Capítulo 8

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Desta vez não acordei com o som horrível do despertador. A janela estava aberta, deixando uma leve brisa entrar e fazendo cócegas no meu rosto, despertando-me.

Espreguicei-me e fiquei sentada durante algum tempo a admirar o meu novo quarto, a cama era tão confortável que se tornava complicado arranjar motivação para sair dela. Ele era de sonho, em tons de branco, creme, dourado e um rosa a caminhar para o roxo. A cama era enorme, com uma colcha num tom branco pérola e com várias almofadas de tamanhos diferentes em cima e um banco com um estufado creme à frente desta. A parede atrás da cama estava pintada de preto até uma certa distância e depois continuava em branco, com detalhes dourados que faziam parecer uma moldura. De cada lado da cama estava uma mesinha cabeceira, também em branco com detalhes dourados e um candeeiro em cima de cada. Do lado direito estava uma mesa com um espelho enorme e várias prateleiras de cada lado e do lado esquerdo estavam dois cadeirões. Mais à frente estavam duas portas: uma dava para a casa de banho e outra para o imenso closet, que já estava arrumado com as minhas coisas e mais algumas peças de roupa que me tinham oferecido.

Fiquei de queixo caído quando a Sophia mo mostrou ontem, depois de regressarmos da torre pela passagem secreta. Isso foi outra coisa que me deixou completamente surpresa, mal conseguia acreditar no que os meus olhos viam quando a parede atrás de mim de deslocou para o lado quando a Sophia digitou o código no pequeno controlo. Imaginei que houvesse divisões secretas, bem protegidas para a família real se refugiar caso alguma situação de grande risco acontecesse, mas apenas isso, nunca pensei que pudesse existir mais além disso. Agora fiquei curiosa...

E depois também há a história do tal jardim secreto. Será que durante estes anos todos nunca ninguém o encontrou? Se foi isso então deve estar em muito mau estado, as plantas devem ter crescido bastante, ou devem estar mortas mesmo, já que a única água que recebem é a da chuva, porque se nunca ninguém o encontrou nunca ninguém o regou... Ou será que o encontraram e mantiveram segredo?

Já estou e pensar demais em assuntos que não têm importância!

Assim que finalmente me levantei da cama, calcei as pantufas e fui em direção à casa de banho para começar a preparar o banho. Quando abri a torneira para encher a banheira, ouvi batidas na porta.

Fechei a torneira antes de sair da casa de banho e fui abrir a porta para dar passagem a quem quer que fosse que estivesse do outro lado. Quando a abri, deparei-me com uma mulher mais velha, tinha o cabelo já com alguns fios brancos apanhado num coque apertado e vestia uma roupa diferente da dos outros empregados do palácio, provavelmente devia ser a governanta. Ao seu lado estava uma rapariga jovem, um pouco mais nova do que eu acho. Ela sim tinha a roupa dos empregados do palácio, mas era um pouco diferente da roupa que os empregados que nos serviram ontem o almoço usavam, talvez cada um usasse um uniforme diferente de acordo com o seu ofício e com o espaço onde trabalhavam.

- Bom dia menina. – a mulher disse antes de entrar no quarto, seguida pela rapariga – Esta é a Emma, ela será a sua empregada pessoal enquanto estiver aqui connosco. Ela terá a obrigação de cuidar de tudo o que precise. Deixá-la-ei nas suas mãos... competentes. Tenha um resto de bom dia. – ela saiu fechando a porta e deixou-me com a minha empregada.

- Precisa de ajuda com alguma coisa menina? – ela aproximou-se e falou um pouco baixinho, devia estar nervosa.

- Não precisas de me chamar menina, chama-me apenas Mia. – sorri-lhe, tentando passar alguma confiança.

- Está bem meni... Mia. Quer que prepare o seu banho?

- Sim, pode ser. Na verdade, tinha começado a encher a banheira antes de terem batido à porta.

O Príncipe e a PopstarOnde histórias criam vida. Descubra agora