Oito

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E eu esperei

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E eu esperei. Na verdade, eu estou esperando já tem mais de uma hora. Já mudei de um banco para o outro, rasguei o copo plástico que eu tinha achado aqui dentro, reli os arquivos do projeto Extremis mais de oito vezes, conversei sozinha, fingi que estava dirigindo. Fiz tudo o que tinha para fazer dentro do carro.

Suspirei abrindo a porta do passageiro e sai daquele pedaço de metal já não aguentando mais ficar sentada lá. Me encostei na porta que tinha acabado de fechar e alonguei meu corpo escutando os estalos que eram produzidos por meus ossos que a muito tempo foram pouco movimentados por conta do pouco espaço do veículo. A preocupação que eu sentia não me impediu de observar o lugar atentamente. Vamos dizer que esse bairro é bonito e discreto, sem muitas casas na região e com muitas árvores. Um ótimo lugar para esconder um terrorista sem chamar atenção desnecessária, tenho que admitir.

Segurei a jaqueta que vestia e a retirei sentindo o ar fresco batendo em minha pele, me virei abrindo a porta do carro para jogá-la lá dentro, e assim que fechei a porta e me virei tive uma surpresa nada agradável. O homem de Rose Hills que estava supostamente morto se encontrava parado na minha frente.

– Olá, princesa. Tenho a impressão de que nos conhecemos. – Ele disse sarcasticamente com um sorriso malicioso no rosto.

– Pedofilia é crime, pouca telha. – Debochei e sorri de lado tentando disfarçar o medo. – E eu não curto homens carecas. 

– Você vem comigo. – Ele mandou sem tirar o sorrisinho idiota do rosto e segurou no meu braço começando a me arrastar.

– Eu não posso acreditar que tenho essa sorte toda. – Resmunguei baixinho sentindo o local que ele apertava doer. – Cuidado aí, aeroporto de mosquito. Lesão corporal é crime!

– Homicídio também. – Ele zombou apertando ainda mais o meu braço.

– Eu devia ter ficado dentro da droga do carro.

Eu fui praticamente arrastada durante todo o percurso que fizemos, já na entrada da casa pude perceber a quantidade de seguranças armados que estavam espalhados por lá. Ele continuou segurando o meu braço enquanto seguíamos para os andares inferiores da casa, nós paramos assim que ele viu uma figura vestida em um terno bege caminhar até nós dois com um grande sorriso animado no rosto.

IRON BLOOD ➻ VingadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora