Capítulo 12

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Assim que acabámos de dançar afastámo-nos e uma fizemos uma vénia um ao outro. Ele ofereceu-me o braço, que aceitei de bom grado, e conduziu-me pelo salão. Íamos cumprimentando algumas pessoas conhecidas do Charles, algumas também eu conhecia, outras não e havia algumas que apenas tinha ouvido falar ou visto uma vez ou outra noutra ocasião.

- Barão Armtelsing, baronesa – parámos junto de um casal já com uma certa idade e cumprimentámo-los com um leve aceno de cabeça. O barão usava um elegante fato de gala, tinha o cabelo já grisalho penteado para trás e na mão esquerda segurava um copo com champanhe. A baronesa tinha o cabelo preso num penteado um pouco extravagante demais para o meu gosto. Os seus caracóis loiros (e já com alguns cabelos brancos) estavam todos presos no topo da cabeça com vários ganchos com acabamentos em pérolas e usava um vestido azul-escuro, justo no tronco, com uma volumosa saia que caía até ao chão. Ela estava de braço dado com o marido e também tinha um copo de champanhe na mão. – É um prazer vê-los, agradeço a vossa presença. – o Charles agradeceu, com a postura de um perfeito cavalheiro.

- Nós é que agradecemos o convite. – o barão respondeu antes de dar um gole no seu champanhe.

– Permitam-me que vos apresente a minha amiga mais chegada: esta é a lady Claire, a filha do conde Harry e da condessa Hellen. – ele puxou-me um pouco e eu cumprimentei-os.

- É um prazer conhecê-la. – a baronesa sorria ao dizer estas palavras.

- Igualmente.

Ficámos ali a conversar um pouco até que o Charles avisou que iria cumprimentar mais alguns convidados. Despedimo-nos do casal e continuámos a circular pelo enorme salão da mansão. A certa altura um mordomo chegou até nós e sussurrou alguma coisa ao ouvido do Charles, este assentiu e afastou-se de mim, dizendo que já voltaria.

Eu concordei e quando reparei o Charles estava parado perto do topo da escadaria, com os seus pais mais atrás de braço dado. Ele bateu com algum objeto no seu copo, para chamar a atenção de todos. Assim que toda a gente se virou para o encarar o silêncio instalou-se no salão, esperando que o aniversariante dissesse o que pretendia.

- Boa noite meus amigos. Agradeço a todos a vossa presença e os adoráveis presentes que recebi, são todos muito gentis. Este foi um dos melhores aniversários da minha vida, por isso, proponho um brinde! – ele ergueu o seu copo, e todos fizemos o mesmo. – Um brinde, para que muitos mais se sigam, para mim e para todos vocês, com saúde e com tudo com que a vida vos presenteie, ao lado das pessoas que mais amam. – senti o olhar dele sobre mim quando proferiu estas palavras. Assim como ele disse, brindámos.

Alguns minutos depois fui ter com os meus pais, e juntos despedimo-nos do Charles e dos seus pais. Antes de me ir embora ele deu um beijo na minha mão, como fez com a minha mãe, mas os seus lábios demoraram mais do que o necessário em mim do que nela.

Saímos do salão e encaminhámo-nos para o nosso carro. Ao chegarmos lá, o nosso motorista abriu-nos a porta e entrámos, fechando-a atrás do meu pai e depois foi ocupar o seu lugar.

Assim que o carro arrancou eu encostei-me mais à janela em silêncio, enquanto os meus pais falavam sobre alguma coisa à qual eu não estava a prestar atenção. Fiquei simplesmente a observar a noite que passava pelo lado de fora à medida que o carro avançava, e de vez em quando os meus pensamentos iam para o tal banco de jardim.

- Claire, está tudo bem? Estás muito distraída. – a minha mãe perguntou-me a dada altura.

- Sim, está tudo perfeito. – desviei o olhar da janela para a encarar com um sorriso. Ela e o meu pai trocaram um olhar confuso, provavelmente iriam perguntar-me mais tarde o quê que aconteceu entre mim e o Charles, mas depois contaria, cada coisa a seu tempo.

O Príncipe e a PopstarOnde histórias criam vida. Descubra agora