Parte 31

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Sensações

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Sensações

Estava eu deitada na cama de Eduardo sentindo seu cheiro agarrada a um travesseiro, após chegarmos em casa, me tranquei no quarto e Don ficou na sala sentado no sofá, assistindo a algum filme idiota. Ter ele por perto era arriscado ele nunca soube ser respeitoso, sempre com seu jeito indecente e manipulador. Minha barriga roncava de fome, desde quando eu cheguei me enfiei dentro do quarto, eu teria que enfrentar a realidade uma hora.

Sai do quarto e um cheiro maravilhoso de comida invadiu meu nariz, caminhei devagar e encontrei Don no fogão cozinhando alguma coisa.

— Não sei o que esta cozinhando, mas o cheiro é divino... — Eu falei e me sentei em um dos branquinhos da cozinha.

— Ah, pensei que você nunca sairia do quarto, eu não mordo apenas se você quiser — Don deu um sorriso com aquela cara de safado.

— Vai começar, eu não acredito! — Reclamei levantando-se do branquinho mas ele pegou no meu braço e disse:

— Calma princesa, estou brincando venha pegue um prato vamos comer!

Fiz o que ele pediu afinal de contas eu estava morrendo de fome, ele havia feito um Risoto com legumes, fiz meu prato e fui para a sala assistir o que passava na TV.

— Esse Risoto esta delicioso, onde aprendeu a cozinhar? — Perguntei

— Eu aprendi na prisão, você sabe não se tem muito o que fazer — Respondeu dando de ombros

— Por que não abri um restaurante? Você sabe cozinhar bem, acredito que daria muito certo.

— Mônica eu acho que isso não daria certo sabe...as pessoas jamais frequentariam um restaurante sendo que o chefe é um ex-presidiário.

— Isso não tem nenhum problema as pessoas estariam lá para comer, não para julgar você!

— Apesar de tudo eu não tenho paciência para isso. — Don levantou-se e foi até a cozinha quando ele voltou sentou-se ao meu lado e eu disse:

— Vou dizer pra ele ...

— Quando vai dizer?

— Quando ele voltar de viagem ...

— Você tem certeza disso Princesa?

Quando ele me chamava por esse apelido, uma onda de lembranças surgiam na minha mente, era como se fosse um de déjá vú.

— Eu tenho sim, e acho bom que você esteja preparado para a reação dele !

— Nada do que ele não tenha visto !

— Como assim ? — Perguntei cruzando os braços

— Eduardo era um Nerd idiota, uma vez ele se apaixonou por uma garota seu nome era Carol. Ele e essa garota começaram a namorar, mas ai ela deu em cima de mim, e eu fiquei com ela ele nos viu se beijando na garagem de casa, e ela havia acabado de ficar com ele... — Don disse gargalhando

— Você é muito cruel! como pode fazer isso? — Perguntei sem acreditar no seu cinismo

— A mina era uma puta gostosa é claro que eu não ia recusar! — Ele respondeu erguendo as mãos para cima

— Você se acha o fodão não é?

— Não tenho culpa se as mulheres se jogam em cima de mim.

— Você deveria ter respeitado ao menos seu irmão!

— Ah... Eu só beijei ela, não transei com ela!

— Você nunca vai mudar !

— Mas você gosta não é? Foi esse meu jeito que deixou você toda excitada...

Don se aproximou do meu rosto e era possível sentir seu cheiro ele tocou no meu rosto passando o polegar no meu lábio inferior e disse:

— Eu Mataria por você... essa boca ...

Rapidamente eu me levantei e sai de perto dele.

— Chega de joguinhos Don! estou cansada, respeite o seu irmão.

Fui direto para a cozinha e Don veio atrás mim.

— Me diz o que eu preciso fazer Mônica! — Don perguntou com a voz alterada

— Precisa se afastar de mim !

— Eu tento, mas é impossível, você me enlouquece não tem jeito!

— Isso aí é obsessão somente...

— Não pense que eu sai de sua vida por que eu quis! Tive que fugir eu voltaria, mas fui preso meus parceiros me entregaram.

— De qualquer maneira não daria
certo, eu poderia estar presa junto com você e eu não queria ter meu nome envolvido no tráfico.

— Jamais eu deixaria alguma coisa de ruim acontecer com você — Ele falou se aproximando novamente e me encostando no balcão da cozinha.

— Se afaste por favor !

— Você me traz sensações... Eu não sei explicar.

Seu rosto estava próximo demais e eu pude sentir seu hálito próximo a minha boca, mas não pensei duas vezes e acertei um tapa em seu rosto o trazendo de volta a sua realidade:

— Fique com essa sensação ardente no seu rosto idiota!

— Quanto mais você me maltrata, mais eu te quero!

O empurrei e sai de perto dele entrando no quarto de Eduardo e trancando a porta, me deitei na cama e deixei as lágrimas caírem.

Na manhã seguinte Don estava muito sério trocou poucas palavras comigo, aquilo era um alívio naquele momento, quanto menos conversa melhor. Tomei café e estava saindo quando ele disse:

— Me desculpe por ontem eu sou um imbecil, eu só queria que as coisas fossem como era antes...

Vi verdade em seus olhos, mas aquilo já havia passado não havia possibilidades de um retorno, a vida me deu uma segunda chance e eu não queria desperdiçar aquilo que eu estava vivendo.

— Don eu sinto muito, mas você tem que aprender a conviver com isso, será melhor para todos.

Sai do apartamento e fui até o estacionamento onde eu peguei o carro de Eduardo, me sentei no assento arrumei os espelhos e fui dar partida no carro quando uma coisa me chamou atenção. No Piso do carro debaixo do banco do passageiro eu vi algo brilhar, não entendi o que era, me abaixei e tentei puxar, mas estava preso puxei com um pouco de força e o tecido se rasgou, era uma calcinha de renda vermelha minúscula. O ódio tomou conta do meu ser, eu não acreditava que Eduardo faria aquilo comigo, não acredito que ele seria capaz de algo assim liguei o carro e sai cantando pneu.

Ele vai ter que se explicar bem direitinho...

Ele vai ter que se explicar bem direitinho

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27/08/2018

TEMPOS DE AMAR (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora