불러보면

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KC - 30

— Jimin pare de dizer essas coisas absurdas! Eu me recuso a acreditar. – escutava Joy dizer perturbada enquanto me encolhia mais na cama. – Creio que mamãe jamais faria esse despautério.

Mas ela fez, Joy... Sua querida e confiável mãe fez.

— Joy, me escute – Jimin parecia suplicar para que a irmã acreditasse nele –, eu vi com meus olhos, mamãe arrastado sua namorada como se fosse mero saco de batatas! Mamãe é capaz de fazer qualquer irracionalidade! Acredite, ela está louca. Está fora de si!

— Jamais, Jiminnie, – sorri fraco. Ela o chamou pelo apelido. As coisas estavam andando para eles. – conheço mamãe perfeitamente. Mais do que você, posso confirmar. Cresci ao lado e ela abomina qualquer atitude hostil de um cavalheiro ou desumanidade.

Deixei que as lágrimas caísse mais. Joy amava sua mãe, e nunca acreditaria que ela tenha feito isso comigo. Ou ela não queria admitir para si mesmo que sua mãe bondosa estivesse feito algo ruim. Joy via imagem de sua mãe com uma heroína. Abracei minhas pernas, sentindo meu corpo todo sujo, mesmo que tenha me lavado severamente. Ainda podia ouvir sua voz, sua mão áspera tocando-me como se fosse um simples copo. Voltei a chorar... queria sumir. Queria que Joy não estivesse me visto desse jeito...

Tudo ficou em silêncio, mas os suspiros angustiados de Jimin era auditivo.

— Claro que você a conhece perfeitamente, querida irmã! Eu sou o doente cheio de problemas da família! Pode jogar o quanto quiser sobre eu não conviver com meus pais! Eu sou o injusto da família distabilizado! – exclamou nervoso. – Ou você é ingênua ou não quer admitir que mamãe chegou ao ápice da loucura! Você viu, nesse noite, as coisas bárbaras que ela causou! Primeiro você, com um casamento forçado, sabendo que você não gosta de homens. Depois pagou um rapazote vagabundo para estuprar sua namorada e força-la a gostar de homens! – ele gritava. Assimilava cansado de tudo. Eu o entendia. – Por isso que guardo meus maiores segredos para mim mesmo! Eu não confio nessa família! Não quero permanecer perto de vocês... vocês escondem coisas de si mesmos... vocês... são loucos... vocês... vocês...

— Jimin, eu não sou assim! – o repreendeu, ofendida. – Jamais serei! Você me conhece, sempre me abri para você, mas você traiu minha confiança! Você que é um egocêntrico que acredita que o mundo gira em torno de si! Viciou em ópio por qual motivo justificado? Nem você próprio o sabe... Você que se afastou de nossa família... então, por favor, não nos culpe.

Joy disse baixo, parecia triste, a voz embargada. Eles já foram próximos.

— Fiquei com inveja de você! Tive que contar para nossos pais o que não tinha coragem de fazer. Me viciei em ópio por que estava cansado de tudo e de todos! O mundo é injusto conosco, Sooyoung! Eu queria ir para outro mundo, o mundo que eu podia ser eu mesmo, sem ninguém mandando em minha vida... sem ninguém dizer por quem devo gostar, me casar, amar... vestir, comer, trabalhar, fazer o que eles querem!

— Não o entendo, Jiminnie... simplesmen...

— Acho que gosto de homens. – confessou interrompendo-a. – Sou exatamente igual a você, porém ao contrário, creio.

Um longo silêncio se estendeu.

— Vá cuidar de Yerim, ela está precisando. Tudo que aconteceu hoje foi horrível para ela. E se dúvida de minha palavra, vá confirmar com sua "adorável" mamãe. Conversamos depois...

Ouvi o ranger da porta, logo ela ser fechada. Não gostava de ouvir a conversa dos outros, mas fora impossível. Joy e Jimin discutiram no quarto cônjuge ao meu quarto. Ainda me sentia instável para caminhar... me sentia fraca e sem utilidade Pude ouvir Joy se escorar violentamente na porta. Meu coração doeu. De fato era uma notícia fortuito da parte de Jimin. Saber que o irmão estava, igualmente, no barco junto com ela, creio que é assustador e triste. Nossa vida era triste.

Fechei os olhos, querendo parar de chorar e esquecer tudo que passei; todo meu terror. O ranger da porta me alarmou. Abri os olhos, vendo uma Joy chorosa sorrir tênue e se aproximar de mim. Sentei, encostada na cama, dando espaço para que ela sentasse em meu lado. Acaricie seu rosto, minha mão ainda trêmula. Gostaria de conseguir controlar meus sentimentos e meus assombros, mas era impossível. Ficava tão visível e claro como água. Eu era transparente em todos os aspectos. Talvez se fosse mais cuidadosa, nada disso teria acontecido comigo. Poderia ter seguido minha vida; com meu segredo horrível. Um casamento infeliz, que pudesse melhorar com filhos...

Joy tocou meu machucado acima da sobrancelha. Era superficial, contudo Joy fez questão de cuidar dele. O molhou com pano e finalizou com um esparadrapo. Toquei sua mão, sentido a maciez e a frieza da textura. Beijei, olhando em seus olhos vermelhos, denunciando que chorara. Talvez pelo irmão.

— Como se sente? – indagou, me abraçando e deitando sua cabeça em meu ombro. Nos cobri, abraçando-a também.

— Creio que estou melhor. – minha voz tremeu. – Quando fecho olhos parece que ele está cada vez mais próximo... dizendo coisas horríveis para mim... e-eu ainda sinto nojo de mim mesma.

Ela suspirou fraco, brincando com a borda do cobertor, fazendo círculos com cócegas em minha barriga.

— Ele vai padecer por tudo que fez, Yerim. Eu te prometo! Vou fazer com que ele morra queimado, que seja doloroso! – tinha raiva em seu tom de voz. Foi sombrio. – Você não pode se calar por muito tempo, Yerim. Me diga – inclinou, olhando em meus olhos. – Me diga, quem foi que fez isto com você? Quem foi que te arrastou para aquele lugar nojento, que contratou aquele ordinário!

Não podia contar para Joy. Portanto omitia sobre, deixava a qualquer custo oculto do que eu sabia. Mas Jimin já lhe contara, faltava ela acreditar ou não. Seria doloroso ela ouvir tudo de minha voz, sobre uma mãe que ela admirava e crer, de pés juntos, que jamais ela faria uma injustiça como essa. Essa barbaridade.

— Não estou escondendo, Joy... Realmente não consegui identificar quem foi que fez esse... essa barbaridade. – Desvio o olhar.

— Jimin afirma que foi mamãe... Eu sei que ela está... está sufocada e é uma cristã muito rígida e não me aceita como sou. Mas por ser, exatamente essa cristã devotada á Deus, é que não posso acreditar que ela tenha feito essa atrocidade. É horrível... eu não posso aceitar... eu... simplesmente não posso...

Sem saber o que responder, apenas beijei seu cabeça, puxando ela para um abraço mais apertado. Meu coração ficou triste, por ela está triste. O mundo estava conspirando contra nós. Tudo parecia estar desmonorando.

Ficamos um bom tempo em silêncio. Ambas necessitavam desse silêncio. Precisávamos refletir sobre tudo que passamos, pôr os pensamentos em ordem era o mais recomendado. Apenas ouvíamos nossa respiração, calma e suave. As vezes murmurios de choro. Porém, a sonolência nos pego, e nós dormimos juntas, abraçadas, no profundo abismo de nossas utopias.





// acho que algumas coisas estão confusas pq as ideias saíram tudo né e tipo, faz dois anos que escrevi a fanfic e finalizei ela só esse ano (no caso só o último cap). enfim, desconfiem do Jimin

;; kingdom come | joy+ri [red velvet]Onde histórias criam vida. Descubra agora