Capítulo 67 (fase final)

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Sorri reafirmando o que havia acabado de falar.

- E porquê você não fica? Porque não podemos ficar juntos? Você sabe o que sentimos um pelo outro. E mesmo assim, prefere ir embora e fugir dos seus sentimentos? - ele gesticulava com as mãos, conforme falava.

- Dylan, não é fugir. É tentar recomeçar. Eu não posso ficar, e não pensar no quanto que eu queria estar com você, e pensar que eu não posso, por que algo foi quebrado, entende. -
Levantei, cruzei os braços ao redor do corpo e fiquei de costas pra ele, olhando a paisagem à minha frente. Estava quase chorando. Mas não queria chorar na frente dele. Não queria ver sua expressão de tristeza e decepção por me ouvir falar aquilo.

-  Você nunca vai me perdoar pelo que eu fiz, não é? - ouvi ele falar com a voz baixa.

- Não é questão de perdoar ou não. É questão  de seguir em frente. Eu só estou tentando seguir minha vida. Não faz mais sentido ficar aqui.

- Liz, eu realmente pensei que poderia brincar com você, aceitando aquela aposta estúpida. E pensei que podia sair ileso no final. Mas não foi o que aconteceu. Você mexeu comigo de uma forma que eu não consigo explicar. Eu te amei quando você me deixou ficar na sua casa, eu te amei quando você me escutou. Te amei até quando eu não podia. E esse sentimento só cresceu dentro de mim.
Mas agora... agora parece que eu perdi uma parte de mim. - ele se aproximou de mim, fazendo eu ficar de frente pra ele, e pegou minha mão. - E mesmo eu querendo fugir do seu toque, minhas pernas não respondiam, e a parte em que eu amava quando ele tocava em mim, falou mais alto. Me fazendo apenas aproveitar aquele momento. E então, ele prosseguiu - a parte mais importante dela. - ele respirou fundo, enquanto acariciava minha mão com seu dedo polegar, me fazendo sentir comichão naquele exato lugar. - E mesmo que isso não mude nada entre nós, eu quero que você saiba que eu desisti da aposta, no momento em que eu percebi que meus sentimentos por você mudaram.

Não esperava ouvir tudo aquilo dele, e mesmo estando com raiva dele, ouvir aquilo só me fazia o amar ainda mais. Me fazia pensar em como eu era uma tola por ainda o amar tanto.

- Não sei o que dizer - falei sinceramente - eu só queria que você fosse cinsero comigo, Dylan, só isso. - falava calma - Eu hesitei muito em poder deixar você entrar na minha vida, e sabe porquê? - era uma pergunta pra mim própria - por que eu tinha muito medo de sair machucada dessa história. E olha o que aconteceu. - eu olhava profundamente em seus olhos, como se quisesse ler sua alma - eu não quero sofrer de novo, Dylan. Não mais.
Estava com os olhos marejados, desviei do seu olhar atento, e mirei meus pés.
Ele fica alguns minutos em silêncio, como se estivesse pensando em algo. Mas logo sinto seus dedos em meus rosto, o levantando e me fazendo olhar de novo pra ele.

- Eu sei. - ele acaricia minha pele - E eu sinto muito por isso. Você tem toda a razão em me falar tudo isso. E eu mereço ouvir cada palavra. - ele estava com a voz tão macia, que me fez relaxar um pouco, e ficar menos tensa - Você me proporcionou algo tão puro, e eu não soube o que fazer com ele. Mas eu só quero uma chance. Uma chance, Liz. Eu sei que posso te provar que eu posso te fazer feliz, do mesmo modo que você me fez por todo esse tempo em que eu estive ao seu lado.
As mãos dele que antes, estava pegado com a minha, ele a levou até meu rosto, e acariciou minha bochecha, me causando pequenos formigamento pelo corpo todo. E a sensação de sua pele na minha, era tão boa, que eu tive que fechar os olhos pra sentir aquele carinho. E ainda mais, por vir dele, o homem que eu mais amava.
Foi quando ele me puxou para um abraço forte e apertado, mas cheio de entrega e sentimentos guardados. Enquanto isso, ele alisava meus cabelos por trás. Logo ele foi se aproximando de mansinho e me beijou a bochecha, do outro lado - e eu fechei os olhos ao sentir o toque do seu lábio macio sobre minha pele - e depois, o canto da boca. E quando viu que eu estava totalmente desarmada, ele se apossou da minha boca, em um beijo profundo, explorando cada canto dela. Então, eu retribui seu beijo, o fazendo me puxar pela cintura, e me puxar ainda mais pra ele.
E assim, ficamos sem pressa de parar.
Quando finalmente nos paramos, ele sorria enquanto distribuía vários selinhos em meus lábios.

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