Parte 51

1.9K 317 40
                                    

Seus beijos queimando a minha peleSó amor pode machucar assimE é a dor mais doce queimando em minhas veiasO amor é uma tortura me deixa mais certa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Seus beijos queimando a minha pele
Só amor pode machucar assim
E é a dor mais doce queimando em minhas veias
O amor é uma tortura me deixa mais certa

Only Love can hurts like this - Paloma Faith

Difícil demais para entender

Eu estava deitada no meu quarto após passar o dia no hospital, tentando descansar o meu corpo e a alma frágil. Não liguei para Eduardo, e nem ele para mim, e eu não sabia o que fazer... O celular tocou e vi seu nome na tela senti um frio na barriga, e logo meus batimentos cardíacos se tornaram rápidos demais, depois de tocar mais uma vez eu atendi. Eu não queria que ele pensasse que eu estava aguardando ele me ligar colada ao celular.

- Oi... Eduardo - Pensei que eu não conseguiria dizer seu nome em voz alta, mas não demonstrei algum sentimento a isso.

-Oi, Mônica você está bem? - Sua pergunta me deixou curiosa por que ele perguntaria isso, se ele sabia que eu não estava.

- Estou bem e você como está? - Menti, não queria dizer a realidade.

Ele suspirou e falou:

- Mal... Meu irmão sofreu uma tentativa de homicídio!

Minhas pernas estavam paralisadas eu não consegui me mover, não consegui falar, era difícil demais para entender o que acabava de ouvir. Fiquei alguns segundos em silêncio enquanto um filme sobre Don passava em minha mente, e ouvi a voz de Eduardo me chamando de volta.

- Mônica... Mônica fale comigo, você está aí?

- Oi - Senti as lágrimas caírem silenciosamente isso aquilo não era bom, respirei fundo procurando as palavras certas para dizer. - Como e quando foi isso?

- Hoje pela manhã, Edgard levou um tiro no abdômen, está no hospital São Carlos, está sendo feito uma cirurgia há algum tempo. Eu estou sozinho esperando meus pais chegarem. Já dei as notícias, minha mãe passou muito mal, mas mesmo assim quer vir.

Meu coração doía como nunca antes, eram muitas coisas que aconteceram de uma vez, e eu temia que pudessem piorar, e eu queria estar ao lado de Eduardo se algo acontecesse, então eu falei:

- Estou indo aí, me aguarde eu já chego.

Desliguei o telefone me levantei da cama tomei banho e me vesti o mais depressa possível e sai em busca do hospital, esperava que Don ficasse bem, ele era forte e sabia que ele ficaria bem.

Cheguei ao hospital às pressas e fui até a sala de cirurgia, do lado de fora vi Eduardo sentando em uma das cadeiras do hospital, ele estava tão abatido, ele parecia até estar mais magro, seu semblante era tão triste e meu coração apertou ao vê-lo naquele sofrimento. 

Caminhei em sua direção e eu queria tanto abraçar ele, mas eu não sabia se deveria quando eu estava perto dele o suficiente ele levantou-se e eu o abracei, e ele retribui me apertando mais forte, eu senti seu coração batendo contra meu peito sua respiração no meu cabelo, e ele me apertou mais um pouco mais forte e senti todos os meus pedaços se juntarem de novo... E eu chorei em silêncio.

TEMPOS DE AMAR (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora