Capítulo 71

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         Assim que saiu de casa, o Metamorfo pretendia caçar

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         Assim que saiu de casa, o Metamorfo pretendia caçar. Ele precisava recuperar suas forças e assim pensar um pouco. Dentro do carro, ele repensava suas atitudes e concluiu que ele fora irresponsável se envolvendo onde não devia. Querendo ou não, ele se intrometeu nos assuntos daquelas vampiras e agora ele era alvo delas. Ao menos tinha mudado de pele, já era algo positivo. Agora ele tomaria mais cautela ao se alimentar.

       Em vez de parar na cidade, ele seguiu com o objetivo de chegar até o final da cidade, onde ele procuraria por uma vítima certeira. Quase uma hora depois, ele saiu da cidade e encontrou um bar de motoqueiros. Desceu do carro e entrou no bar.

       Lá dentro, haviam apenas homens com blusões de couro e jeans. Todos pareciam iguais a seu ver: Cabeludos, com barba, tatuagens e cara mal-encarada.


- O que quer por aqui, amigo? - Perguntou o barman, estranhando sua presença. Afinal ele era o único dali que usava terno.

- Uma bebida. Um uísque, duas doses e uma de gelo. - Falou ele se sentando.

- Como queira. - Disse ele, pensando que Hugo se daria mal.


- Escuta, o que faz um riquinho como você num bar de homens? - Provocou um motoqueiro com alguns amigos.

- Olha cara, por incrível que pareça já tive uma Harley há alguns anos e foi a melhor época da minha vida. - Disse ele bebendo sua bebida.

- E então? - Perguntou o homem que a pouco tirou sarro dele.

- Então eu briguei com meu chefe, fui demitido e fiquei só eu e a moto. Foi muito bom, mas aí eu me apaixonei pela minha mulher e ela me colocou na linha. Vendi a moto, porque quando se tem um bebê, não dá para ter uma Harley. - Disse ele inventando uma história e comovendo a todos.

- Billy, dá uma rodada de cerveja para mim, os rapazes e esse cara. Olha só, você precisa de uma bebida de macho cara. - Riu ele sorrindo.

- Valeu, agradeço. - Disse Hugo.

- Prazer, somos uma gangue: Motoqueiros ao ar livre sem poluir demais. - Falou um deles, apresentando os demais.


      Para a surpresa do Metamorfo, ele ficou um bom tempo no bar bebendo cerveja e jogando conversa fora. Fez amizades, cantou rock e no final se sentiu mais feliz. Antes de ir embora, pagou a dele e a de todos. Na saída, viu no beco do bar um motoqueiro estranho que estava batendo em um coitado.

- Que porra está havendo aqui? - Perguntou Hugo, chamando atenção do careca que dava quase três dele.

- Sai daqui antes que eu pegue você também. - Disse o careca ignorando Hugo.

- Eu estou falando com você, seu bosta! - Provocou Hugo, conseguindo sua atenção.


      O cara que ele batia era dono de um carro estacionado perto das demais motos. Parecia um cara legal. Usava camisa xadrez, óculos de grau e parecia estar no lugar errado. O cara saiu correndo e agradeceu o Metamorfo, fugindo. Hugo ficou ali com o grandão e então descobriu que ele estava batendo no cara, porque ele pediu se ele podia dar um corridão em um namorado da garota que ele gostava. Não era nada demais e o careca decidiu zoar o coitado e bater nele só porque era mais forte.

      Hugo o fez correr para o mato e o atacou. Pulou nas suas costas e o mordeu. Com sua faca no bolso do casaco, ele fez um imenso corte na barriga dele e depois cravou a faca na garganta, fazendo ele agonizar, esperando pela morte.


      O Metamorfo enfiou a mão na sua barriga e repuxou suas tripas para fora. O careca não resistiu e morreu. Hugo se alimentou dos órgãos principais e deixou o resto ali mesmo. Satisfeito, Hugo tirou o casaco e jogou-o no chão, na grama. Atirou fogo com um fósforo que guardava na veste e deu as costas ao casaco que era uma evidência do crime agora, pegando fogo.

      Entrou no seu carro e voltou para cidade de Struffoli que ficava perto de onde morava na floresta. Na cidade, ele invadiu as portas do fundo de um hospital. Trocou suas roupas por roupas de médico e escondeu-as em um armário, levando as chaves. Ele saiu andando por ali.

       Seu objetivo ali, era pegar alguns sacos de sangue humano para levar para Kelly. Não podia deixá-la se arriscar em caçar, sendo que ela estava grávida e isso podia mudar seu jeito doce e humano. Querendo ou não, matar por estar entre vida ou morte era diferente de caçar. Quando ele caçava, ele gostava de brincar com suas vítimas. Gostava de fazê-las sofrer e isso o tornava o monstro que ele de fato era: Uma besta, um Metamorfo.

      Mas ele não queria que o mesmo acontecesse com ela. Até porque ele já se culpava muito por tê-la feito sofrer no passado e por ela ter se transformado em Lobisomem por sua causa, e agora uma vampira. Não havia como voltar atrás, Kelly era uma Híbrida de Vamp com Lobisomem. A única coisa que lhe restava era ajudá-la a conter a fome de sangue.


        Passou-se por um enfermeiro e conseguiu chegar na parte de exames e por seguinte, o frigorífico. Pegou uma caixa de mão onde geralmente se leva as bolsas de sangue e escolheu uns quantos tipos diferentes. Deu para pegar doze bolsas de sangue. Saiu de lá, cumprimentando alguns como se não fosse nada. Ninguém deu importância para ele afinal era um hospital imenso. Ele saiu pelo mesmo local que entrou. Desviou-se das câmeras de segurança e entrou no estacionamento.

       Seguiu andando até encontrar seu carro. Entrou nesse apressado e saiu do estacionamento como se fosse apenas mais um paciente. Seguiu rumo à estrada que dava em sentindo a floresta.

      A caminho de casa, ele percebeu então que havia passado praticamente dois dias fora de casa. Não tinha levado celular e imaginou que Kelly estivesse preocupada. Ele ligou a música do rádio, fitando o banco ao lado, se sentiu mais leve. Pois achava que de alguma forma, ele tinha conseguido arranjar uma forma de ajudar sua noiva. Ele a amava e por ela ele correria qualquer risco.

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Oii oi amores, tudo bem? 

Sei que demorei um pouco, mas aqui está como prometido. 

Será que ele finalmente fez amigos? Para saber, só lendo... 

Bjocassss da Bruxa! 

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora