Capítulo 50

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- Liz, não acaba com tudo o que construímos juntos. Por favor. - implorou. Mas eu não queria saber. Nem dele, ou de qualquer desculpas que ele poderia me dar.

- Mas eu não acabei, Dylan. Você que estragou tudo. Poderia ter sido tudo tão diferente. Mas agora não importa mais, eu vou seguir minha vida, e esquecer que um dia você esteve nela - falei com a voz mais calma que eu consegui colocar naquela hora. - olha me esquece tá bom. E me faz um favor, se você me ver em qualquer lugar, finge que nunca me conheceu.

Uma lágrima teimosa desceu pelo meu rosto. Mas eu fiz questão de limpar.  Não queria demonstrar fraqueza na frente dele.
- Liz...
Não o deixei terminar, pois eu saí dali o mais rápido que pude. Sem ao menos olhar pra trás. Nem pra ele.

Fui direto pra casa, não estava mais disposta pra ficar naquela festa. Naquele clima de comemoração, enquanto dentro de mim, tinha se instalado uma tristeza sem fim.
Agora eu entendi o por quê de Olivia ter falado aquilo no banheiro.
E agora, por mais que eu o amasse, e muito, não conseguia nem ao menos ouvir o nome dele.

Cheguei em casa, e fui direto pro meu quarto.  Me deitei e cai no choro. Não podia controlar. Me segurei o máximo que pude na frente do Dylan. Mas agora, estando sozinha, era quase impossível parar. Chorei tanto, que acabei caindo no sono.

Acordei com os olhos vermelhos, e uma enorme dor de cabeça.
Fui tomar um banho, vesti meu confortável pijama, pois tinha adormecido ainda com a roupa da festa, e tomei um analgésico pra ver se a dor de cabeça passava.
E fui pra cama, pra tentar dormir novamente. Não tinha forças para nada, a não ser, ficar na cama o dia todo. Até esse aperto em meu peito passar, ou pelo menos aliviar um pouco.

Passei 2 semanas trancada, e me isolei completamente do mundo. Quer dizer, mais do que eu me isolava normalmente. Não queria ver ninguém, nem falar com ninguém. Não estava disposta a dar explicações a ninguém. Nem mesmo aos meus amigos.
Que agora, já estavam bastante preocupados comigo. Pois depois que sai da festa, não falei com eles que vinha embora. E nem dei sinal de vida depois disso.
Não atendia a telefonas, nem quem vinha bater na minha porta, à minha procura. Como Rebecca veio muitas vezes.
Batia várias vezes, mas eu fingia que não tinha ninguém em casa. Mandava mensagens, que eu as ignorava totalmente.
Até mesmo Dylan, também veio várias vezes, mas eu também fiz o mesmo. Fingi não escutá- lo.

"Liz, precisamos conversar. Me atende, por favor."

foi a última mensagem que ele me mandou. Mas depois de ver que eu ignorei todas as outras, ele acabou desistindo.

  
Estava chegando o Natal, uma das épocas em que mais me fazia lembrar dos meus pais. Pois sempre nessa época, eu passava sozinha, em frente a lareira, bebendo uma taça de vinho, pensando neles.
Mas antes do Natal, tinha uma festa de conclusão de curso. Ao qual nem passava pela minha cabeça ir.
Já que eu tinha certeza que Dylan estaria lá e várias outras pessoas que eu não queria nem ver por um bom tempo. Ou talvez, quem sabe, se Deus quisesse, pra sempre.
Mais pensei um pouco melhor, e cheguei a conclusão, que eu tenho que retomar o controle da minha vida. Tinha que seguir com a minha vida, mesmo sem ele.
Pois eu sempre vivi, sem nem ao menos, nunca nem falar com ele. Só que agora, seria diferente, pois agora, eu sentia muito sua falta. E não estava mais acostumada a passar tanto tempo sem ter ele por perto, do meu lado. Me incomodando e alegrando meus solitários dias. Iria ser muito difícil não ter mais ele por perto.

Por fim, decidi que eu iria nessa festa, e iria me divertir como nunca.
Liguei pra Rebecca, e ela veio rapidamente a minha casa, e a coloquei a par de tudo o que tinha acontecido comigo, nessas últimas semanas. E ela ouvia tudo com muita atenção.
E quando terminei de falar tudo. Ela ficou com tanta raiva do Dylan, que estava disposta a bater nele, caso o visse na rua, ou em qualquer outro lugar.
Mas eu a fiz desistir, pois mesmo eu estando com muita raiva dele agora, não queria que ninguém o machucasse de nenhuma forma.
No dia seguinte, a chamei para ir comigo no shopping, para me ajudar a escolher um vestido para mim ir nessa festa.
E assim, ela também poderia comprar um pra ela. Já que ela ainda não tinha comprado. Chegando lá, nós entramos na primeira loja que encontramos, e provamos alguns vestidos.

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