Capítulo 6

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Fiz como ele me indicou, comecei a subir a escadaria atrás dele e do Zack.

A cada degrau que subia, a cada passo que dava, a cada metro que me afastava do carro e me aproximava das grandes portas duplas que escondiam o interior do palácio, sentia o meu coração bater com cada vez mais força, parecia que uma manada de vacas corria de um lado para o outro dentro do meu peito.

Comecei a suar frio. Como é que era possível eu estar assim tão nervosa?!

Calma, respira, vai tudo correr bem, só tenho de me acalmar. Sou uma atriz, posso muito bem esconder as minhas emoções e fingir que estou calma e não estou nem um pouco nervosa.

É isso, só tenho de colocar esta máscara de alguém que está super tranquila por agora e vai tudo correr às mil maravilhas.

Assim que chegámos ao topo da escadaria, os dois guardas que estavam do lado de fora apressaram-se a abrir as grandes portas duplas e a dar-nos passagem.

Ao entrarmos, avistei o rei. Ele tinha a altura do meu tio, cabelo castanho e barba curta. Vestia um fato preto, uma camisa branca e uma gravata azul e exibia um enorme sorriso.

À sua esquerda estava a rainha. Ela usava um longo e delicado vestido cor de vinho, com decote em barco e de mangas curtas. Tinha o seu cabelo ondulado apanhado num belo penteado que fazia realçar a bela coroa que usava. Ela sorria também, embora um pouca mais contida, ao contrário da princesa, que tinha um sorriso rasgado de orelha a orelha.

Ela estava ao lado da mãe, usava um bonito vestido azul turquesa que lhe ficava pelos joelhos, com decote em coração, também de manga curta e com alguns detalhes em renda nas pontas da saia e das mangas. Tinha o cabelo negro solto e usava uma pequena e simples tiara. Os seus olhos amêndoados deitavam um brilho intenso, até um cego conseguia ver que ela estava muitíssimo animada.

Assim que desviei o olhar dela, a minha atenção rapidamente foi capturada por um par de esferas verdes como esmeraldas.

O príncipe estava à direita do rei, ele mantinha a mesma expressão que tinha durante o concerto, o que me deixou um pouco intrigada. A única diferença é que agora ele também sorria, mas muito pouco, os seus lábios formavam apenas uma simples e ténue linha curvada, mais nada. Agora que estou frente a frente com ele, consigo perceber que afinal a sensação que tive durante o concerto quando olhei na sua direção não era impressão minha, ele realmente parece aborrecido. Porque será? Ele era mais alto do que eu, isso via-se logo, era mais ou menos da altura do meu primo. Tinha ombros largos, apresentava um porte atlético, e o cabelo castanho ligeiramente despenteado apenas servia para lhe acrescentar mais charme. Tal como o padrasto, ele usava uma camisa branca, um fato azul marinho e uma gravata dentro do mesmo tom.

Certo, acho que já entendi o fascínio da Stacy.

- Jeremy! - o rei aproximou-se de braços abertos do meu tio, dando-lhe um abraço apertado. Até parece que não se vêem à anos.

- Olá... Louise! -  o meu tio disse enquanto correspondia também ao abraço.

- Já te disse para não me chamares Louise! Sabes que isso me irrita!

- Sei, é exatamente por isso que o fazia, faço e continuarei a fazê-lo, até sermos os dois ainda mais velhos do que o que somos e tu tiveres de me bater aos gritos com a tua bengala e eu precisar de aparelho auditivo para te ouvir reclamar. - o meu tio disse enquanto ria quando se desprendia do abraço.

- Está bem... Jenny! - o rei pagou na mesma moeda.

- Não me chames Jenny!

- Não me chames Louise!

O Príncipe e a PopstarOnde histórias criam vida. Descubra agora