Capítulo 58

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     Observando a noite na grande cidade de Michelli Angelo, Hugo percebia como era diferente da pequena cidadezinha que ele frequentava bem no final de Pénni em uma região muito simples

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     Observando a noite na grande cidade de Michelli Angelo, Hugo percebia como era diferente da pequena cidadezinha que ele frequentava bem no final de Pénni em uma região muito simples. As cidades grandes eram horríveis em se tratando de privacidade. Era bom, porque havia muitas pessoas que são consideradas indigentes e que se tornam fáceis de matar.

- Chegamos. - Disse o motorista do táxi, parando o carro.

- Muito bem. Obrigado. - Falou Hugo lhe dando uma gorjeta de cinquenta dólares mais o valor da corrida.


       Contente, o taxista agradece e lhe dá um cartão pessoal sobre alguma coisa que o Metamorfo não liga. Hugo desce e fecha a porta, sem dar ouvidos ao homem. Ele anda em direção a casa com cerquinha branca e enquanto se decide se vai ou não tocar a campainha, é surpreendido por sua vítima.

- Charles? E aí cara! Como vai? - Pergunta Fabricius dando um abraço no amigo.

- Bem e você?

-Ótimo. Veio a minha procura?

- Sim, ia te chamar para beber.

- Beleza, vamos. - Disse ele fechando a casa. - Cadê seu carro?

- Não tenho. - Disse ele dando de ombros e seguindo Fabricius.

- Sério? Sei que você se mudou, mas um carro é meio que uma necessidade. Podia deixar na casa dos seus pais. - Disse ele entrando no carro dele que estava na garagem aberta do jardim.

- Então, não esperava que me mudando iria me divorciar. Mas logo, logo eu compro um carro. - Falou ele.

- Que bom cara, entra aí. - Falou ele tirando seu casaco e jogando atrás do banco dele.

- Seu carro é maneiro. - Falou Hugo.

- É. Eu troquei. Mercedes não está com nada. Corola é que é foda. Bom, agora vamos para um bar pegar mulher. - Falou ligando o carro e saindo de casa.

- Sua mulher ficou?

- Sim. Dormindo. Ela está naqueles dias e fica insuportável e come chocolate. Daí fica com espinhas e me proíbe de ficar perto. - Comentou como se fosse algum tipo de doença.

- Que louca.

- Mulheres cara, você sabe. - Deu a entender que ele sabia por ter se casado.

- Por isso me divorciei. - O Metamorfo começou a rir, mas porque Fabricius era um idiota e ele o mataria.

- Verdade. - Ele riu junto.


     Eles andaram de carro uns vinte quilômetros. Pararam em um bar de esquina que era um ponto de encontros de caras ricos e mulheres solteiras querendo sexo e se dar bem. Eles deixaram o carro e entraram. No bar, Fabricius reconheceu alguns caras e outros reconheceram Hugo que na verdade era Charles Dickens.

      Eles começaram a beber, mas Hugo ficou enrolando e deixou Fabricius beber muito. Cerca de duas horas depois, Fabricius estava quase dormindo no balcão. Hugo tirou sua carteira e pagou a conta dele, fingindo ser um bom amigo e o levando dali. Andando por um beco ali perto, Hugo fingia estar bêbado e isso atraiu um ladrão.


       Para azar de Broddy, ele escolheu sua primeira vítima errada. Broddy era um homem de 28 anos. Ele estava passando por um momento horrível em sua vida. Acabara de perder sua namorada que tinha HIV e ele era portador. Ele tinha menos de um ano de vida e não tinha ninguém além de um irmão que o deixou na sarjeta há alguns anos.


- Vocês dois, parados! - Disse ele Broddy tremendo e apontando o revolver para Hugo.

"Aff, um babaca que nem sabe o que faz. Legal. Acho que ele serve. Vou mudar de pele hoje." - Pensou Hugo fingindo quase cair.

-Oh amig-g-o, voc-cê-cê por acaso sabe para onde fica o Norte? - Imitou voz de bêbado.

- Ali, no beco. - Disse Broddy aliviado, porque achava que eles estavam bêbados.


     O Metamorfo se arrastava levando Fabricius desmaiado. Em um momento, ele jogou Fabricius no chão de qualquer jeito e fitou o beco à procura de câmeras de segurança. Percebeu que só havia a do bar, mas o jeito que ela estava só gravou ele e Fabricius sendo ameaçados por uma arma.

"É isso aí, que comece a diversão." - Pensou ele tirando a arma do bolso e disparando na cabeça do assaltante que pegava a carteira de Fabricius e a chave do carro.


      O tiro o matou na hora, atravessando seu cérebro. Hugo atirou em Fabricius e com certa pressa, os atacou. Mordeu seus pescoços com agilidade. Cuspiu atirando neles sua saliva e passou a língua na pele deles. Acontece que a saliva de um Metamorfo quando adicionada na caçada tem substâncias venenosas que deixam a pele mole, facilitando para ser arrancada como se fosse uma roupa. E curam ao mesmo tempo. Ele arrancou as roupas do homem e a pele do ladrão por inteiro. Foi tão rápido que nem acreditava que fazia tanto tempo que não trocava de pele.


      Com as garras, Hugo cortou a si mesmo e tirou sua pele como se fosse uma roupa. Colocou no cadáver do ladrão que agora era Charles Dickens, o morto. Cuspiu na pele do humano que se grudou e cicatrizou. Era impossível dizer que a poucos instantes aquele não era Charles Dickens e sim um homem qualquer.

      Hugo vestiu a pele a roupa do ladrão e colocou nele o terno que usava. Deu outro tiro na cabeça do cadáver que voltou a sangrar. Muito rápido, ele pegou o que tinha no bolso das roupas, carteiras, identidades e dinheiro. Saiu andando apressado, procurando esconder o rosto jogando o casaco, para não aparecer na câmera de segurança.


       Atravessou a rua, entrou no carro que era de Fabricius e sumiu. Pelo espelho retrovisor, ele via uma pequena multidão de pessoas saindo do bar e indo ao beco. Ele sabia que teria menos de dez minutos para sumir de vista. Ele pisou no acelerador e seguiu rumo à outra cidade, deixando para trás toda aquela confusão que agora quem teria que lidar seria Kelly.

       Ele lamentava por ela. Sabia que a polícia iria atrás dela. Mas ela tinha um álibi. Mais cedo quando ele ligou. Mandou ela fingir passar mal e ficar no hospital entre meia noite até as duas da manhã. Ela aceitou mesmo não gostando. Mas o que ela não esperava, era passar mal de verdade a ponto de ficar internada a noite toda.

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Oi oiii Criaturinhas que amo! 

Como você está? Espero que bem... 

Chegamos ao fim de mais um capítulo, mas não fica triste não porque vou postar ainda hoje o próximo. Vejo você daqui a pouco. Não esquece de votar e deixar um comentário. 

Bjocasssss da Bruxa!

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora