Capítulo 58

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- Ah, então você é a famosa Liz. - ela pergunta sorrindo.

- Eu não entendi. 

- Desculpa, eu nem me apresentei. Eu sou Doroth, a mãe do Dylan. - ela soltou a mão dele, e me deu um abraço apertado, ao qual eu não entendi o porquê, mas aceitei de bom grado.

- Prazer. - Falei sem jeito - Mas eu não entendi a parte do famosa.

- É que enquanto ele dormia, ele chamou por você. - ela diz, e eu fico sem acreditar que mesmo inconsciente, ele chamou por mim.

- Sério?

- É. Ele deve gostar muito de você, pra chamar o seu nome assim. - ela disse - e não foi só uma vez.

- Eu também gosto muito do seu filho. Ele me ajudou muito, quando eu mais precisei. E por isso, eu não pude deixar de me importar com ele. - falei porque eu vi que ele estava dormindo. Ele não precisava saber que eu ainda sentia algo por ele.

- Ele é assim. - ela fala orgulhosa, olhando pro filho - ele é incrível. De todas as maneiras possíveis.

Me aproximei dele, que estava com um curativo na testa, e alguns arranhões pelo braço.
Olhei em seu rosto, que parecia sereno e tranquilo, e peguei em sua mão, que agora ele apertava inconscientemente.

Quando enfim, ele acorda e olha pra mim e em seguida, pra mãe dele. E eu logo retiro minha mão que ele segurava.

- Liz? Você por aqui? - ele fala ainda sonolento devido aos medicamentos. Mas com um belo sorriso no rosto - Que surpresa. Não esperava te ver aqui.

- Vim saber como você estava. Você me deu um susto, sabia?

- Desculpa.- ele me disse - Prometo não fazer de novo. Mas como você soube que eu estava aqui? - ele me pergunta.

- Rebecca ficou sabendo por James e me falou. Eu vim assim que eu soube. Fico feliz em saber que você está bem agora.

- Vivo graças a Deus. Fora alguns arranhões - ele olha pro braço.

- É . Ele teve muita sorte. - falou a mãe dele -Você se importa de ficar um tempo com ele, enquanto eu tomo um café? - ela me pergunta.

- Não me importo. Demore o tempo que precisar - falei.

- Obrigada querida. Meu filho tem muita sorte de ter uma amiga como você. - ela deu um beijo na testa dele, e sorriu pra mim.- volto já.

Se ela soubesse que eu era mais que uma amiga.

E logo depois saiu.
Sentei em uma cadeira bem próximo a cabeceira da cama dele. E olhando em seus olhos, que me olhava com atenção, ele inicia uma conversa.

- Nossa, que evolução. - ele diz olhando pra porta ao qual a mãe tinha acabado de fechar ao sair.

- Quê? - olhei na mesma direção.

- Minha mãe. Ela nunca agiu dessa forma antes, diante de nenhuma namorada minha. Aliás, muito pelo contrário. Ela nunca gostou de nenhuma delas. Mas com você...com você é diferente. Mais eu não sei qual a surpresa. Você é assim, encantadora.

Respirei fundo e tentei fingir que as palavras dele não tinham me causado borboletas no estômago.

- Ela parece ser muito legal. - mudei de assunto.

- Liz, eu queria te pedir desculpas por tudo. - ele ia começar aquela velha discussão, de de quem é a culpa. E particularmente, eu não estava afim de falar sobre isso com ele.

- Eu não quero falar disso agora, ok?- falei com amargura na voz. Que ele logo notou e abaixou a cabeça - Eu só vim mesmo saber como você estava.
- E porquê que você ainda se preocupa comigo? Mesmo depois de tudo?

- Por que infelizmente eu ainda me importo. Mesmo você não... - dei uma pausa pois ele naquele estado, eu não queria piorar as coisas ainda mais - Deixa pra lá. Mas como isso aconteceu? - perguntei do acidente.

- Eu tinha bebido um pouco, e estava com a cabeça cheia. Estava em alta velocidade no meu carro, e quando eu dei por mim, só senti a pancada e depois tudo ficou escuro. Não lembro de mais nada.

- Você teve muita sorte. Poderia ter acontecido coisa muito pior. Você ainda não aprendeu que não se deve beber e dirigir, Dylan?

- Eu sei. Eu só queria esquecer os problemas.

- Causando mais um? - perguntei dando uma bronca nele. Eu estava magoada com ele. Mas vê- lo naquele estado, era demais pra mim.

- É. Eu sei. Mas era a única forma de tentar esquecer o quanto eu fui idiota aceitando aquela aposta ridicula. Mas agora eu vejo, que se não fosse por causa dela, eu nunca tinha conhecido essa garota incrível que está aqui na minha frente. Que mesmo eu sendo um imbecil completo, ela ainda se preocupa comigo. Mas que agora, está tão magoada comigo, que nem ao menos consegue olhar em meus olhos.

- Dylan, por favor. Não é hora nem lugar pra isso.

Eu me levantei de onde estava, e fiquei de pé, um pouco distante apenas olhando pra ele, com as mãos nos bolsos da calça. Quieta.



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