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– Angelina Maria Stark... – Ela começou, mas eu a interrompi.
– Eu vou para onde meu pai está!
– Não vai não, eu não vou deixar você continuar essa loucura! – Ela me encarou seriamente. – Angelina, isso não tem a menor chance de dar certo.
– Mãe, eu sei bem das consequências que as minhas ações podem acarretar, todos que criaram essa situação sabem! – Grunhi irritada. – E apesar disso, essa é a minha escolha, respeite-a!
– Essa escolha vai acabar matando você. Eu não quero te perder. Não vou aceitar isso!
– Você foi embora! – Acusei apontando para ela. – Você saiu de casa quando eu e papai precisávamos, e tudo isso somente porque você foi contrariada. Eu não vou ser o que você quer, eu não vou fazer o que você quer, eu não viver o que você quer!
– Eu só quero que você tenha uma vida normal! – Gritou gesticulando rapidamente.
– Mas eu não sou normal, eu nunca fui, droga! – Gritei para ela a mais pura e liquida verdade a respeito de minha vida. – Pelo amor de Deus, olha para mim! Eu sou a filha de Tony Stark, o Homem de Ferro! Eu sou a neta do homem que ajudou na criação do Capitão América! Eu sou herdeira das Indústrias Stark! Eu nunca frequentei escola nenhuma, nunca tive alguém para chamar de amigo, nunca me apaixonei, nunca acampei em família ou sequer fui a um parque de diversões.
Suspirei limpando o rosto com as costas das mãos, deitei a cabeça no encosto da poltrona e fechei os olhos.
– Eu não preciso de mais alguém me julgando. – Disse baixo com a voz falhando. – Eu e papai não precisamos de mais julgamentos, nós precisamos de apoio. Se você não pode nos dar isso, por favor, vai embora. Vai embora e só volta quando você for realmente ficar, mas não é só conosco, se ficar tem que aguentar tudo o que nosso sobrenome carrega. Tem que aguentar tudo que nós somos.
Ela permaneceu em silêncio durante o resto do nosso percurso assim como eu. Quando chegamos ao aeroporto o motorista nos avisou, e foi somente aí que eu abri meus olhos novamente.
