KC - 04
Aguardava a princesa no seu quarto. Ainda achando muito estranho ela me acomodar em um quarto cônjuge, invés de criados. Não era certo. Eu era sua criada, não sua esposa. Como poderia me hospedar ao seu quarto cônjuge. Eu me sentia tão estranha, deslocada naquele momento. Parte de mim estava confusa, e tentava encaixar as peças e descobrir o real motivo de estar no quarto cônjuge!
Fui anunciada minutos depois, da partida do meu pai, que a princesa iria tomar banho antes do jantar. Então, como camareira a aguardava para tirar as roupas e vesti-la adequadamente. Como uma verdadeira princesa. Suspirei, olhando para seu armário, criado-mudo cheio de livros de diversos gêneros. A lamparina encima, apagada. Como minha temida vida. Rolei os olhos. Abri algumas gavetas, a procura de fósforos. Ascedia a vela no amparador que tava no banheiro. Vendo os outros criados colocar o balde cheio de água quente na banheira de porcelana.
Assenti para cozinheira que me olhara de assoalho. Quanto menos esperei, a princesa chegou. Tão deslumbrante quanto uma estrela cadente. O quarto todo ficou quente, assim que seus pés delicados pisou no mármore. Meu coração falhou uma batida, quando gentilmente sorriu para mim. Dando passos precisos, parou enfrente a banheira. Aguardando que eu tirasse seu maravilhoso vestido de cetim.
Respirei fundo, afastando os pensamentos insanos.
Trêmula, desabotoei um por um os botões de pérola, fazendo assim com os outros. Desejei no fundo do meu coração que ela não pedisse para lhe dar banho. Não teria coragem ou loucura para tal. Estava totalmente incapaz de tocar numa mulher novamente.
O vestido escorregou por seu corpo com venustidade. Minha perna tremeu quando meus olhos percorreu seu corpo esbelto. Com toda grandeza, ela saltou o vestido jaz no chão. Desamarrei o espartilho, respirando fundo para que o veria logo a mais. Depois tirando anágua. Logo desmachando o coque feito em seu cabelo enorme. Tirei os grampos colocando dentro de uma caixinha. Seu cabelo grande preencheu sua pele exposta. A princesa se dirigiu a banheira, sem nenhuma palavra. Corri em pegar as peças de roupas e deixar no cesto ali e escolher suas roupas.
Peguei um vestido cor creme, com detalhes rosa. Acho que realçaria seu tom de pele. Deixei esticado encima da cama, pegando os sapatos carmim. Fiquei parada, olhando para um ponto fixo, que não fosse sua formosura na banheira toda molhada.
— Yerim, venha aqui por gentileza. – seus olhos escuros me olharam sugestivo. – preciso de sua ajuda com o sabão nos cabelos.
Anui rapidamente. Peguei o potinho, pondo uma quantidade generosa na mão. Atrás dela, agachei, começando a massagear seu couro cabeludo. Logo enxaguando seu cabelo, com cuidado para não cair sabão em seus olhos. Passei mais um pouco de sabão. Ajudei-a a sair da banheira, pegando a toalha e a secado. Correntes elétricas percorriam meu corpo, conforme ia secando seu corpo. Cada toque desajeitado. Isso era impossível.
Após vesti-la, fomos direto para a cozinha. Estava bem atrás da princesa, seguindo suas ordens. Deixei-a na sala de jantar, quando todos estavam acomodados. Fiz uma breve reverência, agoniada para deslocar daquele local. Ir para um lugar de ar puro. Precisava de ar fresco, respirar.
— Pai, mãe, Yerim irá se sentar conosco a mesa. Concedido? – arregalei os olhos, trocando o olhar entre a princesa e seus pais.
Princesa Park permanecia a cabeça abaixada, sem dirigir o olhar aos pais. O rei me olhou de assoalho, um ponto interrogativo preenchendo a sala de jantar.
— Sooyoung, por quê desse pedido? Yerim não é uma criadagem? – indagou intricada.
— Omma, Yerim não é apenas uma criadagem. É uma amiga minha. Na verdade, quero torná-la minha amiga. Se a senhora permitir.
Percebi naquele meio tempo que Sooyoung tinha medo do seus pais, e que talvez, eles fossem rígidos quanto sua criação. Eu devia fazer algo não? Involuntariamente, abaixei meus olhos também, quando os da realeza resolveram me encarar.
— Sinto muito, Sooyoung, mas criadagem come com os outros. Não com nosso nível. – seu pai deu a última palavra.
Sooyoung levantou os olhos tristonhos, mas havia algo a mais neles. Talvez raiva, incerteza, tristeza. Assenti uma vez, indo para cozinha. Sentia os olhos penetrantes da princesa em minhas costas, fazendo meu coração dar várias cambalhotas. Toquei a cabeça, exausta de tanta coisa estranha acontecendo.
O que ela queria fazer comigo? O que tinha ela de querer que eu coma junto a si? Com o rei e a rainha!
De qualquer forma nunca iria saber se não falasse com ela. E era isso que iria fazer depois do jantar. Precisava de respostas para tudo aquilo.
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;; kingdom come | joy+ri [red velvet]
Fiksi PenggemarSéculo 18, onde as pessoas são reservadas e selam por suas reputações. A qual amar diferente é crime. Após ser feita de chacotas, Yerim se ver perdida quando se descobre homossexual e acaba se apaixonando pela amiga, que a traí espalhando seu segred...