KC - 24
Minha mente estava um turbilhão. Pensava em vários motivos em que a rainha pudesse se envolver com Min Yoongi. Na verdade, me questionava como ela conheceu ele. Yoongi era discreto e não se envolvia muito com a sociedade, e não gostava da monarquia e como as coisas andavam. E de repente, num piscar de olhos, estava de sorrisinhos e beijinhos na mão com a rainha; excluindo a conversa que ambos estavam tendo nesse momento. Resisti em revirar os olhos, mordendo os dedos impaciente. Queria muito passar pelo escritório dela, ou burlar uma desculpa e entregar café. Talvez Sohee pudesse me ajudar...
Ponderando isso, caminhei até a cozinha, sendo recebida pelo aroma gostoso da comida de Sohee. Inalei o cheiro bom, me aproximando dela. Com um sorriso agradável, Sohee me abraçou, fiz o mesmo. Eu admirava demais aquela mulher.
— O cheiro está ótimo! – elogiei, espiando as panelas. – Sohee, preciso de sua ajuda...
Digo direta, mordendo o lábio inferior, enquanto ela me olhava esperando que continuasse.
— Certo... Eu preciso entrar no escritório da rainha. Bom... Para descobrir um assunto importante. Quero dizer, um conhecido meu está falando com ela há horas! E eu...
— Compreendo. Mas não acha que a rainha vai achar estranho? O único que leva café para ela é o mordomo. E ela recusa qualquer outra pessoa levando. – Explicou com uma expressão engraçada.
— Certo... Certo... Bom, eu... Precisa de ajuda? Posso ajuda-la em algo aqui na cozinha, não tenho nada para fazer. Minha mente está ocupada em coisas banais. – conto, mexendo em algumas panelas.
— O que lhe aflige?
— A questão do sr. Min Yoongi está aqui e falando com a rainha. E da senhorita Sooyoung que está trancada desde de cedo com o príncipe Jimin. – informo, pegando algumas coisas para comer.
A expressão de Sohee muda, como se estivesse lembrando de alguma coisa. Fitando-a fico meio desconfortável.
— Se acha que possa amenizar sua curiosidade. Jimin pediu para que um dos empregados levassem café e alguns biscoitos. E pediu severamente que não os atrapalhasse até resolver tudo. – fez uma breve pausa, arrumando a bandeja. – Use qualquer desculpa. Acredito que possa ajudá-la um pouco. Mas lembre-se, não fique muito tempo. Irão desconfiar.
Assenti feliz, dando vários pulos. Beijei a bochecha de Sohee enquanto pronunciava que ela era um anjo. Peguei a bandeja, me dirigindo para o escritório do pai dos meninos. Deixei a bandeja na mesinha próxima, arrumando meu vestido e meu cabelo. Respirei fundo, ouvindo Joy gritar entridentes. Sem esperar muito, e minha curiosidade se atiçando a cada palavra dita, com toda sua revolta por Joy, bati duas vezes na porta.
Ouvi Jimin dizer um "entra" exaurido. Entrando, olhei de canto de olho para ambos. Joy sentou na cadeira soltando um longo suspiro. Assim como o irmão, friccionando a têmpora. Sorrindo ladino, deixei a bandeja na mesa querendo sair imediatamente dali. Ambos olhavam para mim, esperando que eu terminasse de servi. Encolhi meus ombros, sentindo a tensão que preenchia o ar. Servi Joy que me olhou séria. Jamais vi Joy daquele jeito.
Estava vermelha, nervosa. Alguma coisa que Jimin fez a desagradou. E várias hipóteses começou a vagar em minha cabeça. Olhando em seus olhos, percebi que fiquei travada. Quando ouvir Jimin ditar irritado:
— Aconteceu alguma coisa, Yeri? – balancei a cabeça, me afastando sem deixar de olhar os olhos pretos, tristes e raivosos de Joy. Havia tantas coisas inexpressivo no seu olhar. – Sirva-me.
Anuí, com uma sensação estranha me consumindo. Fechei os olhos, querendo clarear minha mente, apagar tudo que estava me torturando. Servi Jimin rapidamente, deixando o bule na bandeja. Fiz uma reverência, me retirando da sala. No entanto a voz prepotente de Jimin me fez parar na porta. Lentamente me virei, olhando o mesmo. O rapaz tinha um sorriso hostil nos lábios, enquanto Joy o fitava fulminante, o repreendendo.
— Jimin, não! – Ela disse, se levantando.
