Capítulo 40

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Edward

Devia ir ou não?

Talvez...

Ela disse-me que estava tudo bem, que não tinha acontecido nada, deve ser só imaginação minha.

Mas também pode não ser, ela estava bem estranha, alguma coisa nos seus olhos dizia-me isso.

Precisava de ter a certeza de que ela estava efetivamente bem.

Desta vez decido, saí do meu quarto rapidamente e fechei a porta atrás de mim, parando no corredor e olhando para os dois lados para ver se não encontrava ninguém, afinal se me vissem a sair do quarto a estas horas iriam achar estranho e eu teria de inventar uma desculpa qualquer.

Quando me certifiquei de que estava sozinho, andei devagar e silenciosamente pelo corredor, para não atrair com o som dos meus passos a minha irmã, que estava no quarto já aqui perto. Já estava longe o suficiente, então acelerei o ritmo, parando abruptamente quando cheguei à escadaria que levava aos andares de baixo.

Tinha me esquecido completamente dos guardas que ali estavam!

Fiquei ali parado durante alguns segundos, enquanto pensava numa boa desculpa para lhes dar caso me fizessem perguntas.

Não tinha encontrado uma que fosse assim muito convincente, mas tenho a certeza de que eles não seriam intrometidos ao ponto de me pedir detalhes.

Desci então as escadas calmamente, enquanto sentia alguns olhares em cima de mim.

- Vossa Alteza...

E pronto.

- Sim? - virei-me para trás, com um sorriso falso e contido, enquanto encarava o homem perto de mim.

- Está tudo bem? Precisa de alguma coisa?

- Está tudo ótimo, não se preocupe. Eu vou apenas à cozinha. - disse a primeira coisa que me veio a mente.

- Podemos pedir a alguém que lhe vá buscar o que precisa.

- Eu sei, mas como não vi nenhum empregado passar também não me apeteceu incomodar alguém, já é um pouco tarde então eu não me importo de ir. - ele ia abrir a boca para dizer mais alguma coisa, mas eu não lhe dei tempo para fazer mais alguma pergunta ou dizer o que quer que seja, pois virei-me novamente e continuei a descer as escadas, em direção ao meu destino.

A porta do quarto dela estava bem perto, mais alguns passos e já estaria ali em pouco tempo. Ao chegar lá, bati algumas vezes à porta, esperando que ela me viesse abrir.

- O quê que tu... - a porta então abriu-se, mostrando uma Mia confusa ali parada. Assim que a porta estava aberta, aproveitei a deixa e entrei logo, fechando-a e fazendo com que ela encostasse o seu corpo nela, colocando um dos meus braços de cada lado, prendendo-a e deixando-a de frente para mim.

- Edward... - ela sussurrou o meu nome, e então depois daqueles minutos torturantes em que apenas ficámos a olhar um para o outro, sem que eu lhe tocasse, calei-a com um beijo, puxando-a pela cintura para o mais perto possível de mim.

As coisas de há um tempo para cá têm ficado mais "quentes" entre nós, um exemplo do que digo foi por exemplo o episódio desta tarde na sala de música. Eu estava ali para ver como ela estava, porque estava preocupado com ela, mas eu também precisava de a ver, precisava dela, em todos os sentidos.

- O quê que tu estás aqui a fazer? - perguntou, depois de nos termos separado.

- Mia, tu sabes que podes falar comigo sobre tudo... - eu queria que ela acreditasse nas minhas palavras, queria que ela visse em mim alguém para quem poderia correr caso precisasse de um refúgio, de um porto seguro. Queria ser aquela pessoa em quem ela confiaria qualquer coisa, aquela a quem recorreria se se sentisse perdida no mundo e aquela que iria sempre ter uma mão prontamente estendida, que ela poderia agarrar a qualquer momento quando visse que estava prestes a cair.

O Príncipe e a PopstarOnde histórias criam vida. Descubra agora