Tudo começou bem. Com o passar dos meses, um cansaço interminável. Um cair que não cessa e não sucumbe. Voltar para casa nos finais de semana e só dormir. Cansaço demais para entregar-se. Para sair da zona segura. Não apenas um cansaço físico, um cansaço de cabeça. Questionei o estar onde estou. Proporções maiores. Não me sentia (sinto?) bem com nada. Pensei nisto na manhã do dia 7 de novembro, sobre esse cansaço mortal que me levou. "I Feel Like I'm Drowning". Esse ar pesado e provocativo. Estou me apropriando destes acontecimentos e desse "cair". Estranheza e possibilidade. Fiz-me da solidão e de movimentos articulares. A espiral, esta que todos almejamos sem ao menos saber muito bem que bicho ela é. Contos falantes da intensa tempestade de dentro que às vezes vemos pelos olhos, às vezes vemos na palavra (na Arte). Sobre o desequilíbrio de existir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Y
PoesíaTextos desocupados de dores com sabor de açúcar, amores ácidos e borboletas amarelas.