Dos textos curtos. Dos que escondem o que podem da pior maneira possível. Dos que eufóricos, riem com outras felicidades. A minha arte é uma merda.
Nem um charuto. Nem um texto. É a arte que também é merda. Somos todos nós agora, no plural e no presente, enquanto o tempo ainda nos permite. A frustração é pensar. Pensar sobre pensar. Penso em quanto estamos sozinhos de tanto pensar na solidão.
Lembranças na memória e na caixa azul estrelada. Porque algum. Os ácidos grilhões da mórbida melancolia. Lembrar é prisão. Pensar em lembranças é manter o passado aquecido. A questão... [Respirar]
Somos capacitados a viver por sua causa. Inconstantes metamorfoses que derramam em nós a arte que respira. Que sejamos aquela que vira música e vento.
Desde que sua merda de arte te permita respirar. As pequenas liberdades. Quem sabe somos nós, no plural e no presente, arte. Os produtores. Os criadores de lâmpadas e sinfonias. Somos arte em movimento porque pensamos em sua existência. Somos a arte que produz a si mesma para respirar. Somos futuras lembranças do que faremos no amanhã. Nossa arte é uma merda. O que somos? [Respiramos]
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Y
PoetryTextos desocupados de dores com sabor de açúcar, amores ácidos e borboletas amarelas.