여름빛

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KC - 08

Despertei muito tarde. Completamente assustada e com medo de que a princesa desse uma advertência em mim. Vesti o primeiro vestido que encontrei no armário, partindo para o quarto cônjuge. Fiquei espantada quando não encontrei a princesa lá. Suspirei ansiosa e com muito medo. No entanto tomei coragem e fui para cozinha. Passei no enorme corredor, até parar perto do escritório da realeza. Fiquei encostada na parede, podendo ouvir um pouco da conversa.

— Hyugnam, você sabe como Sooyoung é. – afirmou a rainha, parecia um pouco estressada. – Aquela criada não é apenas sua amiga. Com certeza é algo a mais. Lembre-se do problema que tivemos com Sooyoung e sua última camareira.

— Por céus, Jeong. Contratamos tantos médicos e psicólogos. Com certeza, Sooyoung está em uma fase boa. – contou, um pouco frustrado. – ela está melhor, e não com aquela doença. Não precisa se preocupar.

Ouvi passos e a voz ficar mais alta conforme eles voltavam. Rapidamente entrei em qualquer quarto. Fechei a porta com cuidado. Respirei fundo, fechando os olhos. Essa foi por pouco. Abri-os, vendo um monte de quadros, perfeitamente aliados um do lado do outro. Fiquei realmente encantada com aqueles desenhos tão realistas e únicos. Muito exóticos. Algo que nunca vira na minha vida toda. Uma obra de arte de tirar o fôlego, totalmente.

Aproximei, na intenção de tocar neles. De sentir a textura, o sentimento que eles passavam. Pude sentir a energia. Vi no cantinho a assinatura de Sooyoung. Acredito que fosse ela, pois estava Joy. A rainha nunca seria nomeada com aquele apelido carinhoso e único. Muito menos seu irmão. Com certeza fora a princesa que pintara. Era realmente incrível. As paisagens detalhadas, parecia que por um curto momento, eu estava lá. Lá na praia. As ondas parecia movimentar, conforme olhava por toda sua extensão. A areia real, parecia que pisava nela com cuidado. Sentindo o quão macia era.

Contudo, o quarto parecia abandonado. Tudo abandonado. O quadros, mesmo com alguns cobertos por panos, estavam cheio de pó. A maleta de cores, os pincéis instáveis. Meu coração murchou naquele instante. O que fizera Sooyoung desistir de desenhar? Céus! Será que fora a doença que ela teve? Aliás, o que a camareira tinha a ver com aquilo?

Sai sem ninguém ter me visto, e sem demora fui para cozinha. Na qual fui recebida por um abraço de Sooyoung. Como sempre, seu sorriso radiante iluminava toda casa, e fazia meu coração dar cambalhotas.

— Já tomou café? Quero dar um passeio na praia. Precisamos conversar. – ela balançava minhas mãos enquanto falava.

— Podemos ir agora. Meu estômago está revirado. – sorri fraco.

— Tem certeza? Não quero a ver passando mal. – seu olhar era preocupado.

— Não se preocupe. Estou totalmente sem fome. – digo.

Precisava aproveitar aquele passeio para perguntar sobre sua doença e a tal camareira. Não demoramos para partir. Princesa recusou a carruagem, já que era perto. O passeio foi relaxante em silêncio harmonioso e bom. Após chegarmos, Sooyoung tirou seus sapatos, levantando o vestido e indo até o meio da praia. Correndo bem fraco, como se quisesse sentir aquele momento tão precioso, e nunca esquecer a sensação boa de estar na praia. A calmaria que o lugar passava era, realmente, incrível.

Fiz o mesmo, depois de um tempo. Aproximei da princesa, com um sorriso enorme, a qual não havia percebido. Seus olhos capturaram os meus. O brilho intenso preenchendo seu rosto pálido. Dando energia ao meu corpo. Meu coração entendeu de imediato, sem recusar uma batida rápida. Parecia que não ia respirar mais. O fôlego sumindo cada vez mais. O vento espalhou seus cabelos soltos – o que seria uma afronta uma mulher sair com eles soltos. Mas parecia que Sooyoung não ligava para nada dessas regras. Algo extremamente incrível.

— Seus cabelos estão atrapalhando a bela vista. – disse, rindo, tirando os fios soltos do rosto.

Ri, resolvendo entrar na brincadeira.

— Devo fazer o mesmo, não? As mechas lindas, estão atrapalhando a divina visão de algo perfeito. – falo baixo, automaticamente tirando as mechas do seu rosto e pondo atrás de sua orelha. Seus olhos não me deixaram por nenhum instante. – não acha ultrajante uma dama sair de cabelos soltos?

Deslizei minha mão lentamente, encarando-a. Sooyoung riu, pegando uma chiquinha de seu braço e me entregando.

— Você acha? – olhou bem em meus olhos. Minha mão tremeu quando fui pegar a chiquinha. Nossas peles se tocando de forma vibrante.

Andei para atrás dela. Como ela era muito alta, a vi sentando na areia mesmo. Ignorando completamente a etiqueta. Vergonhosa pela sua atitude, timidamente ajoelhei, para amarrar seus cabelos longos.

— Eu acho que há muitas regras para uma sociedade livre. – confesso honestamente. – as pessoas deveriam sair de casa da forma que se sentem a vontade. Deveriam viver do jeito que gosta. – sorri, dando uma volta no laço. – eu acho incrível mulheres que soltam o cabelo. Deixam-as com o ar mais feminino e sedutor. Não que o cabelo amarrado não deixe. O pescoço exposto é algo muito deleitável.

Ouvi a risada abafada da princesa. Eu percebi rapidamente o que havia dito.

— N-não, não é isso. – gaguejo, nervosa.

— Então quer dizer que a senhorita observa o pescoço das damas? – Olhou de soslaio para mim, com um toque de mordez em seu rosto.

— N-não é isso... Senhora. E-eu... eu..., Veja, eu disse aquilo por engano. Não era assim que queria que interpretasse.

O silêncio preencheu o local. Apenas o som do mar e de nossas respirações (principalmente a minha, irregular), estava presente. O queria enfiar minha cabeça em algum buraco ali. Estava morrendo de vergonha.

— Não há problemas em olhar o pescoço das damas. – disse, de forma amistoso. – os cavalheiros nem escondem sua ambição quando olham para nós.

Olhou para mim. Abaixei o olhar. Ela tinha total razão nesses requisitos. Os cavalheiros tinham respeito conosco quando falam com nós. Mas nunca escondeu sua ambição por nós. Nunca escondeu seus olhos famitos em nossos decotes, ou em nossos pescoço exposto. Éramos como seu objeto social. Apenas um status e nada mais. Não generalizando todos. Claro que havia alguns que amavam a mulher. Eu entendi desde de cedo, que somos apenas submissas dos homens. Vivemos apenas para eles. Não temos nenhum direito de trabalho. Para termos uma vida boa, temos que se casar com um homem. Não viver independentemente. Era horrível.

Um sentimento solitário. Sei que havia mulheres que não tem interesse de se casar. Mas viver eternamente no teto do pais, é algo incoveniente. Eu queria ter um trabalho fixo, viver sozinha. Ou com a pessoa que realmente amasse. Não para ter status ou dinheiro, ou filhos. Nada disso era necessário na minha vida. Não me fazia falta. Nunca iria fazer.

— Eu estimo muito o mar. – a princesa começou, tirando-me dos pensamentos. – se eu pudesse viveria dentro de um navio. Antes de tudo acontecer, eu realmente queria casar com um Capitão. Mas... Não sinto mais esse desejo por cavalheiros.

Fiquei em silêncio, digerindo as informações.

— Nunca viajei em navios. – admiti. – e nunca tive desejos por capitães ou cavalheiros. – rimos. – as ondas trás uma calma inexplicável.

— Deveras que nunca andou de navio? – perguntou incrédula. Assenti envergonhada.

— Nem todos tem uma vida igual a sua, Joy. – Respondo, tênue.

— O quê?

— Eu não queria ter ofendido-a, princesa. – levanto, desesperada. – retiro o que disse. Por favor.

— Yerim, não é isso. Pare, respire! – fechei meus olhos, tentando me acalmar. – Você me chamou de Joy. Na... Na onde viu esse nome?

— Eu... É que eu...

— PARK SOOYOUNG!! – Ouvimos alguém gritar.

Viramos ao mesmo tempo. Vendo uma menina com vestido azul bebê, com um sorriso esplêndido no rosto. Animação presente.

— Wendy...

;; kingdom come | joy+ri [red velvet]Onde histórias criam vida. Descubra agora