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Acordei com o quarto um pouco claro por conta do sol lá fora e senti algo pesado sobre mim e olhei aquela mão tatuada e meu coração congelou por alguns segundos. Fechei meus olhos tentando raciocinar e acreditar que aquilo era real e não uma miragem.

Júnior dormia praticamente em cima de mim, o cabelo totalmente bagunçado e eu podia apostar que ele estava babando no meu colo. E mesmo babando ele parecia um bebê, um sono tão bom que me deu paz por estar ali e uma felicidade enorme pela noite passada.

— Eu estou apaixonado por você, babe!

O empurrei para longe de mim e em fração de segundos um tremendo barulho ecoou, Júnior estava largado no chão depois da queda que fiz ele ter. Me sentei às pressas e vesti meu baby-doll de novo.

— Tá mais maluca do que já é?

Ele apareceu de pé com uma cara de dor esfregando seu cotovelo.

— Des-desculpa... mas eu me assustei. — finalmente consegui soltar meus pulsos do pano que ele havia me amarrado.

— Se assustou com o que? — levantou uma sobrancelha e se sentou ao meu lado.

— Você não precisa mentir pra mim, pra me fazer eu te pedir desculpas. Olha eu sei que eu errei e me precip — sua voz me cortou.

— Eu não menti.

Ok, agora meu coração podia sair pela boca.

— Então você... — arqueei as sobrancelhas desacreditada no que acabei de escutar.

— Eu estou apaixonado por você, Madison! Eu gosto de você, de estar com você e principalmente te irritar — seu sorriso se abriu — e sinceramente eu não sei te explicar porque demorei tanto pra te dizer isso, logo mais hoje, depois da mega mancada que você deu.

— Olha, eu preciso te dizer uma coisa.

Júnior intercalou seu olhar da minha boca para os meus olhos e eu me senti tímida mesmo depois de tudo o que já fizemos.

— Eu não fiz nada com o Couto...

— Como não? Eu ouvi você dizer e beija-lo na minha frente. — sua cara se tornou uma interrogação.

— Eu pedi pra ele fazer aquilo pra te provocar, no início ele estava com receio mas eu estava com tanta raiva de você... que queria te fazer ciúmes, entende?

— Porra mas com meu amigo? — abaixei o olhar envergonhada — e independente, ele sempre flertou contigo, óbvio que ele se aproveitou.

— Mas o que importa é que eu amo você e você sabe disso.

Joguei as palavras ao ar e ele sorriu.

— Mas você não pode fazer essas coisas só porque quer me provocar, babe... — sua mão acariciou meu rosto e eu quis chorar.

— Eu tenho medo de você nunca notar o que eu sinto, Júnior.

— Eu sempre notei, preta. Eu que fui um otário de te deixar sozinha esse tempo todo. — comecei a rir.

— Mas você jura, Ju? De verdade mesmo? Que você gosta de mim?

— Eu gosto pô... — suas mãos apertaram as minhas.

Suspirei com a cabeça à mil sem saber o que dizer. Júnior me encavara enquanto isso sem dizer nada, seu corpo se aproximou do meu aos poucos e sem eu esperar ele me deu o beijo mais carinhoso que eu já havia ganho dele. Sua mão se enfiou na minha nuca me fazendo grudar mais nele e meu coração acelerar.

𝐁𝐄𝐓𝐓𝐄𝐑  | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora