Cinquenta e um

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Durante toda a noite anterior Tony se manteve ocupado projetando o relógio que controlaria a viagem deles ao passado.

Angelina, ao acordar e encontrar o pai dormindo sobre a mesa do laboratório, não se surpreendeu muito apesar de ter reclamado vividamente sobre o pai não tê-la esperado para que eles trabalhassem juntos. O Stark mais velho revirou os olhos e jogou um pacote vazio de biscoitos no rosto dela antes de sair do laboratório.

Típico.

– Você acha que vai ser estranho ir lá depois de todos esses anos? – Angelina perguntou ao pai que dirigia o carro caríssimo como se o mundo estivesse acabando.

– Você realmente acabou de perguntar isso ou...? – O deboche no tom de voz do Stark causou em Angelina um fervoroso revirar de olhos.

– Honestamente, você é ridículo. Nem sei porque tento manter um diálogo contigo, pai. – Tony riu abertamente da raiva da filha antes de ficar sério novamente ao avistar a entrada da base da equipe.

– Isso vai ser uma merda. – Tony respondeu a pergunta dela, mesmo que não fosse com as exatas palavras que ela esperava. – Ihh, olha o Picolé ali! Pela cara parece que o plano deles não deu muito certo. – Tony comentou com um pequeno sorriso enquanto fazia o caminho até Steve. As rodas do carro fazendo um barulho alto. – Esse pessoal não consegue fazer nada direito sem nós dois.

– Uh uh, que vergonha. – Angelina sorriu arqueando uma das sobrancelhas.

Tony freou bruscamente o carro parando um pouco a frente de onde Steve estava de pé. Imediatamente a marcha ré foi colocada pelo Stark até que eles estivessem parados no lugar certo. Angelina se debruçou levemente sobre o ombro do pai e sorriu para o homem loiro que os encarou com um misto de emoções que ela não soube identificar como boas ou ruins.

– E aí, gracinha, está perdido? Não te disseram que é perigoso para homens loiros e bonitos como você ficarem sozinhos em lugares como esse? – Angelina piscou para o loiro que riu pequeno do flerte brincalhão. Tony bufou e estapeou levemente o braço que a filha estava apoiando dolorosamente em seu ombro direito. – Ei! Isso doeu!– Angelina guinchou e estapeou de volta.

– Que cara é essa? Deixe-me adivinhar: ele se transformou em um bebê?

– Entre outras coisas. – Steve admitiu balançando a cabeça. Tony olhou para a filha como se dissesse "nós já sabíamos". – O que fazem aqui?

– Tirando férias nesse lugar maldito. – A Stark respondeu antes de sair do carro e alongar o corpo. – O que você acha que estamos fazendo aqui, Steve?

– É cada pergunta que eu escuto. – Tony murmurou também saindo do veículo. – É o Paradoxo de EPR. Em vez de viajar o Lang no tempo, vocês fizeram o tempo viajar para o Lang.

– Por isso ele deve ter ficado mais velho que meu pai. – Angelina brincou arrancando um sorriso do loiro e um olhar raivoso do pai.

– Me chama de velho de novo e eu te deserdo. – Tony estreitou os olhos em direção a Angelina, que riu abertamente da ameaça do pai. – Voltando ao assunto: é complicado, perigoso. Alguém deveria tê-los avisado. – Tony comentou como quem não queria nada.

– Vocês avisaram.

– Oh, nós fizemos?

– Felizmente nós estamos aqui agora. – Angelina piscou um dos olhos sorrindo.

– E viemos preparados. Eu fiz isso. – Tony levantou o punho com o relógio e o mostrou ao amigo. – Um GPS espácio-temporal totalmente funcional. – Steve sorriu, dessa vez abertamente. – Eu só quero paz. O ressentimento é corrosivo e eu odeio isso.

IRON BLOOD ➻ VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora