Parte 46 (Bônus)

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Escolha

Eduardo

Sai do meu apartamento com o coração na mão, deixei Mônica no meu quarto e confesso que não consegui olhar na cara dela naquele momento. Ela me feriu completamente, eu depositei todas as minhas fichas nela. Ela me traiu com meu irmão, mas com ele eu vou acertar depois cretino! Cheguei ao estacionamento e entrei no meu carro, mas não sai no mesmo instante, antes eu soquei o volante do carro e praguejei por ter sido tão estúpido e ingênuo.

Respirei fundo liguei o carro e sai devagar enquanto o rádio tocava uma música triste, fazendo com que o momento piorasse um pouco mais. Andei pelas ruas de São Paulo e observei as pessoas ao meu redor, que passavam apressadas, sempre estamos apressados por alguma coisa...

Eu achei que apressei as coisas acredito que eu devo ter forçado a barra com Mônica, talvez ela não estava pronta para um relacionamento, mas eu a queria e tinha medo que outro viesse e tomasse o meu lugar. No fim não adiantou de nada...

Depois de tanto andar sem rumo cheguei á uma rua onde haviam várias boates e bares, procurei um local para estacionar e parei em frente a uma boate chamada Luxúria... É aqui mesmo que ficarei, hoje eu quero esquecer quem eu sou...

Entrei na boate a luz era fraca e o cheiro do cigarro entrou nos meus pulmões, fazia tempo desde então, mas eu estava disposto a tudo. Fui até o barman e pedi uma dose de whisky queria algo que me embriagasse rápido então assim que recebi eu bebi de uma vez só, e senti o gosto amargo descendo pela garganta queimando tudo. É ruim, mas era preciso pedi ao barman um cigarro e acendi fazia muito tempo, foi na adolescência por causa do meu irmão, mas minha mãe havia descoberto e me bateu, nunca mais fumei na vida.

— Olá Gatinho nunca te vi aqui antes — Ouvi uma voz feminina e me virei em busca dela e vi uma mulher muito bonita, os lábios cheios, o cabelos longo, o decote ousado do vestido que ela usava. Seus olhos curiosos me olhavam com atenção ela perguntou:

— O gato comeu sua língua?

— Oi prazer, meu nome é Eduardo.

— Prazer Eduardo, meu é Vivian.

A mulher sentou-se ao meu lado no bar e pediu uma bebida e me olhou dos pés a cabeça.

— Por que me olha tanto? O que eu tenho de errado? — Perguntei enquanto dava um trago no cigarro.

— Você é muito gostoso, não é possível que você tenha passado aqui e eu nunca te vi.

A resposta atrevida me fez rir e bebi mais um gole do whisky querendo saber quem era aquela mulher tão misteriosa.

— Bem eu nunca estive aqui, mas hoje tenho um motivo não muito bom.

— Hum... Já sei brigou com a namorada não é? Os homens sempre enchem a cara querendo afogar as mágoas eu não julgo sabe.

— Sim, eu briguei com minha namorada, fui traído pelo meu irmão.

Ela olhou para mim com espanto pediu mais uma dose da bebida e virando o copo de uma vez.

— Então baby vamos se divertir, aqui é um local para diversão, venha.

Ela pegou na minha mão e me levou até a pista de dança, ela começou uma dança sensual na minha frente como se estivesse me seduzindo. Eu apenas ria do que ela fazia enquanto ela sensualizava em torno de mim ela pegou minhas mãos, e colocou em torno da sua cintura dando as costas e esfregando seu corpo no meu. Eu acabei cedendo e dancei com ela enquanto ela rebolava em cima de mim. E lembrei da primeira vez que eu dancei com Mônica na boate, minha vontade naquela noite era de beijá-la ali na frente de todos, a tristeza da lembrança fez com que eu perdesse o interesse e fui sair da pista de dança...

Mas a mulher me puxou pelo braço não me dando chance de sair e me beijou, no primeiro momento eu quis impedir, mas acabei cedendo e a beijei confesso que ela beijava muito bem. Em um ato repentino ela pegou em minha mão e saiu comigo me levando para o andar superior da boate, lá existiam algumas mesas recuadas, e a pouca luz não dava para identificar quem estava ali.

Ela me levou até uma mesa bem reservada e me jogou no sofá de qualquer jeito, e rapidamente sentou no meu colo de frente para mim beijando meu pescoço. Eu queria dizer que ali não era hora e nem o momento, mas ela não cedia, sua mão desceu até minha calça e então eu segurei seu pulso.

— Não, por favor, eu não posso. — Falei calmamente tentando fazer com que ela parasse.

— Calma meu anjo, relaxe deixe que eu irei acalmar seu coração ferido — Ela respondeu enfiando sua língua na minha boca, sem me dar chance de escapar, a mulher era louca.

Ela distribuiu beijos no meu pescoço enquanto gemia baixo, e fiquei excitado com isso ela pegou minha mão e o colocou em seu seio, mas não me movi fiquei do jeito que estava, mas então eu percebi que aquilo que eu fazia estava errado... Mas que merda que eu estava fazendo? Como eu deixei me levar, isso não era para ter acontecido!

Levantei-me e tirei a mulher de cima de mim ela ficou sentada no sofá olhando para mim, seu olhar era de fúria e com certeza se ela pudesse ela teria me matado aquela noite.

— Mas que porra é essa? Você por acaso é gay?

— Não, eu apenas amo minha namorada, não consigo fazer isso me desculpe.

Sai o mais rápido da boate e deixei a mulher a ver navios... Minha intenção era de encher a cara a noite, e não transar! Cheguei do lado de fora e entrei no carro, eu não queria voltar para meu apartamento, eu não conseguiria olhar nos olhos de Mônica, eu estava destruído...

Então eu decidi que procuraria um hotel e deixaria para ter uma conversa mais calma no dia seguinte, senti meu celular vibrar no bolso da calça jeans, e o nome de Mônica apareceu na tela senti um frio na barriga, mas eu atendi:

— Oi, Eduardo onde você está? — Sua voz era baixa quase que um sussurro

— Oi, eu não sei que horas irei... — Falei sentindo um nó na garganta.

— Já são 00:00 horas, você não vem?

— Não, eu não vou dormir em casa!

— Mas, se você quiser eu saio pra você ficar aqui — Eu jamais a deixaria fazer isso.

— Não precisa, fique, Edgard está aí com você?

— Não.

— Certo fique no meu quarto pode ficar, eu vou dormir em algum hotel eu preciso colocar cabeça no lugar.

— Eu amo você Eduardo...

Não disse nada apenas respirei fundo e desliguei o telefone, Também te amo Mônica... 

 

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TEMPOS DE AMAR (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora