senti a evasão total do meu autocontrole. toda noite repetia e repetia e me transtornava gradativamente, uma queda lenta e efervescente.
de novo aquela maldita sala cor de creme e a grande árvore me entretendo com seu movimento musical volátil.
eu ouço o clique. aquela quebra interna confusão intracelular desregulagem catatônica de meus pensamentos e, talvez por instinto, talvez por necessidade, levanto-me e caminho até o centro da sala, me desloco ao meu próprio centro.
um surto de ISSO É REAL? ISSO É REAL? ISSO É REAL? ISSO É REAL? ISSO... É... REAL?
a lâmina delicada de sonhos passados encontra o percurso até a linha da vida, líquido vulgar tinge o chão de madeira. o infindável segue seu ciclo.
infindável e ressoante segue seu ciclo e nem mesmo o bordô de odor metálico o impede, leque de possibilidades que se fecha assim como o sopro de existências inválidas, sem qualquer termo poético que a salve do caos iminente.
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Y
PoetryTextos desocupados de dores com sabor de açúcar, amores ácidos e borboletas amarelas.