여자 방

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KC - 29

O silêncio se estendeu mais um pouco. Yoongi com toda sua personalidade falsa, tentou abraçar Sooyoung para acalma-la. Contudo ela se afastou dele com um tapa, estava vermelha, a respiração rápida, estava nervosa. Eu entendia todo seu nervosismo. O que a mãe dela fizera era injusto, era errado, era desumano. A rainha sabia como Joy se sentia e planeja esse casamento contra a vontade dela.

Todos prestavam atenção, sem tirar os olhos dos protagonistas de um teatro maléfico. Me levantei, querendo sair de lá. Mas precisava ouvir a respostas ardilosas da rainha. Ela sorriu para tranquilizar os convidados que cochichavam sem parar.

— Minha filha esqueceu-se absolutamente de tudo. – riu alto, tocando os ombros de Joy. A mesma se esquivou bruta. – Depois nós conversamos, Sooyoung. Vamos apenas aproveitar a festa, sim? Peço que todos vão para o salão, a quadrilha irá começar.

Mesmo confusos, todos se retiraram da sala de jantar. Observei tudo, olhando para o rosto de cada um. As expressões intrincadas e os cochichos baixinhos.

— Como a senhora atreveu-se a fazer isso comigo, mamãe? Não sou clara o suficiente? Não vou me casar com um rapaz!

— É preciso, você vai governar o trono agora, Sooyoung! – retrucou irritada.

— Não! Papai me deu conselhos, não preciso me casar com homem para governar!

A rainha olhou para o rei, a fúria incomum em seus olhos pretos. O rei apenas deu de ombros, se retirando.

— Sooyoung, deixe sua mãe com a irreflexão dela, venha desfrutar sua festa. – Joy olhou para a mãe, incrédula. Eu parti junto deles. – Depois você resolve com ela. Venha, minha filha.

Deixamos Yoongi e a rainha sozinhos. Era isso que eles estavam planejando o tempo todo. Era deplorável. Acompanhei a realeza, com minha mão nas costas de Joy. Queria tanto conversar com ela e pedir desculpa por ter desconfiado, nem por cinco minutos, dela. Ela estava vermelha, ainda muito nervosa. Não sabia ao certo como ajudá-la. Queria tirar ela daquela casa, levá-la para um lugar melhor, na qual nós podíamos viver melhor e bem. Fomos para o jardim, que estava decorado lindamente. Afinal, sua mãe havia algo de bom: um bom gosto para decorações.

Ela soltou um suspiro exaurido, se abraçando e olhando para o céu. Abaixei o olhar, querendo abraça-la, conforta-la e dizer que tudo vai ficar bem; mas nada ficaria bem. Não a partir de agora.

Parecia que quanto mais tentávamos correr da borda do penhasco, mais empurravamos para a beirada, para sim, cairmos sem um mínimo de culpa. Todos estavam fazendo isso. Levando-nos para o fim de nossas vidas insignificantes para eles. Todos queriam ver nosso fim, para que assim, talvez, pudesse ficar sossegados. Como se fôssemos criminosas mais perigosas da Coreia!

Eu fiz o que mais queria fazer naquela noite, depois daquela confusão que a rainha causara. Abracei Joy de súbito, surpreendendo-a. Ela riu, os pingos de sua lágrimas caindo em meu ombro nu. Não havia percebido que chorava. Abracei forte, querendo transmitir confiança, apoio e proteção.

— Me perdoe. – sussurrei, em fio de voz.

— Pelo quê, Yerim? Não há nada em que te perdoar. Você que tem que o fazer. Eu sou uma inútil que levou-a para o fundo do poço! – ela disse, como se fosse realmente a causadora de toda confusão que eu fiz.

— Não, não é! Eu que a levei. Eu que trouxe toda essa discórdia. Eu não podia ter aceitado sua proposta, sabendo como eu sou... Veja o que aconteceu com a sua família, o reino, as pessoas... com você, Joy! – fungo, controlando o choro. – Eu sou um carma que merece morrer! É a única coisa que me resta, apenas. Eu nasci defeituosa, e nada pode me mudar. Somente a morte. E eu aceito de bom grado.

;; kingdom come | joy+ri [red velvet]Onde histórias criam vida. Descubra agora