Capítulo 24

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         Hugo descia as escadas do porão, fazendo barulho propositalmente para acordar a lobisomem que aparentemente, estava dormindo

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         Hugo descia as escadas do porão, fazendo barulho propositalmente para acordar a lobisomem que aparentemente, estava dormindo. Ele não expressava nada em seu rosto, apenas o silêncio e uma cara fechada. Camile estava dormindo, mas acordou com o som das correntes que ele mexia na mesa. Ela se ergueu do chão frio da jaula, tentando inutilmente se soltar das correntes de prata que queimava seus pulsos, enfraquecendo-a.

- Seu maldito filha de uma puta! - Berrava ela, tentando chamar a atenção dele, mas ele nem a olhava.

- Você fede a água suja! Tem a cara do Doutor Charles Dickens, mas não é ele. Nem de longe! - Gritava ela, se machucando mais ainda com aquelas correntes.

- Responde porra! Quem é você?! - Gritava ela, se de batendo na jaula.

- A pergunta certa, é o que eu vou fazer, com você. - Respondeu ele, frio, encarando-a com aquele olhar monstruoso que sempre tem quando está diante de uma presa.


      Camile era negra, tinha cabelos cacheados abaixo dos ombros. Olhos negros como a noite e era baixinha. Magra, porém tinha braços fortes e pernas musculosas. Era mais alta que Kelly e com certeza mais forte também.

      O Metamorfo foi até um dos seus armários, destrancou e pegou uma seringa vazia. Ao lado, um recipiente esverdeado e uma planta seca. De volta a mesa, a lobisomem fitou a planta com pavor. Era Urtiga. Essa planta queimava e machucava lobisomens. Ela gritava e se debatia, enquanto ele abria o frasco e jogava alguns galhos da planta.


      Na sala, Kelly batia forte no chão, gritando por Hugo e pedindo para ele parar com isso. Ele fechou o frasco e mexeu, misturando aquela água verde com a planta. Ele pegou a seringa e com a agulha na ponta, puxo a mistura que se completava na seringa. A mulher se debatia, gritando na jaula, temendo o que ele faria com ela.

      O Metamorfo abriu a jaula e a deixou parada com certa relutância, passando em sua boca a planta que quase a fez engasgar. Injetou o conteúdo da seringa nela que se debatia mais ainda, até que o veneno percorreu seu sangue rapidamente, e essa parou de se debater, desmaiando.

        Hugo soltou suas algemas e a arrastou pelo chão até a mesa de madeira. Ela estava inconsciente e isso facilitava. Ele a prendeu na mesa, com as algemas que tinha nela de aço. Pegou mais do venero e injetou novamente nela. Ela ainda estava inconsciente. Ele então, injetou uma droga nela, que a deixava acordada.


- Então, o que temos aqui? Uma lobisomem em território que não lhe pertence. - Começou ele, pegando seu canivete no bolso do casaco e a torturando.

- Ah! Maldito! Merda! - Gritava ela, sentindo a lâmina perfurar e rasgar sua perna, próximo do pé.

- O que faz aqui? - Perguntou ele, passando a lâmina da faca na planta.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora