7월 7일

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KC - 13

— O que o senhor deseja, príncipe Jimin? – perguntei, um tanto contragosto.

Eu estava impecavelmente trancada no meu quarto, pensando o quanto sou uma inútil na vida. Na vida dos outros. A briga da rainha junto com Sooyoung não saía da minha cabeça. Suas palavras eram como torturas. Minhas dúvidas estavam certas. Sooyoung também gostava de mulheres. E o "crime" que cometera com a camareira foi justamente ter se apaixonado por ela.

Estava no escritório junto com Jimin. Ele mexia em algumas caixas, e pouco antes de acordar, ele me chamou para uma conversa informalmente. Soube logo que a rainha e a princesa foram para a igreja. Sohee contou-me que era para o senhor perdoar os pecados da filha. Isto era tão ridículo. Talvez eu estivesse precisando disso também. Mas não seria ridícula a esse ponto.
Jimin pegou algo numa caixinha, segurando com os dedos pequeninos me mostrou de longe a bolinha preta.

Era ópio.

— Sr. Jimin! – exclamei, aterrorizada. – isso é ópio! o senhor está me oferecendo ópio? Não, não, o senhor quer usar ópio?

— Calma, Yeri... Isso é só... ópio! – disse rindo. Encostou o tronco na mesa, fitando a droga. – eu vi você escutando a conversa da mamãe com Sooyoung...

Apenas olhei para baixo. Tentei ignorar seu olhar sob mim. Sentei na cadeira a sua frente, mexendo em meus dedos. Esperava algo a mais dele.

— Você está triste. Queria te ajudar.

— Com ópio? – perguntei incrédula.

Era verdade que ele é viciado em drogas.

— Você não sabe o que esse negocinho faz com a gente, Yerim. – se agachou na minha frente, fitando meu rosto. – era nessas situações insolentes, que eu me afogava no ópio. Me viciei não por que eu queria. Era minha mãe. Tão controladora.

Isso era um fato.

— Mamãe não gosta da Joy. Por isso fica controlando os passos dela. – sentou-se na cadeira da frente. – Joy quase foi para internato. Isso me deixou muito chateado, Yerim. Minha irmã sempre cumpriu as ordens de mamãe, e nunca, nunca recebia nada em troca. Até que ela teve seu primeiro deslize.

— Veja, eu... bem... o senhor sabia antes de ir... para... o...

— Sim. Joy me confidenciou isso. Eu guardei por muito tempo. Mas por algum motivo, nós brigamos e ela ainda guarda rancor. Eu a amo demais!

— Imagino que sim. – sorri. – Eu... Obrigada por conversar comigo. Mas eu realmente recuso o ópio. Acredito que não seja a solução exata.

Ele deu de ombros, jogando o ópio no lixo.

— Só queria te assustar mesmo. – levantou-se, indo até a porta. – Vou conversar com a rainha. Você não vai embora daqui. Ah... E minha irmã realmente sente algo por você. Não é todos que são bajulados por ela.

Deu uma piscadela antes de sair. Suas palavras aqueceram meu coração. Eu podia sentir todo o amor dela, transbortando dos olhos. Sorri, muito abobalhada. Ela fazia tanta falta no castelo. Minha mente vagava somente para ela. Eternamente para ela.

— O aniversário de Joy está próximo. Eu quero preparar algo grandioso para ela. Ano passado não pude deseja-lhes uma parabenização correta. Mas, esse ano quero expandir tudo que tem direito com minha melhor amiga. – narrava contente, Wendy, enquanto tomávamos café junto com Jimin, á espera da Joy.

— Wendy, você não se cansa? – ela o olhou com cenho franzido. – De falar tanto.

— Ora, Jiminnie... É aniversário de sua irmã. Eu estou tão contente com isso. Estou muito grata porque sua mãe deixou eu mesma organizar a festa.

— Não me chame assim, Seungwan.

— Ora!!

Ouvimos passos na sala. A princesa entrou meio afobada na cozinha. Os olhos vermelhos, o rosto com vestígios de lágrimas. Queria ter corrido até ela, se Wendy não tivesse feito isso. Sua voz manhosa tentava consolar e saber o motivo da tristeza da amiga. Jimin foi até ela, mesmo hesitante. Lançou um olhar tristonho. No entanto, todos estavam lá. Mas ela me encarava com algo além de tristeza. Talvez raiva, pena... decepção.

Arrumei o vestido, indo para outro lugar do castelo. Sem encara-la, sai da cozinha. Ainda ouvindo os mimos de Wendy. Passando rápido pelo corredor do escritório, senti alguém me puxando com força.

— Sua aberração maldita! – balançou meu corpo, apertando meu braço forte. – quero você longe de minha filha! Ajunte suas tralhas e saia imediatamente daqui.

Encarei os olhos furiosos da rainha. Tudo em mim parecia perder a força e as cores. Joy estava triste por isso?

— Omma?

— Jimin, agora não! Tenho pendências com a criadagem e você deve sair agora mesmo.

— Também temos. Precisamos conversar urgentemente. – olhou para mim sugestivo. – por favor, largue a amiga de Joy.

— Essa maldição não é amiga de sua irmã!

— Claro que é, mãe. – tirou devagar as mãos da mãe em meu braço. – Yerim, Joy precisa de você.

Ele disse olhando para mãe, mas eu sabia que tinha um sorriso nos lábios carnudos. Sai de lá correndo, sem olhar para trás. Estava assustada. Estava com medo. Eu queria sumir por alguns momentos. Dias! Anos! Eu queria sumir eternamente!

;; kingdom come | joy+ri [red velvet]Onde histórias criam vida. Descubra agora