Nome

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Dois meses depois

Pov*Lauren

Estava preparando o almoço para mim e para a Camz, já que o faraó não para em casa desde que começou a namorar. Ele parece viver na casa do namorado ultimamente. Camila está estranha comigo desde a manhã, o que me deixou triste. Normalmente, somos tão próximas, mas hoje ela parecia distante e distraída.

- Camila? - eu chamei quando acabei de preparar nosso almoço, que era strogonoff de frango.

- Sim? - ela apareceu na copa.

- Vem almoçar! - eu disse, prendendo o choro.

- Tá! - ela disse e se sentou na minha frente e logo começou a comer em silêncio e eu suspirei.

- Não vai comer? - ela perguntou e eu neguei.

- Estou sem fome! - eu disse desanimada.

- Mas a bebê está! - ela disse séria e eu bufei, logo começando a comer.

- Precisamos conversar! - soltei as palavras com um peso que parecia ecoar pelo espaço da cozinha.
Juntas, caminhamos para a sala, cada passo marcando a urgência da conversa iminente.

- Por que está agindo assim comigo? - minha voz vacilou com a tristeza que inundava meus pensamentos. Ela respirou fundo antes de responder.

- Me desculpe se te deixei triste. É que eu me lembrei de algumas coisas, coisas que sinceramente, não gostaria de me lembrar. - Seu olhar encontrou o meu, revelando a dor oculta por trás de sua expressão.

- Sua memória voltou? - minha pergunta foi um sussurro, mal ousando romper o silêncio tenso que nos envolvia. Ela assentiu lentamente.

- Voltou, e doeu, Lauren, como doeu ver você beijando outra pessoa. - Cada palavra expondo a ferida que havia sido reaberta pelo retorno de suas lembranças.

- Me desculpe, Camz! Aquela era outra Lauren. - Eu me aproximei dela, cada passo marcando o desejo de consertar o que estava quebrado entre nós. Ela assentiu, um suspiro escapando de seus lábios enquanto as lágrimas ameaçavam transbordar de seus olhos.

- Não é só isso...- ela disse, séria.

- O que tem mais? - eu perguntei, preocupada.

- Estou com um pressentimento ruim. - ela disse, e eu arregalei os olhos, um calafrio percorrendo minha espinha.

- Como assim? É algo com a bebê?  - eu perguntei, a ansiedade se manifestando em minha voz, minhas mãos instintivamente buscando minha barriga.

- Eu acho que vou morrer. - ela disse, séria, sua confissão pairando no ar como uma sombra. Eu arregalei os olhos, sentindo as lágrimas começarem a sair, um nó apertando minha garganta, dificultando a respiração.

- Não brinque com isso, Karla Camila! - eu disse, soluçando, benditos hormônios, minhas mãos agarrando-se desesperadamente à sua camisa.  Ela suspirou, me abraçando com força, seus braços um conforto frágil contra o medo que ameaçava me consumir.

- Se acalme, Lauren! O futuro está sempre mudando. - ela disse, e eu assenti, fungando.

- Me prometa que vai ficar comigo e com a bebê! - eu disse, soluçando, as palavras saindo como um apelo desesperado.

- Lauren, eu não posso te prometer algo que não sei se posso cumprir! - ela disse, assim que me separei do abraço, sorrindo fraco, seus olhos refletindo a dor da incerteza que nos cercava.

- Por favor, amor... - eu implorei.

- Não complique as coisas, pode ser que tenha sido só um sonho! Por isso, fique calma. - ela disse, séria, enquanto fazia um leve carinho em minha barriga, como se buscasse confortar não só a mim, mas também à pequena vida que crescia dentro de mim.

 Múmia- CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora