Capítulo 29

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      Mais duas semanas haviam se passado e a lua cheia estava mais próxima do que nunca

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      Mais duas semanas haviam se passado e a lua cheia estava mais próxima do que nunca. Hugo explicou a ela que não lhe machucaria, mesmo que ela se transformasse. Mas ela ia ter que ficar acorrentada para evitar atacá-lo e matá-lo caso se transformasse de fato. Seria no dia seguinte, a noite que a tão esperada lua chegaria e revelaria se Kelly tinha ou não, se tornado uma Lobisomem.

     Ao longo do dia, eles fizeram caminhada pelo bosque. Foram até a cidade, comprar carne para fazer comida e na volta, passaram no posto de gasolina. Enquanto Kelly folheava as revistas e escolhia alguns livros, o Metamorfo comprava coisas que julgava necessário só para passar o tempo, uma vez que tinha de tudo em casa. Ele pagou pelos livros e revistas que ela escolheu. E comprou uma lâmina e um creme de barbear. Saíram da loja, dando um até breve ao dono que estava feliz por revê-los depois de tanto tempo.

     Em casa, ela preparava a carne enquanto ele cortava temperos como cebola, pimentão e tomate. Juntos, eles faziam o almoço bem caprichado, ouvindo música que passava numa estação de rádio. Era uma linda letra, fazia ambos refletirem e parecia feita para eles.

Música: Eden- Circles

      Quando estava pronto, ela colocou a mesa enquanto ele terminava de colocar alguns temperinhos como noz moscada. Sentaram-se, acabando de ouvir a música e comeram juntos o almoço. Ele se ofereceu para lavar a louça no final e ela secava. Arrumaram a cozinha e ficaram jogados no sofá, ele deitado no colo dela enquanto ela fazia carinho em seu cabelo. Ela parecia ansiosa, ele então perguntou:

- Quer me perguntar alguma coisa?

- Como adivinhou?

- Seu coração, está mais acelerado que o normal. Respira fundo e fala. Sem medo. - Pediu ele, ainda deitado, descontraído.

- Gostaria de me abrir com você sabe. Compartilhar memórias, sentimentos. Gostaria que fizesse o mesmo comigo. O que acha? - Perguntou ela apreensiva, aquilo podia acabar mal.

- Boa ideia. Pode começar.


- Quando eu era pequena, tinha um bichinho de pelúcia que era uma tartaruga. Eu adorava animais aquáticos. Meu pai tinha me dado aos sete anos e guardei por anos, até que ele se perdeu na mudança para casa do meu tio. - Falou ela, recordando com carinho do pai, que há anos ela não lembrava dessa memória em si.

- Isso é muito doce. Adoraria ver você quando criança.

- Sim. - Corou ela, sorrindo sem ele ver.

- Quando eu era pequeno, detestava futebol. Meu pai me obrigava a ver jogo com ele e depois de alguns anos, deixamos de ver juntos. Na adolescência eu senti falta disso sabe, esse tempo de boa com ele. - Desabafou o Metamorfo, sentindo os dedos dela em seu cabelo.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora