Decisão

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Pov*Camila

Assim que Lauren dormiu, me soltei de seus braços e fui para o jardim pensar um pouco.

- O que faz aqui, mãe? - perguntei ao avistá-la sentada à beira do lago.

- Fiquei sabendo que seu tio está mal, então vim vê-lo - ela disse, abraçando-me com ternura.

- Mas ele não está aqui, ele está no palácio dele - comentei, sentando-me ao seu lado.

- Eu sei, só passei aqui porque quis te ver e saber como estava - ela explicou, sorrindo afetuosamente, e eu assenti.

- Eu estou bem, mãe. Posso te perguntar uma coisa? - arrisquei, esperando encontrar conforto em suas palavras.

- Claro! - ela respondeu, sorrindo com ternura.

- Se uma pessoa por quem você tem grande estima estivesse enfrentando dificuldades, e uma parte significativa delas decorresse de ações suas, e você dispusesse de uma solução, embora sua implementação implicasse em considerável sofrimento pessoal, como agiria diante dessa situação? - questionei.

- Nesse caso, eu buscaria resolver o impasse, independentemente das consequências para mim. O verdadeiro amor se manifesta na capacidade de sacrificar-se, de doar-se, e, muitas vezes, de enfrentar o sofrimento em prol do bem-estar daqueles a quem amamos... - respondeu ela com serenidade, irradiando sabedoria.

Ela se aproximou, dando-me um beijo na testa, e logo se pôs atrás de mim, começando a fazer uma trança em meu cabelo. Sentir suas mãos habilidosas tecendo os fios trouxe uma sensação reconfortante, como se cada movimento fosse um gesto de amor e cuidado.

- Você sofre, mãe? - eu perguntei.

- Sim, seu pai é teimoso, e eu acabo ficando muito chateada quando nós brigamos. - ela disse, enquanto revivia momentos compartilhados com o companheiro.

- Então, eu teria que resolver esse problema mesmo se isso me fizesse sofrer? - eu perguntei, refletindo sobre as palavras dela.

- Depende, temos que nos colocar no lugar dos outros. O que ela faria e o que você está disposta a fazer por ela? - ela disse, explicando calmamente, e eu assenti, absorvendo suas orientações.

Eu me mantive calada até que ela terminou de fazer a trança perfeita em meu cabelo, cada mecha cuidadosamente arranjada.

- Tudo, eu faria tudo por ela, muito obrigada, mãe! - eu disse, sentindo uma onda de gratidão e determinação, e logo me abracei a ela.
Ao sair, deixei-a confusa, mas seu sorriso acolhedor permaneceu intacto, irradiando conforto e apoio.

Enquanto caminhava em direção à minha sala secreta, meu coração pesava com um turbilhão de pensamentos. Promessas silenciosas ecoavam em minha mente, reiterando o compromisso inabalável que tinha com Lauren. Eu estava determinada a proporcionar-lhe toda a felicidade que merecia. Se eu era a causa do seu sofrimento, então cabia a mim remediar essa situação.
A cada passo, reafirmava minha determinação de fazer o que fosse preciso para garantir seu bem-estar e sua paz de espírito.

- Achei que não fosse aparecer - Normani disse, e eu sorri fraco.

- Já sei o que vamos fazer... - eu disse, decidida.

- E o que vamos fazer? - ela perguntou, ansiosa.

- Eu ainda não tenho certeza, mas acho que tem um feitiço que pode nos ajudar a resolver o problema da Lauren! - eu disse, e ela assentiu alegre.

- Qual deles? - ela perguntou.

- O de se machucar! - eu disse como se fosse óbvio.

- Entendi, mas de qual feitiço você está falando? - ela perguntou, e eu suspirei.

 Múmia- CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora