– Fiquem quietos. Inferno. – Murmurei sentindo um forte latejar em minha cabeça.
– Isso não é o alarme, senhor. É o alerta de que a bateria das duas armaduras estão com a carga abaixo de 5%.
Merda!
– O que? – Gritei despertando alarmada assim que escutei os gritos do meu pai.
O asfalto se aproximava cada vez mais rápido me fazendo gritar em desespero. Meu corpo atingiu o asfalto ao lado do meu pai me fazendo grunhir com a dor, pude sentir as armaduras se chocando uma contra a outra antes de atingirem árvores aleatórias que ficavam em seu caminho, e então, tudo parou. Levei a mão direita até a máscara do capacete e arranquei-a de lá puxando uma respiração profunda e dolorida antes de olhar para o lado vendo meu pai na mesma situação.
– Você está bem, pai? – Perguntei a ele o vendo olhar para mim com os olhos arregalados.
– Sim. E você, querida? – Devolveu a pergunta preocupado.
– Me sinto como um meteoro. – Respondi rindo dolorosamente da situação em que nos encontrávamos. – Não existe nenhum outro pré-adolescente no mundo que viva as mesmas coisas que eu. Amo a minha vida, cara! – Meu pai bufou, ignorando meu comentário.
– Neve? – Papai perguntou me fazendo olhar para cima só agora percebendo que havia flocos de neve caindo em meu rosto. Aliás, tudo ao redor estava coberto de neve.
– JARVIS, onde estamos? – Perguntei imediatamente parando de rir.
– Estamos a 8 km de Rose Hills, Tennessee.
– Por que? – Meu pai perguntou estressado. – JARVIS, não foi minha ideia! O que fazemos aqui? São milhares de quilômetros! Tenho que pegar a Pepper, tenho...
– Preparei o plano de voo, essa foi a localização.
– Quem pediu?
– Você. – Respondi com calma tentando amenizar seu estresse.