— Sente-se, Sooyoung. - ordenou severamente. – Imagine, que você é uma pessoa muitíssimo rica. Imaginou? – fez uma pausa. Assenti apreensiva. – Eis que você acolhe uma pessoa incriminada e pobre na sua casa. Contudo, os oficiais estão atrás de você, e tudo que você conquistou pode acabar, por causa da pessoa em que abrigou. – ele levantou-se batendo na mesa, e andando em círculos entre as partileiras enorme cheio de livros. – Os oficiais pedem para que você entregue a incriminada. Portanto você recusa, pois está apaixonada pelo indivíduo. Certo...
O silêncio se estendeu. Eu apenas podia sentir meu coração titubear rápido, ouvindo os batimentos medrosos. Joy observava o irmão com uma expressão enraivecida. Sabia que Jimin usava como exemplo minha situação. Ele falava claramente sobre mim e Sooyoung. Tentei controlar as lágrimas.
— Pare com isso, Jimin. Yerim não tem nada a ver com isso. É da nossa família, não a coloque no meio como se fosse resolver tudo! – Joy gritou, evidentemente irada. Jimin apenas levantou a mão, impedido que ela continuasse.
— Você precisa entregar a moça, ou irá morrer junto com ela da mesma forma. Ou melhor, irá perder seus bens. O que você faria, Yerim? Morreria ao lado dela? Ou viveria sem riqueza alguma junto á ela? Ou melhor, iria protestar contra a injustiça que nossa sociedade cria?
Demorei um pouco para entender na onde ele queria chegar. Queria compreender o que eles falavam. A situação em que Jimin me colocara era desesperador. Qualquer resposta minha poderia chatear Joy, que tinha uma inteligência inigualável. Engoli a seco, encarando meu interlocutor.
— Decerto, viveria ao lado dela. Protesto não iria adiantar, nossa sociedade só vai mudar quando permitir mudar a mente ou compreender de outra forma. A riqueza posso conquistar com o mesmo esforço que conquistei a outra. Jamais deixaria ou morreria com minha amada. Se eu a amo mesmo, gostaria de viver junto dela eternamente, infeliz ou feliz.
Recupero o fôlego, tomando como antes. Observo os pares de olhos me encarando. O silêncio se estendendo. Apenas era ouvida minha respiração irregular. Vi Joy com um sorriso lascivo, como se estivesse ganho a guerra. Um sorriso de júbilo, irônico. Jimin revirou os olhos, ignorando a irmã um tanto competitiva. Só não sabia no quê eles apostaram. No quê eles tanto falavam naquele escritório e por quê me usaram como cobaia.
— Viu, Jimin? Ninguém pensa como você. Deixa de bobagens. Isso não vai levar a nada. Você está muito magoado. Mas é com si mesmo... – Joy disse, um tom doce, mas sarcástico.
— Saia, Yeri. – fiz como pedido, olhando para Joy querendo explicações. – Vamos ficar aqui o dia todo até eu mudar seu juízo.
Foi a última coisa que ouvi. Quando sai esbarrei em Yoongi. O mesmo soltou aquele seu sorriso sútil. Minha mente começou a trabalhar rapidamente.
•
Puxei Min Yoongi para um quarto seguro, que era o meu. O sorriso cínico sem deixar sua feição sarcástica. Revirei os olhos, cruzando os braços, esperando uma explicação plausível.
— O que faz aqui? O que queria com a rainha? – indaguei, desesperada e irritada.
— O que fiz com a rainha não lhe diz respeito. – disse secamente, sem desviar o olhar macabro de meu rosto. – Agora se me der licença, preciso voltar para minha hospedagem, voltarei amanhã.
— Não, o senhor não vai, antes que me conte o que veio, realmente, fazer aqui. – ordenei severa, mas minha voz soou suplicante. Eu necessitava saber sobre o que eles estavam planejando.
— Pare com isso, Yeri. Está sendo ridículo. Já lhe disse o que tinha que dizer. Agora, se me deixar partir, ficarei muito agradecido.
— Seja o que for, não faça isso. Eu lhe imploro. – digo, o olhando por cima dos ombros. Minha vista embaçada com os olhos lacrimejados.
— Isso só dependerá de você, Yeri.
Foi a última coisa que disse, antes de se retirar. Meu coração murchou mais. Yoongi não era mais meu melhor amigo. Agora, era meu maior inimigo.
//ola, ola, turo bem??? jeheheh, então eu queria dizer que tem um filme bem legal na netflix sobre uma história real, eu li a história quando estava pesquisando e foi de grande inspiração para fanfic, então se vocês poderem ver o nome é elisa e marcela. a fotografia é linda ♥️
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;; kingdom come | joy+ri [red velvet]
FanfictionSéculo 18, onde as pessoas são reservadas e selam por suas reputações. A qual amar diferente é crime. Após ser feita de chacotas, Yerim se ver perdida quando se descobre homossexual e acaba se apaixonando pela amiga, que a traí espalhando seu segred...