Dinheiro. Conhecemos essa palavra muito bem, seus significados e como tudo gira a seu redor. Quando eu era pequena, não me importava com dinheiro, só sabia que ele era meu passaporte para o mundo dos doces do supermercado. Atualmente, acredito que o dinheiro é bom, mas o meio como o utilizamos não está adepto, a desigualdade é amplamente perceptível.
Mas não pretendo focar no assunto desigualdade, supondo que já tenham noção do problema. Por que gostamos de carros e mansões de luxo? Por que uma viagem à Disney e um Iphone parecem tão magníficos? Nos ensinam que, para sermos felizes precisamos de uma casa, dois carros, dois filhos e uma televisão com imagem em alta definição. Passamos nossa monótona vida trabalhando, muitas vezes com algo que não gostamos para adquirirmos nossos sonhos-de-consumo-que-trazem-felicidade-contínua, para no final, descobrirmos que a felicidade está nas coisas simples.
Não é a casa que você mora, o papel de parede mais caro, a televisão mais moderna, são as pessoas, aquelas que te acompanham, as que fazem as memórias se tornarem lembranças. Não é o carro com diversas funções e um teto solar, é a viagem, as pessoas que cantam Oasis com você durante o percurso. Enfim, repensem os tais "sonhos de consumo", joguem um belo foda-se para todos aqueles projetos de vida pré-prontos que nos rodeiam e procurem valorizar as lembranças simples, as companhias e os chás-de-pêssego com bolachas duplas ao fim da tarde.
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Y
PoetryTextos desocupados de dores com sabor de açúcar, amores ácidos e borboletas amarelas.