러시안 룰렛

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KC - 10

O castelo estava um caos. Vários criados andando de um lado para outro, desesperados, gritando um com o outro. A cozinha estava cheia de cozinheiros de várias etnias e países diferentes. Era mesmo necessário tudo aquilo?

Encontrei a princesa na sala,  conversando animadamente com a Wendy. As duas riam e riam, bebericando a líquido na xícara. Nem parecia que estavam incomodadas com tanto alvoroço. Eu estava!

Sem hesitar, juntei-me a elas, pegando o jornal na mesinha de centro. A princesa não havia notado minha presença, então resolvi não atrapalhar a conversa das duas. Mas prestava atenção em cada palavra de Wendy. Pelo visto ela não sabia dos boatos sobre mim.

— Sabe aquele cavalheiro que cuida de cavalos? – perguntou para Sooyoung que negou com a cabeça. – o senhor... Senhor Park Chanyeol?

— O rapaz que tem o mesmo sobrenome que o meu? – caiu em gargalhada, abanando um livro sob o colo.

Escondi um riso. Olhando para cara indignada de Wendy, no entanto se segurando para não rir junto a amiga.

— Aigoo! Joy! – reclamou, colocando o pires na mesinha de centro. – ele é tão bonito. Soube que está a procura de uma esposa. O que você acha dele, sinceramente?

Joy parecia pensar. Até que seus olhos vagos me encontraram. Como imãs, me senti sendo puxada por eles. Involuntariamente sorri, acenando de leve. O rosto sério se curvou em um sorriso radiante, enorme! Wendy não percebeu minha presença. Eu não queria. Fui, em partes, mal educada.

— Bom, eu acho que as orelhas dele é muito grande. Sem contar que ele tem um ego muitíssimo elevado, assim como sua altura. – olhou para amiga, totalmente séria. – se for para mim, você sabe que ele não faz meu tipo, Wen.

Balançou a cabeça, os cachos balançando serenamente. Completando sua beleza.

— Não é para você, Joy. – suspirou. – É pra mim! Somente a mim! Mas, me diga, ele não é incrível? Eu fui ver os cavalos dele pouco dias depois de ter chegado. Ele é tão atencioso com os compradores. Sem contar que ele me lançava olhares  tencionais para mim. – olhou para o teto apaixonada. – tenho absoluta certeza que flertamos por um curto tempo. Ele tocou algumas vezes em minha mão, me ajudou a montar. Ah, além do mais, contou-me que iria me ensinar a cavalgar. Não vejo logo a hora de montar um cavalo e andar junto com ele nas colinas da Inglaterra.

— Ele ou você mostrou olhares de interesse, Wen? – Joy provocou a amiga que fez uma birra.

— Você é um caso sério Jo... Oh! Yerim! A senhorita está aqui! – sorriu para mim. – está animada para o baile?

Pigarriei, colocando o jornal encima da mesa. Olhei de relance para a princesa, ela me incentivava a falar. Ela sabia tão bem como eu me sentia em relação a falar com uma mulher. Por uma semana, na vila, nenhuma mulher falava comigo direito. Sempre com aquele rabo de olho, com medo que fosse ataca-las. Elas acham que tenho interesse em todas. Que não me apaixono, que não quero uma vida ao lado da mulher que eu amo. E essa mulher tava me dando coragem para voltar e me comunicar com outra mulher. Isso é tão inimaginável. A sensação era incrível, de calmaria.

— Confesso que esse é meu primeiro baile. Humm... Digo, grande. É... Eu...

— Princesa, sua encomenda chegou. – pronunciou o mordomo.

A princesa assentiu, pegando os pacotes com os vestidos.

— Vamos ver os vestidos? – perguntou para nós duas, mas olhava diretamente para mim.

A noite chegou, os preparativos estavam prontos. Aguardava ansiosamente meu pai voltar, assim como o príncipe que nunca havia visto. Nem em jornais. Acho que ninguém nunca o vira. Contudo, diziam que sua beleza era algo de outro mundo. Sua beleza era encantadora e invejável. Minhas suposições seriam respondida nessa noite.

Tentava ridiculamente fechar o espartilho. Sempre consegui fechar sozinha, mas hoje nada ia. Não depois que ouvira a conversa entre Wendy e os pais da princesa. Algo em mim dizia para escutar aquele conversa e ficar atenta. Wendy sabia da minha terrível história. Apenas disfarçou na presença da amiga. Não me chateei com ela. Nem um pouco. Apenas havia criado um pequeno vínculo. Jamais imaginei que ela seria preconceituosa comigo.

No entanto, ela deixou bem claro que não causaria nada a princesa. E por questões de afinidade, não era para me entregar a nenhum agente da guarda. Wendy, mesmo com certo preconceito, sabia que não era algo ruim como as pessoas imaginavam. Percebeu que não atacava nenhuma mulher.

— Vejo que precisa de ajuda. E... Eu também. – ouvi a princesa dizer divertida.

— É... Não, não, a senhora não pode me ajudar. Nem era para eu estar nessa festa. Sou criada. – ela me olhou interrogativa. Não respondi nada. Apenas observei ela se aproximando. As mãos tocando o espartilho em minha pele nua. Ela começou amarrar um por um, sem deixar muito apertado.

Pegou o vestido cor carmim e me ajudou a colocá-lo. Fechou os botões com cuidado. O vestido era incrível, realmente. A cor caía perfeitamente em mim. Os detalhes dourados o deixava mais lindo. Eu me senti, uma princesa. Como Joy. Mas não havia tanta diferença. Princesas não andavam com aqueles vestidos charmosos de baile todos os dias.

— Agora, me ajuda? – olhou para mim. Anui, envergonhada. – Meu deus, Yerim! Você está tão linda que me faz perder o fôlego. – meu rosto queimou, completamente. – cuidado para não arrumar um pretendente essa noite. – me fitou um pouco. – ou uma pretendente.

Deu as costas para mim, andando lindamente até seu quarto. Meu coração todo esquentou. Andei um pouco, mas perdi o equilíbrio. Minhas pernas pareciam gelatinas, meu cérebro triturando suas palavras. Uma pretendente. UMA! Meu santo! Na onde ela queria chegar com essas frases de flerte? Bati algumas vezes no meu rosto, para recobrar os sentidos. Tento me acalmar e não desmaiar na sua presença. Se ela continuar assim, não poderei continuar com esse disfarce. Terei que tomar uma atitude sensata.

Peguei anágua e ajudando-a vestir. Logo o amarrando, fazendo assim com as outras peças. Até chegar no vestido. Era lindo. Fechei o último botão. Olhei para sua costas exposta. O pescoço atraente, totalmente convidativo. Ela me ouvira. Porém, era para conseguir um pretendente. Ela virou-se lentamente. Só para me destruir ainda mais. O vestido lhe caía tão bem. Exaltando mais seu corpo esbelto. A cor-vinho realçando sua beleza e seu tom de pele. Os detalhes prata em harmonia com o vestido e ao todo dela. O busto sem peça alguma de roupa, deixando um belo decote.

Ela olhou para mim. Eu estava estática. Tentei balbuciar alguma coisa – ao menos – mas meus pensamentos estavam no quanto ela...

— Está indescritivelmente linda! – soltei, apaixonada novamente. – princesa, a senhorita está totalmente esplêndida. Eu... Meu deus. Me desculpe.

— Gosto quando me elogia. Ou fica nervosa. – se aproximou. – deixa-a adorável.

Sem dizer nada ela desceu. Segui ela. Completamente vermelha de vergonha. Eu era, simplesmente, adorável quando ficava nervosa em sua presença. É motivo para me orgulhar? Ou é apenas uma ilusão minha? Ou dela?

O salão de festa estava cheio. Havia muita gente e acredito que pessoas da vila – as mais importantes, claro – estavam lá. Avistei meu pai perto das bebidas, falando com o rei. Uma suave orquestra tocava no canto da sala. A música era muito harmoniosa. Fui em direção a meu pai, quando ele terminou com rei.

— Appa... E o príncipe? – perguntei ansiosa.

— Vai entrar... Agora.

A música parou de repente. Todos se direcionou o olhar para a porta, abrindo-se lentamente, até a fisionomia do príncipe surgi entre a escuridão lá fora.

;; kingdom come | joy+ri [red velvet]Onde histórias criam vida. Descubra agora