Capítulo 87

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         Ao chegar em casa, ele parou o carro e a menina acordou assustada

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         Ao chegar em casa, ele parou o carro e a menina acordou assustada. Ele desligou o rádio e chamou-a para descer. Saiu do carro indo para casa. Bateu na porta chamando por Kelly e ela abriu sorrindo para ele com Esther no colo.


- Bom dia, meu amor. - Disse a Híbrida, dando um beijo na boca do marido.

- Bom dia, minha linda e minha bonequinha de papai, vem com papai, amor! - Disse ele pegando a bebê no colo que estava acordada, porém não chorava.

- Quem é essa menina, Hugo? - Perguntou Kelly estranhando.

- Longa história amor, longa história. E ela precisa de algo descente para vestir. Venha... - Disse ele chamando a menina que se aproximou aos poucos.

- Oi. Sou Rosa, prazer. - Disse ela sem jeito.

- Oi Rosa, sou Kelly Miller Rizzi, esposa de Humberto. - Disse ela, esticando a mão em um breve cumprimento.

- Humberto? Você acabou de chamá-lo de Hugo... - Disse a menina atenta.

- É Hugo, perdão. Venha Rosa, entre. - Disse Kelly sem jeito, entrando em casa, indo atrás de Hugo.


- É uma bela casa. - Disse a menina.

- Sim, obrigada. Venha, por aqui. - Disse ela.

- Está bem. - Ela acompanhou Kelly até o quarto.


      O Metamorfo ficou no sofá da sala, brincando com a bebê enquanto esperava pela esposa que orientava a menina. No quarto, Kelly escolhia um vestido mais apertado, pois a menina era franzina para usar suas calças que eram grandes, mesmo quando ela era mais magra. Pegou uma calcinha nova na sacola de roupas, um vestido simples azul escuro e um sutiã.

- Desculpe, eu sou bem maior que você. - Disse Kelly.

- Está ótimo. - Agradeceu ela. A menina tinha sangue nas mãos, nos braços e na roupa que era uma camiseta branca de Hugo.

- Pode tomar banho e usar essa toalha aqui. - Ela lhe entregou uma toalha limpa.

- Valeu, moça. - Agradeceu a Rosa, quase chorando.

- É o mínimo que posso fazer. Pode usar shampoo, creme de cabelo e o que quiser do banheiro. Encha a banheira e demore o quanto quiser. Vou fechar a porta e pode trancar se sentir-se mais confortável. - Deixou claro.

- Está bem.

- Rosa, não foi Hugo que fez... - Mas ela não terminou, porque a garota já respondeu.

- Não. Foi meu padrasto. Seu marido apareceu e o matou. Depois sumiu com o corpo. Foi bem assustador. - Disse a menina.

- Desculpe, eu não queria... - Kelly não sabia o que dizer.

- Tranquilo. - Deu de ombros.

- Nos falamos depois, fique à vontade. - Disse Kelly saindo do quarto.


      A menina entrou no banheiro e trancou a porta. Tirou a camiseta e lavou as mãos na pia do banheiro. Fez suas necessidades chorando, sentindo muita dor e ardência em suas partes feridas. Entrou debaixo da água e ficou aliviada conforme a água levava a sujeira embora. Ela usou e abusou da sabonete e do shampoo, até creme de cabelo. Por fim quando acabou, encheu a banheira. Sentada no mármore, ela refletia sua vida e chorava.

       Rosa tinha 12 anos e vivia com a mãe e o padrasto. Ela era filha única e quando sua mãe conheceu Andrei, não demorou a se juntarem. A mãe de Rosa era uma boa pessoa, mas sofria de uma obsessão apaixonada pelo namorado e trabalhava muito. Ela era médica cirurgiã e fazia plantão quase todas as noites.

       Seu padrasto era um babaca e estava de férias do trabalho de corretor de imóveis. Ele era dez anos mais novo que a mãe de Rosa, ele tinha 21 anos. Passava maior parte do dia fora, bebendo com amigos e jogando sinuca. Quando ia para casa, brigava com a menina porque a mãe dela não vinha para casa e ele constantemente traía Miranda, mãe de Rosa. Até que uma noite ele bebeu demais e agarrou Rosa à força. Ele a beijou e apalpou seus seios. A menina deu um tapa nele e saiu correndo. Mas ele bateu nela e quando Miranda chegou, ele mentiu que ela estava com um garoto no quarto.

        A mãe dela não acreditou e deixou-a de castigo, sob os cuidados de Andrei. E pela manhã de hoje, ele a levou de carro até a floresta depois de droga-la. Ele pretendia estuprá-la e mata-la, enterrando em uma cova ou jogando na praia. Rosa foi abusada e perdeu sua virgindade pelas mãos de um homem nojento, egoísta e que fingia ser um exemplo de homem na cidade. Hugo salvou a vida dela, mas ela preferia ter morrido.


     Chorando debaixo da água, Rosa decidia que não contaria nada a sua mãe e fingiria que nada aconteceu. Porque provavelmente sua mãe só viria a noite para casa, isso se viesse. Ela ficou um pouco relaxando na água, mas não conseguia. Tudo doía.

      Secou-se, vestindo a calcinha e o vestido. Não colocou o sutiã, porque era grande para ela. Penteou os cabelos longos e lisos, tentando não quebrar o espelho de tanta raiva que sentia. Saiu do banheiro indo para o quarto e respirando fundo, abriu a porta.

- Oi, tudo bem? Banho tranquilo? - Perguntou Kelly sentada à mesa da cozinha.

- Sim, obrigada mesmo e foi mal. - Disse ela sem jeito.

- Sente aqui comigo, Hugo está fazendo algo gostoso para comer. - Kelly tentava ser legal para entender a menina.


     Rosa contou tudo a eles enquanto comia cinco torradas. Depois Kelly a abraçou, chorando. Eles se ofereceram para leva-la para casa e a menina agradeceu. Hugo lavou a louça enquanto Kelly preparava a bolsa da bebê. Saíram de casa, trancando tudo. A caminho da cidade, Rosa não falava nada. Chegando em Marrone, eles seguiram o caminho conforme ela dizia. Eles a deixaram na frente de casa. Ela agradeceu e pegou o número de celular dos dois, correndo para a parte de trás da casa.

        Kelly e Hugo sentiam que deviam fazer algo mais por ela, mas não sabiam o que.

     Rosa pulou a janela da sala e entrou em sua casa. Foi para o seu quarto onde ela trocou a roupa, vestindo algo dela. Jogou-se na cama e adormeceu, acordando bem mais tarde com sua mãe, ligando para ela no telefone de casa.


    O Metamorfo pensava na menina e como podia uma pessoa passar por aquilo. Sabia que infelizmente era mais comum do que sabia e chorou um pouco, fazendo uma promessa à bebê e à Kelly.

- Seremos sempre e sempre. Mesmo depois de morrer, eu farei tudo por minha família. Amo vocês! - Disse ele enquanto a esposa o beijava com ternura.

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Oiii criaturinhas místicas do meu coração! 

Gente, no futuro Rosa será mais presente... Ps: Spoler. 

Agora eu desejo uma boa noite a você que leu o capítulo e nos vemos de novo amanha. 

Deixa aquele voto amigo e muitas bjocas para você! 

Bjocasssssss da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora