há muito tempo que deixei de respirar. pensamentos efêmeros de uma angústia sem fim nem começo. o quê se diria sobre? [mentirosa]. dores têm atravessado o corpo, dores aceitas todo.santo.maldito.dia. tão difícil dizer em voz alta a vontade de chorar. pequenas coisas fúteis sutis delicadas despercebidas. sentir sozinha o amor que vai e nunca volta. as incapacidades da leveza do ser. sentir sem arrependimentos; respirar sem temer.
giro a chave ouço o clique empurro a porta e nada não tem nada. o amargor de ver gente-do-mundo-real-que-nunca-chorou-assistindo-filme-indie. sobre o menino que só queria ser visto como Eduardo e não como inferno. o teu choque elétrico é meu, Eduardo. tua dor está comigo também. por aqueles que não choram, tenho a lhes dizer: fodidos e sozinhos todos estamos, já estivemos ou vamos estar. cegas são as placas faixas banners outdoors anúncios propagandas que nada fazem além de poluir o pensar genuíno.
mas é sempre humano. pela dignidade humana. vida é um eterno lutar como aqueles que sabem ser, os que não sabem e os que foram ensinados a não saber.
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Y
PoetryTextos desocupados de dores com sabor de açúcar, amores ácidos e borboletas amarelas.