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– Ultron não atacou JARVIS porque estava com raiva, ele estava com medo do que JARVIS poderia fazer, por isso atacou. JARVIS resolveu se esconder, né? Espalhado, sem memória, mas não sem os protocolos. Ele nem sabia que estava lá até nós o montarmos de novo. – Meu pai continuou argumentando após perceber que Bruce ainda não estava convencido.
– Espera aí! Vocês querem que eu, ajude vocês a colocar o JARVIS dentro dessa coisa? – Bruce perguntou incrédulo.
– Não é bem isso, mas você passou perto. – Neguei com um sorriso no canto dos lábios.
– Nós queremos ajudar você a colocar o JARVIS dentro dessa coisa. – Meu pai respondeu a Bruce, sorrindo levemente com nossa ironia após terminar. Banner negou ao passo que meu pai sorriu mais abrindo os braços em sua direção.
– Não é minha área, mas pode ser a sua. Você entende de bio-orgânica mais do que qualquer um. – Banner suspirou e coçou testa nervosamente.
– Você está afirmando que a matriz operacional do JARVIS pode vencer a do Ultron? – Bruce perguntou parecendo ainda não concordar totalmente com a ideia, entretanto seu tom de voz já se mostrava menos hesitante.
– Isso já está acontecendo.
– Esse é a oportunidade perfeita de criar um Ultron sem as características homicidas que ele acha que são o melhor de sua personalidade. – Meu pai falou com uma seriedade rara de se ver em seu rosto. – Nós precisamos...
– Acho que vale a tentativa. – A voz robótica de JARVIS preencheu o ambiente pela segunda vez.
– Eu voltei no tempo, estou preso em um loop temporal. Foi exatamente aqui que tudo deu errado! – Bruce surtou.
– Ele tem um pouco de razão. – Concordei hesitante atraindo a atenção do meu pai. – E se nós criarmos algo pior que Ultron? – Perguntei com medo da resposta. Mesmo querendo tentar, o medo de falhar novamente e piorar nossa situação é grande.
– Eu sei. – Meu pai concordou se aproximando de mim e Bruce. – Eu sei o que pode acontecer, e eu sei o que todos vão dizer, mas eles já estão dizendo! Somos cientistas loucos, somos monstros. Assuma isso, mete as caras!
