Delírios de uma pré-leitura

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Sempre acreditei na chuva. Definitiva e alarmante. Quando chove, fazemos as coisas que deixamos para amanhã há muito tempo. Coisas da mente, da alma. Dançamos. Sempre acreditei na força da chuva.

Sinto-me estagnada. Pela primeira vez, as palavras não me acompanham na etérea sincronia do sentir. Estou só e cheia de [vida]. Sucumbi ao vício e à facilidade de bloquear. Li em algum lugar que todos somos artistas; uns criam obras e outros criam momentos. Hiato da arte para meus próprios momentos.

Este esboço será esquecido assim como todos os esforços não vistos para mergulhar no cosmo de outro universo. Os detalhes me mantêm viva. Os seus sugam a força e cativam como chama crepitante. Obrigada pelos momentos e pela arte compartilhada. Vais embora dos pensamentos, mas conseguiste eternizar sentimentos, estes que ficam até que meu nome se junte ao vento e à música.

YOnde histórias criam vida. Descubra agora