Capítulo 16

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       Do lado de dentro da catedral, as janelas eram desenhadas com imagens e cores variadas

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       Do lado de dentro da catedral, as janelas eram desenhadas com imagens e cores variadas. O coral da igreja era familiar, assim como aquela sensação de paz que invadia seu peito, fazendo com que ela se sentisse bem. Nunca esperaria que ele viesse em um lugar assim, muito menos que a traria.

       Assim que o coral terminou, o padre cardial deu início a cerimônia. O Metamorfo e Kelly sentaram-se no fundo, mas a visão era boa de toda sala. Ele achava igrejas interessantes e seus métodos de pensar muito ultrapassados, contudo, acreditava que existia algo maior e embora ele não merecesse estar ali, sentia que por ela todo sacrifício valeria a pena.

      A intenção de trazê-la era acalmá-la. Assim eles poderiam conversar mais tarde e entrar em um acordo que fosse bom para ambos. Ele não queria deixá-la trancada, mas ainda não confiava em deixá-la sozinha com a casa aberta. No fundo ele sabia que a estava prendendo. Que estava sendo desumano, só que ele precisava dela. Não gostava de admitir, mas gostava de sua companhia. Seu cheiro e ouvir sua voz. Gostava de muito mais que isso, mas estava muito distante de voltar a acontecer algum dia. Só lhe restava a tentativa de mantê-la viva, ter sua confiança e sua amizade. E se ela quisesse, seu coração ele daria a ela. Bastava apenas um sim.


   Quando a cerimônia terminou, eles saíram primeiro que todos. Kelly estava com uma aparência melhor. Seu rosto estava iluminado, ela parecia bem. De volta ao carro, ele perguntou antes de ligar o motor:

- Gostou da surpresa?

- Adorei.

- Não esperava por isso, não é mesmo? - Riu ele de canto.

- Jamais imaginaria. Mas gostei, estar em um lugar tranquilo e na presença de Deus ajuda muito. Mesmo eu sendo pecadora. - Falou ela desanimando.

- Você está longe de ser pecadora.

- Como sabe? Você não me conhece.

- Verdade. Então me deixe conhecer. - Pediu ele, pegando em sua mão.


       A mulher sentiu seu rosto esquentar, seu corpo vibrava ao toque dele. Ele se aproximava devagar, ela esperava que ele não tentasse beijá-la, porque apesar da noite estar indo bem, ela não podia apagar três meses e o assassinato de seu marido. Mas Hugo percebeu que ela estava distante, então ele abriu o porta luvas e tirou algo de dentro. Era uma caixinha embrulhada em um pacote de presente. Confusa, Kelly desconfiava da atitude dele. Hugo apenas entregou o embrulho a ela e disse:

- Só abra em casa.


      Kelly confirmou com a cabeça e lá se foram eles outra vez. A caminho de volta, passaram no mercadinho onde geralmente Hugo ia sozinho. Ela desceu com ele e entraram no estabelecimento. O Metamorfo pegou uma cesta de compras, foi colocando o que lembrava que era necessário, como pães, salame, queijo, massa, molho de tomate e demais condimentos. Kelly não sabia o que fazer ou o que pegar, então foi pegando produtos de limpeza e higiene para não parecer perdida. Ela viu que ele a esperava no caixa, foi até ele e entregou o que levava consigo. Ao lado do balcão, tinha um chocolate e mais ao lado uns enfeites de cabelo. Kelly fitou a linda tiara de cabelo pratada com um cristal azul. Distraída, nem percebeu que ele a observava.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora