Epílogo

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7 anos depois...

Sentia alguma coisa no meu braço, uma pequena comichão que não parava. Abri lentamente os olhos, sorrindo já com o toque familiar do Edward. Ele acordava-me todas as manhãs assim, começava a fazer-me festas no braço e depois quando eu já estava desperta, virava-me para si e murmurava um "bom dia" enquanto me beijava, e como é óbvio hoje não foi exceção.

- O que estás a fazer? – perguntei-lhe, quando comecei a reparar que ele não parava de olhar fixamente para mim, com um sorriso preguiçoso.

- Nada de mais, apenas a admirar a linda mulher que tive a sorte de conhecer. – ele puxou-me mais para si, enchendo-me de beijos por todo o rosto – Como é que te sentes? – ele perguntou, quando me levantei e fiquei sentada com as costas encostadas a algumas almofadas, fazendo ele o mesmo que eu, passando o braço pelas minhas costas.

- Melhor, foi só uma tontura ontem, mais nada. – sorri, tentando acalmá-lo. Ultimamente tenho andado meio esquisita, meio enjoada e indisposta, e ontem ao jantar senti-me mal, então Edward insistiu para que eu viesse descansar.

- Ainda...

Mas ele não conseguiu acabar, pois na hora entrou de repente um pequeno vulto verde no quarto, baixinho e com longos cabelos castanhos.

- Mamã! Papá! – a pequena saltou para cima da nossa cama, vindo para o meio de nós os dois.

- Bom dia bonequinha. – o Edward pegou nela e sentou-a ao seu colo, enquanto lhe fazia cócegas, deixando o som do seu riso preencher todo o quarto, fazendo um sorriso enorme aparecer no meu rosto. Ela remexia-se tanto no colo do pai por conta das cócegas, que os cobertores da cama começavam a ficar todos tortos.

- Vossas Altezas... - uma senhora baixinha apareceu na porta, fazendo uma profunda vénia, com os olhos baixos – Lamento muito incomodá-los, a princesa Rose...

- Está tudo bem, ela agora fica connosco, pode ir. – disse calmamente, dispensando a ama da Rose, dirigindo-me à pequena menina de olhos verdes - Rose, quantas vezes é que nós já te dissemos que não podes fugir assim da senhora Bennet? – ela baixou os olhinhos, parecendo triste por estar a ser repreendida.

- Desculpa mamã. – ela voltou a olhar para mim, com aqueles olhinhos verdes iguaizinhos aos do Edward, realçados pelo seu vestido no mesmo tom.

- Promete-nos que não o voltas a fazer. – o Edward estendeu o dedo mindinho dele. A Rose ao ver o gesto, engatou o seu pequeno dedinho no do pai, sorrindo em seguida e ganhando um grande abraço.

- Eu prometo, eu só vos queria ver. Mamã, tu estás bem? – ela olhou com mais atenção para mim.

- Porquê essa pergunta filha? – coloquei uma madeixa do seu cabelo atrás da orelha, enquanto ela pegava na minha mão.

- Eu ouvi alguns empregados dizerem que tu não te andavas a sentir bem... - este pequeno serzinho de cinco anos é mais atento do que eu pensava.

- Não te preocupes pequenina, eu estou bem. – dei-lhe um pequeno sorriso, e sem que eu esperasse, ela saltou para cima de mim, enrolando os seus bracinhos à volta do meu pescoço.

- As minhas duas rosas... - ouvi a voz do Edward, enquanto ele se chegava mais para perto de nós.

Escolher o nome da Rose foi uma tarefa simples até, eu queria que fosse um nome com algum significado e familiar também, então o Edward lembrou-se do meu nome do meio, Rose. Achei a ideia perfeita, pois o nome significava "rosa", e esta flor sempre esteve presente na nossa relação, então sendo esta linda menina um bocadinho de cada um de nós os dois, acho que nada se encaixaria melhor.

O Príncipe e a PopstarOnde histórias criam vida. Descubra agora