Capítulo 6

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A tão aguardada - não por mim - férias de verão hhavia chegado. Um mês inteiro de férias da faculdade e sinceramente, não fazia idéia do que faria para passá-los sem enlouquecer uma única vez. Minha rotina estava tão bem estabelecida de ida e volta da faculdade, que eu estava até acostumada com isso.

Poderia fazer uma visita pra minha avó, ao qual eu estava adiando o quanto podia, mas não estava bem certa se era isso mesmo que eu faria. Só me restava acompanhar toda a galera da faculdade para uma viagem a algum lugar que ainda não era definida.

Todo ano até onde eu me lembro, os próprios alunos se juntavam e escolhiam um lugar para irem. Esse ano, alguns falavam em uma praia, já que poderiam aproveitar o clima quente dos meses de Junho.

Mas como uma pessoa retraída e introvertida que sou, fugia a todo custo de viagens assim. Muitos dali, a grande maioria na verdade, eu nem sequer troquei um bom dia. De todo modo, sabia que ficaria deslocada no meio deles, então preferia não ir.
No entanto, Rebecca estava bem animada para isso. Estava tão eufórica com a idéia, que via seus olhos brilharem e dava pulinhos saltitantes toda vez que falava nisso. Ela queria muito ir, porém, não queria ir sozinha e queria minha presença de forma constante.

Já estava decidida sobre não ir, mas sabia o quanto a minha amiga podia ser insistente e persuasiva quando queria. Só bastou fazer um olhar de cachorro que cai da mudança e falar: "Você não vai abandonar sua melhor amiga na hora que ela mais precisa, vai? Pra me convencer rapidamente.
Mesmo contra a minha vontade e já prevendo o desastre que seria essa viagem pra mim, eu disse sim.

Tinha que aprender a dizer não de vez em quando. Faria um bem danado pra minha saúde e sanidade mental.

O destino da viagem finalmente foi decidido. Seria para uma praia numa cidade vizinha, cujo nome nunca tinha ouvido falar. Como prometido, eu já estava a caminho, com minha amiga do lado me falando o quanto aqueles dias ali seriam incríveis e tentava me animar por ela, não queria a deixar para baixo, quando sua animação já estava nas alturas.

Mas quando finalmente cheguei no lugar e percebi a beleza intocada dali, meus olhos brilharam de excitação.
Diferente do que pensei, tudo ali me encheu os olhos. Por um momento, tive que parar no lugar para dar uma boa olhada ao redor. Ficamos em um ponto mais afastado e inacessível da praia, onde podíamos ficar mais tranquilos e longe da agitação do ponto turístico. Tinha uma parte verde na areia, onde podíamos armar nossas barracas, mas a parte fofa da areia, nos proporcionava uma sensação agradável e quente sobre nossos pés.

O sol brilhava no alto e tinha quase certeza que a água estava quentinha, só me esperando para um mergulho. Mas o que mais me chamou atenção foi a beleza do lugar.

O lugar era repleto de árvores, até onde a vista podia alcançar. Ao longe, ainda podia vislumbrar um grande barranco de areia, ao qual seria perfeito para um passeio de bicicleta, ou até algo mais solitário, pois dava para ver toda a paisagem ao redor.
Sem falar do mar, de águas claras e límpidas, que se podia ver facilmente seus habitantes marítimos nadando despreocupados com os recentes invasores invadindo seu habitat, nós.
O lugar era de tirar o fôlego de qualquer pessoa.

Depois de olhar tudo com bastante atenção, cada um foi armar as suas barracas na areia, inclusive Rebecca e eu, já que iríamos ficar juntas. Eu não sabia exatamente o que fazer, mas com a supervisão dela, conseguimos armar nossas barracas e até ajudar outros que assim como eu, não sabia nem por onde começar.
Mal saí da barraca e já dei de cara com Dylan, que chegava com alguns amigos e a namorada à tira colo, com uma enorme mochila nas costas.
Só esperava que eles esquecessem minha existêncIa enquanto estivessem ali. Não queria passar minhas férias todas tentando fugir deles.

Tinha de ser você (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora