𝐁𝐄𝐓𝐓𝐄𝐑 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑

Best Friends Forever!

Procurava a chave do meu apartamento com pressa, apertando minhas pernas pra controlar o xixi que eu estava prendendo há mil horas.

— Merda, até que enfim! — achei a chave e enfiei no trinco girando a mesma — Que saco!

Falei adentrando no local com pressa mas só foi eu me virar para a sala que a vontade de fazer xixi passou vendo o homem parado em pé.

— Oi!

Couto sorriu com as mãos no bolso e eu joguei minha bolsa no sofá correndo até ele e o abraçando com força, meu coração estava acelerado pelo susto de encontrá-lo aqui.

— Me perdoa, me perdoa de verdade! — eu falava repetidas vezes e o apertando mais nos meus braços.

— Ei, relaxa! — ele ria — se você me apertar mais eu explodo.

O soltei de mim e me afastei o avaliando sorridente.

— Eu achei que nunca mais fosse te ver.

— Pelo o que você disse... "nunca mais olhe para mim" — ele riu.

— Para! — o empurrei de leve.

— Eu precisa vir conversar com você... e eu trouxe sorvete.

— Meu deus, sorvete! É tudo o que eu preciso.

— Eu sei...

Ele ria me fazendo lembrar de todas as vezes que assistíamos série com um pote de sorvete na mão, morávamos sozinhos ainda naquela época e era tão bom. Eu não podia perder a amizade ele nunca.

— Agora vai, tome um banho pra descansar, Ainê disse que você estava trabalhado.

— Nossa, eu vou te contar tudo! — eu falava empolgada e ele ria de mim.

— Tá, agora vai! — Philippe me deu um leve tapinha na cabeça e eu revirei os olhos.

Subi alguns degraus da escada que levava para o meu quarto e o olhei por uns segundos, se jogando no meu sofá.

— Que é? — ele perguntou — vai ficar me olhando? Não sou o chuveiro.

— Você me perdoa, Phil? — perguntei envergonhada.

— Madison, relaxa. Sério!

Suspirei e subi o resto da escada e cacei por uma roupa qualquer no closet e fui pro meu banho. Em minutos eu estava trocada e desceria.

— Pronto! — falei — estou pronta, vamos conversar.

Confesso que estava com um certo medo da conversa.

— Antes de tudo, queria te pedir desculpa pela forma que falei com você. Eu não deveria ter dito as coisas daquele jeito... acredito que te magoaram até porque você não daria um tapa na minha cara à toa. — Ele riu e eu prendi o riso — e eu não conseguiria obedecer o que você pediu, eu não posso perder sua amizade, Mad.

— Me perdoa também, eu estava tão confusa, com tanto medo de tudo e descontei em você e de uma certa forma você estava correto. Mas eu não quero falar do Neymar agora, quero falar sobre o Rafael.

— Como assim? Sobre o Rafael? — ele juntou as sobrancelhas.

— Sonhei com ele.

— Você disse que não estava tendo esse tipo de sonhos mais...

— E não estava! E mesmo assim, nenhum desses foram igual a esse. — enfatizei.

— Me conta então...