Capítulo 3

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       Assim que chegou à casa, ele verificou todo o terreno primeiro. Queria ter certeza que não tinha companhia. Percebeu que realmente estava somente ele e Kelly por ali. Além das criaturas da noite como pássaros.

      Destrancou todos os cadeados e entrou. Estava tão silencioso. Achou estranho, mas lembrou-se que ela estava trancada no porão. Saber que ela era apenas uma humana lhe tranquilizava.

     Seguiu a caminho do quarto, destrancando esse também. Tirou a arma que tinha guardado e deixou em cima da cama. Retirou a faca que estava manchada de sangue e foi para o banheiro. Abriu a torneira e a lavou na pia.

      Enquanto a água levava os vestígios do seu crime, o Metamorfo lembrou-se que mesmo levando a arma, tinha se esquecido de carregá-la. Caso precisasse usar, seria inútil. Como pode ter esquecido algo importante assim?

"Kelly." - Veio ao seu pensamento.


     Aquela mulher o deixava louco. Tirou o terno e a camisa social. O sapato e as meias. Tirou a boxer ficando completamente nu. Seu corpo estava limpo, uma vez que toda podridão da morte estava em suas mãos e na roupa jogada no chão. Ligou o chuveiro e tomou um banho daqueles! A água estava muito quente, mas ele gostava assim.

     Depois do banho, secou-se perto da cama e vestiu uma boxer. Guardou suas coisas sem grande cuidado, uma vez que estava cansado. Podia ser Metamorfo, mas sentia sono e cansaço como qualquer um. Mas geralmente tinha uma resistência maior que os humanos. Envolveu-se nos lençóis, e antes de apagar de vez, fitou o relógio na cabeceira da cama: 3h14 da manhã. A hora dos mortos. Riu da estupidez, pegando no sono.


     Quando acordou, não tinha ideia de quanto tempo estava dormindo. Abriu os olhos e viu o relógio. Era quase meio dia. Seu estômago roncava de fome. Não de carne humana, disso ele estava bem resolvido, mas de comida convencional mesmo.

     Levantou sem muita vontade e foi para o banheiro. Escovou os dentes, arrumou o cabelo, lavou o rosto e fez suas necessidades. Voltou ao quarto e escolheu um terno. O castanho, pois hoje pretendia ficar em casa. Não deixava de ser elegante, mas considerava ele o menos bonito dos demais. Vantagens em possuir um humano rico: Tudo o que quiser ao seu dispor.

"Adoro isso!" - Pensou ele rindo, admirando seu reflexo pela última vez no espelho do banheiro.


    A porta estava aberta, pois tinha se esquecido de trancá-la à noite. A casa estava uma zona. Teria que mandar Kelly limpar aquilo, mas antes teria que soltá-la.

"Espero que não seja escandalosa." - Pensou ele, sem vontade de ter que deixá-la no porão novamente.

Pegou as chaves na mesa e foi até a porta do porão. A casa era pequena, simples e acolhedora. Mas com a bagunça, ela se tornava uma espelunca. Abriu a porta de madeira e desceu as escadas. Acendeu a luz ao chegar lá em baixo e viu uma cena que o deixou chocado.


- Mas que porra é essa?! - Gritou ele com a mulher no cativeiro.

- Filho da puta! Quer me matar do coração?! - Berrou ela, agachada urinando.

- Se quero devorar seu coração? - Zombou ele da fala dela.

- Hahaha, engraçadinho. - Retrucou ela, sem paciência para o narcisismo dele.

- Por que está mijando no chão, criatura?

- A criatura aqui não sou eu, é você! - Gritou ela, apontando para ele. Enquanto se ajeitava.

- Isso não me ofende. Mas por que não responde minha pergunta, mulher?

- Bem, você não me soltou. E estava muito apertada.

- Por que não me chamou?

- Está tirando sarro da minha cara?! Eu gritei para caralho, mas você não aparecia. - Bufou ela, se distanciando da poça onde havia feito necessidades.

- Estava dormindo. Venha, vou tirar você daí. - Disse ele, indo até ela.

- Vai me comer? - Perguntou com um pouco de medo da gentileza repentina dele.

- Não, você é muito magra. Gosto de carne. - Deu de ombros, rindo dela que virava os olhos para cima.

- Está me chamando de magrela? - Perguntou incrédula.

- Sim, estou. Espere. Antes prometa que não tentará nada. Estou falando sério. Não respondo por mim e te mato se precisar. - Disse ele encarando com cara de mal. Sentiu que havia deixado Kelly intimidada, mas ela não daria o braço a torcer.

- Prometo. Você promete não me comer? - Perguntou ela, encostada na parede, no fundo da jaula.

- Só se você pedir. - Piscou para ela, lambendo os lábios no duplo sentido da frase.


     A mulher revirou os olhos e ficou reta ao ouvir o som da chave destrancando o cadeado. Ele abriu devagarinho a porta, esticando o braço para que ela viesse ao seu encontro. Desconfiada, mas desconfortável de ficar naquelas condições precárias, Kelly se aproximou com cautela.

"Não tem outro jeito de sair daqui. Preciso conquistar a confiança dele. Droga vai ser difícil." - Pensou ela, pegando na mão dele. O Metamorfo estranhou tal comportamento, mas acreditou que ela estivesse com fome e com vontade de ficar lá em cima. Qualquer coisa era melhor do que a jaula.


- Qualquer gracinha, você volta. - Ele ameaçou, fitando os olhos de sua prisioneira.

- Sim senhor. Como quiser. - Concordou ela, contra vontade. "Que os jogos comecem." - Pensou Kelly.

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Oiiii, parece que a situação está fervendo entre eles não acham? 

Digam, o que você faria no lugar da Kelly?

Estão gostando do rumo da história? 

Comentem o que estão achando da história, quero saber a opinião de vocês. 

Não esquece de deixar aquele voto que sempre ajuda também. 

Bjocasssssssss da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora