Capítulo 21

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       Kelly estava correndo pela fazenda, descalça ela sentia o frio e a grama molhada

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       Kelly estava correndo pela fazenda, descalça ela sentia o frio e a grama molhada. Era inverno e estava ventando muito. Ela corria, sentindo seu coração batendo mais rápido. Sua cabeça estava confusa, ela estava perdida e com medo. Correndo sem rumo, ela parou quando sentiu que seu pulmão pularia pela boca. Antes de conseguir recuperar o fôlego, ela tropeçou, ralando o joelho.

        A humana chorava, se sentindo fraca e idiota.

"Ele está certo! Eu sou sozinha. Não tenho nada, nem emprego nem amigos de verdade. Não tenho família e ninguém tentou me achar. Eu sou apenas eu. Sempre fui." - Pensava ela, chorando e sangrando do machucado recentemente adquirido.

Ela se sentou na relva rebelde e chorando muito, ela gritava de todo seu coração.

- Aaaaaaah!!!!!


      Até que em um momento, não haviam mais lágrimas. Kelly era nada, ninguém. Como seu patrão podia simplesmente aceitar uma carta de demissão por e-mail? Ela não entendia. Sua melhor amiga não tentou procurá-la, ninguém sentiu sua falta. Ela estava melhor ali. Precisava encontrar uma forma nova de viver. Sua cabeça latejava, ela mesma não acreditava nas próprias palavras que surgiam em sua mente. Ela estava ficando louca? Ou estava caindo na real?

      Andando de volta para a cabana, ela observava a vegetação. Não era mais um lindo bosque, era até assustador. Tentou voltar pelo mesmo caminho, mas estava perdida. Com frio, sentia as gotas de chuva começarem a cair sobre sua cabeça.

"Droga!" - Pensou ela, correndo, tentando ir para casa, se abrigar do frio e da chuva gelada que caía torrencial sobre ela.


     Passos rápidos. Som de gravetos quebrando. Respiração ofegante. Coração batendo rápido: Tum, Tum, tum. O som do vento batendo nas árvores e fazendo seus galhos balançar. Era assustador. Ela só queria sair dali. Queria chegar em casa. Casa. Casa... Essa palavra assombrava sua mente. Correndo, ela avistou a cabana onde morava e correu mais rápido, entrando finalmente.

     

      Escorada na porta, ela fechou essa, respirando mais calmamente. Quando recuperou a respiração normal, entrou logo no quarto a dentro, indo para um banho quente que seu corpo implorava. Ao entrar no banheiro, despiu a roupa molhada e suja de terra. Sentiu uma dor no pé. Ela sentou na tampa do vaso e percebeu que havia algo ali. Tentou puxar uma coisa estranha. Parecia um espinho, mas era pequeno e peludo. Em pânico e com medo, ela tentou arrancar com a ponta das unhas, mas só serviu para quebrar aquilo ao meio.

     Frustrada, entrou no banho. Com o calcanhar levantado, ela evitava tocar a ponta do pé esquerdo no chão e tomou um banho rápido. Lavou seu corpo e o cabelo. Ao finalizar, pegou sua toalha e se secou, encostando o pé no chão.

"Ai! PORRA! MERDA!" - Pensou ela, xingando sua própria desatenção.


     No quarto, ela vestiu algo quentinho e fofo. Deixou o pé descalço e evitou tocar naquilo. Mancando, ela foi para cozinha. Sentou-se à mesa depois de pegar os talheres na pia e o prato no micro-ondas. Comeu tudo, aliviada com a sensação de estar cheia. Três ovos e cinco tiras de bacon com um pão. Era muito. Deixou a louça na pia e foi para o sofá onde procurou deixar o pé para cima.

A prisioneira do Metamorfo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora