silêncio

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Sozinha. Aquele silêncio a devora. Permite. Sempre permitiu. As batidas sincronizam, e o silêncio dança. Dança ela com ele, naquele sentimento eternizado que eles, e apenas eles conhecem. O mundo inteiro gira, e o silêncio retoma sua história, por ela já conhecida. Como estar perdida na própria lucidez, desvencilha-se do conforto dos grilhões. Vá embora! Deixe que ela voe! O silêncio permite. Sempre permitiu. Com o almejo tão esperado, o sopro do real transborda sua alma, acaricia seus cabelos, o anseio do desconhecido a chama pelo nome. A proximidade já recebida. Caem os grilhões penhasco abaixo. Ele a observa mergulhar em direção ao conforto de estar. Não muito tempo depois, está ela a ouvir a história já conhecida. O toque suave de seus velhos amigos já a pertencem novamente. Algum dia, a música há de tocar novamente. Anseiam eles pela próxima dança.  

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