Capítulo 23

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- Por que eu sempre tive a sensação que os casais de hoje em dia, se casam apenas por modismo e não por amor. E eu não quero isso pra mim. E outra, que eu não achei a pessoa certa pra dividir minha casa, meus sentimentos. Enfim... tudo mais. - parecia á vontade pra falar sobre esse assunto com ele.

- E como seria esse cara? - ele me pergunta enquanto comia com muito gosto.

- Não sei. - Eu ri de mim mesma.

- Como não sabe? Todo mundo tem um perfil de uma pessoa que lhe agrada e que tenha como referência. Acho que até você.

- Talvez. Mas você não precisa saber disso. - Brinquei.

- Não. Por favor, não me deixa curioso, vai. Me fala.

- Por quê você quer tanto saber?

- Por que assim, eu posso conhecer um pouco mais de você, dos seus gostos. E do que você sonha num cara. Será que é pedir demais?

- Dylan... -  Eu eu ia dizer que eu não ia falar, mas ele me corta.

- Não Liz. Corta o papo furado e me fala. - ele insiste.

- Nossa. Como você é curioso.
- Muito. E então, tô esperando.- ele parecia ansioso por aquilo.

- Bom, ele tem que me respeitar primeiramente. - pensei um pouco mais, antes de prosseguir - Tem que ser carinhoso, e me fazer rir. Não pode ser pegajoso, por que eu odeio grude. Não precisa ser exatamente a figura perfeita do Brad Pitt - eu brinquei - Mas também não precisa parecer o corcunda de notri damme. - nos rimos juntos, e então, continuei - Também tem que ser gentil comigo, e com as outras pessoas ao meu redor. E principalmente, tem que gostar de mim do jeito que eu sou. - olhei pra ele. Enquanto ele me olhava atento, sem nem ao menos piscar. - foi você quem pediu.

- Uau! É muita coisa pra uma pessoa só, você não acha?

- Não. Isso é o mínimo. E talvez seja por isso que eu esteja solteira até hoje.

- Tenho certeza que não é por isso. Tenho pra mim, que é por que você é muito retraída. E não deixa as pessoas se aproximarem de você. Mas e quanto a te aceitarem do jeito que você é. O que você quis dizer?

- Que eu não sou uma pessoa fácil.

- Percebe- se.

- Ei! - reclamei.

- Tô brincando com você. Mas continua. - fez um gesto com as mãos pra que eu prosseguisse na conversa.

- Quero dizer que eu sou um pouco geniosa. E tem que aceitar que eu tenho minhas opiniões próprias. E nunca tentar tirar minha liberdade, pois é algo que eu mais prezo. E que a pessoa que ficar comigo, vai ter que aceitar meu jeito. É isso.

- Eu só digo uma coisa - ele começou - ele vai ter que aguentar suas grosserias, seu mal humor constante, vai ter que aguentar sua chatice e também ouvir você falar mais que a boca. Ouvir você roncar e falar muito alto, ouvir você reclamar o tempo todo. Também vai ter que aceitar suas manias estranhas, e tudo mais.

- Oi?  - perguntei sem acreditar nas coisas que ele tinha me dito.

Ele para e olha pra minha cara de espanto, e logo cai na risada.

- Eu estou brincando com você, bobinha. Você acredita em tudo que te falam?

- Falando desse jeito que você falou. Eu quase que saia correndo pro banheiro, pra me derramar em lágrimas. - Brinquei também.

- O cara que ficar com você, vai ser um cara de sorte. E tenho certeza, de que ele não vai querer te perder pra ninguém. - agora ele estava sério.
Nao consegui falar nada.
Acho que os tomates teriam inveja da minha cara que agora estava tão vermelha, que eu mal conseguia olhar pra ele.
Então, desviei o meu olhar pro meu prato meio cheio.
- Você quer assistir um filme comigo, até o sono chegar? - ele me pergunta me deixando mais aliviada.

- Pode ser.

Colocamos os pratos na pia, ele me ajudou a lavá- los, e fomos até o sofá.
Ele sentou no sofá que ele ia dormir, e eu sentei no sofá pequeno do lado do dele.

Liguei a TV, e coloquei em um filme que estava começando naquele instante.
Ele me pede pra sentar junto a ele no sofá, pra assistirmos juntos. Por que segundo ele, ficaria melhor de assistir. O que eu atendi prontamente.

Enquanto o filme passava, ele de vez em quando olhava pra mim. Mas quando ele via que eu percebia, ele olhava de novo pra Tv.
Eu mal prestei atenção no filme, minha mente estava nele. Eu mal conseguia respirar perto dele.

Tinha de ser você (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora