça e a calcinha percebeu que sangrava muito. Ficou apavorada. Entrou em estado de alerta. Não sabia se tentava descobrir da onde vinha aquilo ou se tomava um banho logo. Queria matar aquela criatura. Fez o mais racional: Gritou desesperada.


   Ao ouvir os gritos dela, o Metamorfo saiu correndo da cozinha para o quarto, correu o olhar pela cama e viu que ela não estava. Então, foi ao banheiro e arregaçou a porta perguntando apavorado:

- O que aconteceu?

- Foi você! - Apontava ela para ele na porta.

- Eu o que, mulher? Está perdendo o juízo?

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora