Capítulo 32

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- Podem começar a dar pela nossa falta...

- Pois podem... - o Edward disse, enquanto traçava uma linha de beijos que ia desde o meu pescoço até ao meu ombro.

- Então devíamos ir andando, não achas?

- Talvez... - ele não estava a prestar atenção nenhuma à minha voz, e contra a minha vontade, fiz com que ele parasse e me olhasse.

- Estou a falar a sério, sabes o que as pessoas vão começar a pensar? O que o meu primo e a tua irmã vão pensar? – tentei fazer com que ele encarasse o meu ponto de vista.

- Eu sei, eu sei. – ele disse um pouco cabisbaixo, beijando-me os lábios em seguida, conseguindo sentir o sabor do seu hálito a champanhe por conta da bebida que deve ter consumido esta noite. – Mas está se melhor aqui.

Não consegui evitar rir do seu comentário, mas também quem é que eu queria enganar, eu também não tinha a mínima vontade de ir embora dali. A partir do momento em que ambos soubemos o que o outro sentia, parece que ficar longe, ou pelo menos tentar manter alguma distância decente se tinha tornado bastante complicado. Complicado também era tentar chamar este príncipe à razão, mas o mais difícil de tudo era eu chamar-me a mim própria à razão, dizendo que tínhamos de ir enquanto tinha um príncipe a beijar-me.

- Acredita em mim, também não me apetece ir, mas nós temos mesmo de voltar. – afastei-me ligeiramente, de maneira a olhá-lo nos olhos. Levantei-me do seu colo, ajeitando a saia do vestido e tentando fazer o meu cabelo voltar ao lugar.

- Só mais 5 minutos. – sem eu esperar, ele agarrou na minha mão e puxou-me outra vez para ele, sentando-me ao seu colo e colando novamente os nossos lábios, arrancando de mim um suspiro de contentamento.

Ele voltou a colocar a mão nas minhas costas, enquanto a fazia deslizar para cima e para baixo. Mesmo com ela em cima do vestido, era impossível não me arrepiar com o seu toque.

- Será que podes parar de me beijar por uns momentos? – tentei soar severa, mas era para esquecer, com aqueles olhos verdes a olhar para mim.

- Tu queres que eu pare? – ele sorriu para mim, como quem diz "tens mesmo a certeza do que queres?".

Não consegui evitar sorrir, não era preciso muito para saber que ele tinha razão, e agradeci por ser de noite e estar escuro, porque senão já teria perdido a conta dos tons de vermelhos que se poderiam apoderar do meu rosto. Agarrei no rosto dele e beijei-o demoradamente, mas parei e levantei-me, ajeitando o meu cabelo e vestido.

Ele pareceu finalmente ter-me dado ouvidos, e levantou-se também, começando a ajeitar o seu fato e os seus cabelos, que por sinal estavam muito despenteados. Culpa minha.

- Então, estou apresentável? – referia-me mais ao meu cabelo e maquilhagem, que temia estar um horror.

- Mais do que apresentável, maravilhosa. – ele inclinou-se e roubou-me um beijo rápido – Nem te cheguei a dizê-lo hoje.

- Agradeço.

Ele deu-me o seu braço, e eu engatei o meu no dele, e juntos saímos dali.

Quando começámos a chegar mais perto do salão, abrandámos ligeiramente o passo, como se estivéssemos a dizer às pessoas que estavam cá fora que estivéramos sempre por ali e não tínhamos feito nada de mais.

- Como é que ficamos agora? – perguntei num sussurro, enquanto nos aproximávamos da entrada.

- Bem, eu até que me podia ajoelhar e fazer o pedido de namoro oficial, mas acho que agora e à frente de tanta gente não ia ser lá grande ideia. – ele disse também baixinho, enquanto olhava à volta e sorria a algumas pessoas.

O Príncipe e a PopstarOnde histórias criam vida. Descubra agora