Tinha de ser você (EM REVISÃO)

Capítulo 36

- Você sabia que você fica linda vermelha?

- Quê? - tapei as maçãs vermelhas do meu rosto.- E quem disse que eu estou vermelha?

- Eu tô vendo na sua cara, Liz. Você é muito transparente. E isso me encanta ainda mais. - fala afagando meu rosto com os dedos.

Ficamos um, olhando pro outro. De repente, eu desviei do olhar dele e olhei pra baixo. Ele pegou uma de suas mãos, e pegou em meu queixo, levantando a minha cabeça, me fazendo olhar em seus olhos.

- Porquê que você tem que ser assim hein? - ele me pergunta, e eu fico sem saber o que responder.

- Assim como, Dylan?

- Assim tão linda. Você é uma das pessoas mais especiais que eu já conheci, Liz. É doce, fácil de conversar, meiga, gentil, sensível. E está sempre disposta a ajudar qualquer um que te pedir ajuda. Até mesmo um idiota feito eu. Você sabe que é muito especial não sabe? Seria tão mais fácil pra mim, se você fosse feia, banguela, grossa, e me mandasse catar caquinhos. Mas não, você me deixou entrar na sua vida sem reservas, me ajudou quando eu mais precisei. E está sempre comigo. Por que você faz isso?

- Dylan. Eu... Não sei o que te falar. Na verdade, eu também não sei o por que eu fico tão à vontade com você. Ou por que eu me desarmo quando estou ao seu lado. Parece até que eu já te conheço a um tempão. Eu também estou tentando entender. Ou entender tudo o que está se passando dentro de mim.

- Você acha que se fôssemos diferentes, e se eu não fosse tão idiota às vezes, eu teria alguma chance com você? - não sabia o que responder.

- Sinceramente, não sei te dizer. Eu nunca deixei ninguém se aproximar de mim desse jeito. E olha aonde a gente tá? Não sei como lhe dá com isso.

- E agora? O que a gente faz? - ele me pergunta, olhando diretamente em meus olhos.

- Eu também não sei.- respirei fundo -  Mas é melhor deixar as coisas como estão. Não quero me magoar. Não podemos ficar juntos, Dylan.

- Eu não tenho tanta certeza disso, Liz. Na verdade, agora, eu não tenho mais certeza de nada.

E de repente, ele se aproxima rapidamente, e me rouba um beijo, me fazendo o beijar também.
Mas desta vez, o beijo era rápido e cheio de ansiedade, ele me beijava com urgência, e eu também estava muito disposta a beijá - lo da mesma forma.
Mas eu com meu ultimo resquício de razão que me restava, faço ele parar, e fico com a testa colada na dele, olhando em seus olhos. - Dylan, não podemos fazer isso. - afastei minha cabeça da dele, e olhei pra ele.

- Mas porquê? - ele me olhava atento.

- Pelos motivos que você sabe muito bem. Você tem namorada, Dylan. E eu não quero ser a outra. Não quero me meter no relacionamento de vocês. Não posso fazer isso. E também não quero ser uma segunda opção de ninguém. Nem mesmo sua.

- Mas você nunca será uma segunda opção pra mim.

Ele se aproxima da minha boca, e fala me dando um selinho - me dá uma chance, Liz. Deixa eu provar pra você, que a gente pode dar certo. - ele afaga meu rosto.

- Dylan, você sabe que não é tão fácil assim. Tem muita coisa envolvida. - apesar de eu gostar muito de estar com ele, e agora, também estar loucamente apaixonada por ele, eu sabia que não era certo o que estávamos fazendo.
Mesmo eu não suportando a namorada ridícula dele, ela não merecia o que estávamos fazendo pelas costas dela.

- Por favor, Liz. Não me afaste de você. Você é tudo o que eu sempre sonhei pra mim.

- Você não pode estar falando sério. - estava tão confusa. Naquele momento, era muito difícil racionalizar direito, tendo ele tão perto de mim.

- Nunca falei tão sério em toda a minha vida - ele parecia ter tanta convicção em cada palavra, que fazia parecer certo o que estávamos fazendo.

- Dylan, não faz isso. - ele roubava vários selinhos repetidos, mas eu o afastei delicadamente com a mão, colocando a mão em seu peito. Mas ele continuava a me beijar.

- Por favor. Não me pede pra parar. Eu sei que você também quer a mesma coisa que eu.- ele falava enquanto sua respiração ficava descompassada.

- Eu quero... Mas eu não posso. - respiro durante o beijo. Mas ele continuava a me beijar.- Dylan eu não... - ele me calou se apossando de vez da minha boca, não dando espaço pra eu recuar, ou falar qualquer outra coisa.