KC - 15
Já era tarde, e o jantar estava na mesa. Descemos para a sala de jantar. O local era enorme, preenchido com diversas mesas e um grande buffet. Entreolhamos por alguns minutos e rimos, escolhendo nosso lugar. Ainda estava muito envergonhada perto da princesa. A nossa conversa de hoje mais cedo, rendeu muito. Minha cabeça estava triturando de pensamentos. "O destino". Não mantive nossa conversa, até por quê não tinha motivo para continuar. Aquela frase havia me pego de surpresa. Eu realmente fiquei muito surpresa, assustada, animada e várias outras sensações incríveis.
Eu queria tanto me declarar a ela, e poder toca-la, beija-la. Poder fazer tudo que um casal tinha direito. No entanto, não éramos um casal, tampouco destinadas a ser. Eles jamais casariam duas pessoas do mesmo sexo.
Nos servimos e logo começamos a comer em silêncio profundo, portanto harmonioso. Daria o mundo para descobrir o que a princesa pensa. Gostaria de descobrir mais sobre ela. Joy tem seus pensamentos próprios, suas crenças, suas palavras. Sua própria conduta. Sua própria postura. Isso era muitíssimo incrível. É uma personalidade admirável. Joy é determinada em tudo que faz, pensa e diz. Gostaria de saber mais sobre seus pensamentos em questões políticas, sociais, e crenças.
Queria poder ouvi-la a noite toda, dizendo tudo o que acha.
— Eu sou fascinada por vinhos tintos. – disse, após bebericar. – eu amo ir a vinícola. O sr. Kai tem vinhos exóticos. Faz vinho como ninguém. O melhor viticultor da região.
Sorri, bebendo o vinho. Era realmente bom. Joy parecia entender tão bem de vinhos. Eu, realmente, apreciei seu intelecto ao vinho.
— Vinhos tintos, são, realmente, saborosos. – encarei-a, sorrindo. Ela riu, bebendo um longo gole.
— Vinho combina com diversas coisas. – fez uma pausa graciosa. – combina como irmos fazer um pequeno piquenique no riacho. Irmos a um chalé, numa fogueira com queijo Brie... E talvez beijos ou algo a mais.
Acabei engasgando no final da frase. Com falta de ar, peguei a taça com água, tomando um bom gole. Ainda estava tossindo, assustada com suas palavras. Não irei negar, que sua frase maliciadora, mexeu comigo. Todo meu corpo esquentou e reagiu diferente. Seus olhos me fitando pareciam queimar em chamas, totalmente sedutora. Meu coração disparou, quando achei que ela fosse fazer algo comigo naquele momento. Algo errado. Como me beijar, ou me tocar de forma inapropriada.
— Princesa... E-eu... Meu santo! Princesa, c-como a senhorita pode dizer esses tipos de palavra em público. – mexo sucessivamente no guardanapo envergonhada.
— Não precisa ficar nervosa, senhorita Yerim. – disse, confortavelmente aproximando de mim. – Estou satisfeita. Gostaria de ir ao convés. Lá deve estar belíssimo!
Assenti rapidamente. O rubro, provavelmente, visível em meu rosto. Parecia que Joy não se sentia intimidada com censuras. Passamos por todas as mesas, até a porta de saída. No caminho, ela pegou duas taças de vinho branco. Agarrei a saia, tentando controlar o tremor do meu corpo. Ela é tão linda e irresistível. Suas palavras não parava de perambular minha mente.
Chegamos ao convés. Ventava muito, no entanto não era um incômodo ou muito gélido, estava bom para o verão. Encostei na barra. Sooyoung ofereceu-me a taça, peguei-o dando um gole gracioso. Fitei o mar a minha frente. Calmo, mas parecia muito agitado. A lua iluminava boa parte do convés, juntamente com as lamparinas. Era lua cheia, e podíamos ver claramente seu reflexo no mar.
Fechei os olhos, sentindo a brisa me preencher. Queria passar um apagador na minha vida toda. Desde meu nascimento. Ou talvez nunca ter nascido. Não nesse mundo percluso. Senti o braço da princesa roçando no meu. Parecia mexer-o sucessivamente. Meu corpo parecia todo um mingau. Então ouvi-a chorando. Não sabia ao certo porquê estava chorando. Abri os olhos imediatamente, assaltada com sua crise.
— Pri-princesa, por quê está chorando? – indaguei, deixando a taça encima do murinho. Segurei seus braços, tentando conforta-la do-que-seja que estivesse sentindo. – Calma, está tudo bem. Tudo vai ficar bem. Não precisa chorar.
— Não... Não, Yerim, nada vai ficar bem. Nada... Nada... Infelizmente nada. – dizia compulsivamente, entre um soluço e outro.
Estava perdida naquela situação. Não sabia o motivo do choro, ou de que nada iria ficar bem. Não sabia o que se passava na cabeça de Sooyoung. Fitei seu rosto molhado, vermelho. Meu coração estava destruído por ver sua fraqueza. Ela tinha uma fraqueza, e eu não me preocupei com isso. Ela mostrou seu lado emocional, soube naquele instante que sua vida, sua personalidade, não era resumida em apenas diversão, cortesia, determinação. Ela sentia tristeza... a os escondia com sorrisos calorosos para todos. Em suas palavras de aprazer.
Tirei a taça de sua mão. A mesma, atordoada, cobriu o rosto com as mãos pequeninas. Com meu coração quebrando-se em pedacinhos, segurei em seus ombros, levando-a até seu quarto. Com cuidado, descemos as escadas, meu coração enfraquecendo, tomando posse de culpa, a cada soluço angustiado que ouvia.
Abri a porta com dificuldade, mas sem a deixar. Sentir seu calor era muito bom. De certa forma, fiquei feliz, por saber que estava confortando-a no momento soturnez. Ajudei-a sentar na cama, colocando seus cabelos para trás. Fitei seu rosto melancólico e inchado.
— O que houve? – perguntei, acariciando seu rosto.
— Sua vida desmonora, e você tenta esquecer tudo que aconteceu, com algo completamente ao contrário do que sente. Tenta por uma venda nos seus erros. No seu passado. No seu rosto. – me encarou, triste. – eu não sou essa pessoa que todos acham que sou. Tenho sentimentos, e palavras negativas me destroem. Não é fácil conviver com minha mãe e suas ignorâncias.
— Entendo. Compreendo a senhorita como ninguém, princesa. – segurei sua mão, fitando-a. – saiba que estarei com a senhorita até o fim. Estou aqui para te ajudar.
— Eu sei. – riu fraco. – estamos aqui para ajudar uma a outra.
Ficamos por um tempo indeterminado nos olhando. Um impulso insistia em beija-la naquele momento de desabafos. Seus lábios vermelhos, estavam trêmulos e inchados. Sequei suas lágrimas, rindo fraco. Eu iria passar todos os momentos de dificuldade junto dela. Eu queria me tornar seu porto seguro. Sua âncora.
— Eu te amo, Kim Yerim. – exclamou baixo. Encarou meus olhos, depois meus lábios.
Seu declaração foi um tanto instantâneo. Meu coração compreendeu rapidamente, dando vários saltos confusos. Espantada, tentava digerir suas palavras. Vi-a se aproximando, os olhos fechados. De repente senti a expressura de seus lábios macios. Ela me beijou. Park Sooyoung me beijou.
–
// o beijo finalmente aconteceu, irra ♥️♥️♥️
eu amo esse cap e espero que estejam gostando e não me abandone por favor aaaaaa to viciada em Dear Diary
xoxo ♥️♥️
VOCÊ ESTÁ LENDO
;; kingdom come | joy+ri [red velvet]
FanfictionSéculo 18, onde as pessoas são reservadas e selam por suas reputações. A qual amar diferente é crime. Após ser feita de chacotas, Yerim se ver perdida quando se descobre homossexual e acaba se apaixonando pela amiga, que a traí espalhando seu segred...