Capítulo 5

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Havia se passado 1 semana desde que encontrei Dylan pela última vez na sala de música e desde então, ele tem rondado meu pensamentos de forma insistente.
Por diversas vezes, fiquei imaginando como teria sido se tivesse um desfecho diferente do que aconteceu lá. E como seria se tivesse mesmo o beijado.
Nunca pensei que por alguns minutos, eu quisesse tanto que ele tivesse tomado a atitude e me beijado de fato.
Eu devia estar estar ficando louca. Era o único motivo para eu estar pensando sobre isso, considerando a pessoa em questão.

Nunca pensei em Dylan dessa forma, e não seria agora que isso iria mudar. Posso até o considerar um bom amigo, quem diria, não eu, mas nada mais que isso.
Durante essas últimas semanas que nos aproximamos conheci um lado completamente diferente dele, e isso era incrível. Mas ainda assim, permenecerei longe dele e de sua namorada. Ela não ia com a minha cara, eu muito menos ia com a dela. Portanto, era melhor para todos manter as coisas como estão.

Enquanto estava na faculdade, era quase impossível não vê-los num grude só. E por mais que aquilo nunca chegasse a me afetar, agora eu até tentava me imaginar no lugar dela. Algo absurdo, preciso admitir. Mas perguntas como: "Como seria ter alguém como Dylan do lado?" ou "Como seria não os ter conhecido? Ou nunca ter chegado tão perto dele a ponto de o considerar tanto?" No mínimo seria menos desgastante para mim, pois já sofri muito na mão de ambos.

Mas não sou de guardar rancores. Já que ele deu o primeiro passo e se desculpou, não seria eu a dar uma de amarga. E decidi que dali por diante tentaria não o ver mais como um idiota insuportável que tanto me perseguia.

Estava com Rebecca, e tínhamos acabado de chegar na faculdade. Assim que entramos, eu logo avistei Dylan, e como sempre, estava em seu costumeiro grupinho de amigos, incluindo, como não poderia deixar de ser, Olívia.
E para ir até nossos assentos, tínhamos que passar por eles. Não me importei, apenas agi como sempre fiz, porém Dylan num ato repentino e sem esperar da minha parte, me cumprimentou, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Fazendo tanto Rebecca quanto todos os outros olharem para mim.

Na hora fiquei meio sem reação, mais pela surpresa do que outra coisa, no fim, decidi retribuir o cumprimento com um oi, algo simples, mas completamente estranho para mim.

Reparei que sua namorada me olhava torto, talvez ainda se lembrasse do apelido nada carinho que lhe dei antes, quando ela decidiu me importunar num dos meus piores dias. Cheguei a esperar uma retaliação da parte dela, mas isso nunca veio.
Para falar bem a verdade, não tô nem aí para ela. Diferente do seu namorado, era alguém realmente repulsiva, quem eu só queria distância.


Me sentei em meu lugar, isso foi só o tempo de colocar minha mochila em meus pés, para notar Rebecca me olhando com um enorme ponto de interrogação no rosto.

— Que foi? — perguntei, apesar de já saber o porquê dela me olhar dessa forma.

— Nada. Só queria entender o que eu perdi, porque até ontem você e o gatão ali — apontou de forma nada sutil para a mesa de Dylan — eram inimigos mortais. Então, só me diga que eu não estou vendo coisas.

— Nada demais. Ele só me pediu desculpas, e eu o perdoei. Não tem nada de grandioso nisso.


— Então, deixa ver eu entendi direito... — estreitou os olhos, me fazendo arquear as sobrancelhas não entendendo onde seu raciocínio nada normal a levaria — Dylan, o mesmo cara que te chamava de esquisita, que não te deixava em paz e te perseguia pela faculdade, chegou do nada até você e te pediu desculpas. E isso não é nada estranho. É sério isso? — ingadou.

Tinha de ser você (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora